quinta-feira, 24 de junho de 2010

O Terror do TCC

Tenho acompanhado efetivamente e as vezes até afetivamente, o sofrimento a que se submetem acadêmicos que na fase final de seus respectivos cursos de graduação devam produzir e defender os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC).
Caramba!!!!! Que crueldade!!!!
Me explico:
O graduando, depois de cinco, seis, e as vezes até 10 anos (o preço do ensino superior faz com que cursos praticamente se extendam por muitos anos...), coerentemente tem que apresentar-se como apto para o desenvolvimento de sua atividade de nível superior. 
Nada mais justo. Acho muito boa essa forma de avaliação final.
Acho que o exercício da escrita é extremamente válido e a sabatina por parte de uma banca deve até ser o primeiro ato de um rito de passagem fundamental para o formando.
Ok. Assunto encerrado. Infelizmente não.
Eis que, parte da avaliação, é feita pela forma de como é feito e digitado o dito trabalho.
É lógico que defendo que a forma de apresentação deva ser padronizada, limpa e sobretudo feita de maneira que torne compreensiva e explicativa a visão do aluno que termina seus estudos.
Contudo.... pelamordedeus!!!!!!!
O que se vê é extremamente cruel e eu diria até perverso. 
Vi e vejo verdadeiras sessões de tortura por parte de certos orientadores que num preciosismo descabido, fazem com que seus alunos percam o foco do verdadeiro objetivo da monografia.
Vi um orientador ameaçar com reprovação uma aluna porque um dos sub títulos do TCC estava alguns centrímetros fora do ditado pela ABNT.
Fiquei obviamente calado observando aquilo.... cena de opressão, de violência e dor... e famigeradamente ( como se fosse possível ser pior) aos olhos de todos os que estavam nos corredores da faculdade.
O que vi me fez pensar...
Se eu fosse um graduando em por exemplo, Direito, e se no meus anos de estudo eu desenvolvesse uma tese que tornasse a justiça mais acessível, mas celere e mais humanitária, esta não teria o valor devido se o quinto sub título do TCC não estivesse oito centímetros da margem superior, e meu mérito seria diminuído pois eu, mentecapto, digitei contando apenas seis centímetros. Errei por dois centímetros!
Se eu fosse um graduando em Biologia ou Bio Medicina, e no decorrer de meus estudos eu criasse uma fórmula para frear o desenvolvimento do vírus da SIDA ou do Câncer, isso teria menos importância se no meu TCC de apresentação, eu não tivesse inserido os dois pontos depois do local da publicação citada na penúltima referência bibliográfica.
Se eu fosse um formando em Odontologia e tivesse criado um sistema de saúde bucal para as vilas marginais de minha cidade, eu seria classificado como inapto se ao digitar o TCC eu tivesse dado um espaço (0,5 cm) no quinto parágrafo da minha conclusão.
Com certeza, eu que não creio, peço à deus por minha gente... 
Ah... já ia esquecendo... a frase acima é do BUARQUE, Chico. Rio de Janeiro: Poligram, 1972. f. 5.

Fraterno abraço
André              

terça-feira, 8 de junho de 2010

Política - Origens e Escolha.

Depois de muito falar, escrever e principalmente de ouvir sobre os problemas sérios e definitivos que avassalam a nossa vida cotidiana, resolvi me envolver de corpo e alma na tentativa de ajudar a melhorar as coisas.
Contudo, meu alcance pessoal creio que não seja suficiente para fazer alguma diferença.
Como psicanalista, acho que fiz e continuo fazendo a minha parte, o que, no universo de sofrimentos constatados no campo da saúde psíquica, humildemente reconheço que é muito pouco.
Como aspirante à escritor, procuro fazer com que meus textos sejam fonte de questionamentos aproveitáveis, e principalmente que meus escritos carreguem os sentimentos de todos que não tem voz e espaço.
Acho também muito pouco!
Então... resolvi militar! E hoje, me declaro um militante ativo da política, e assim, devo inexoravelmente me explicar e defender minhas crenças e esperanças num futuro que se avizinha, afinal em outubro temos eleições. 

Vamos começar entendendo a política. Para isso, vamos ao google, que ao meu ver é cultura democrática e acessível.
A palavra política é grega: ta politika, vinda de polis.
Polis significa cidade, entendida como a a sociedade ambientada e organizada, formada pelos habitantes cidadãos (politikos), isto é, pelos homens nascidos no solo da Cidade, livres e iguais, portadores de dois direitos inquestionáveis, a isonomia (igualdade perante a lei) e a isegoria (o direito de expor e discutir em público opiniões sobre ações que a Cidade deve ou não deve realizar).
Ta politika são os negócios públicos dirigidos pelos cidadãos: costumes, leis, erário público, organização da defesa e da guerra, administração dos serviços públicos (abertura de ruas, estradas e portos, construção de templos e fortificações, obras de irrigação, etc.) e das atividades econômicas da Cidade (moeda, impostos e tributos, tratados comerciais, etc.).
Civitas é a tradução latina de polis, portanto, a Cidade como ente público e coletivo. Res publica é a tradução latina para ta politika, significando, portanto, os negócios públicos dirigidos pelo populus romanus, isto é, os patrícios ou cidadãos livres e iguais, nascidos no solo de Roma.
Polis e civitas correspondem (imperfeitamente) ao que, no vocabulário político moderno, chamamos de Estado: o conjunto das instituições públicas (leis, erário público, serviços públicos) e sua administração pelos membros da Cidade.
Ta politika e res publica correspondem (imperfeitamente) ao que designamos modernamente por práticas políticas, referindo-se ao modo de participação no poder, aos conflitos e acordos na tomada de decisões e na definição das leis e de sua aplicação, no reconhecimento dos direitos e das obrigações dos membros da comunidade política e às decisões concernentes ao erário ou fundo público.( Fonte: http://www.google.com/)

Pois bem...
Gosto da teoria da antropologia social que conta a seguinte história:
No começo, as tribos que formavam as polis, viviam na perfeita harmonia, onde os frutos do trabalho de todos, serviam à todos, e eram divididos isonomicamente. 
Contudo, num determinado momento, foi observado que o conteúdo do trabalho de todos (tesouro público), estava sendo misteriosamente roubado. Os cidadãos então, resolveram escolher entre eles mesmo, alguém que cuidasse de todos os bens da polis, assim como de seus tesouros. Assim, nomearam a POLITEIA (polis = cidade, e teia = administração), que latinizado o termo virou POLITIA.
Os homens e mulheres nomeados para a politeia, não precisariam mais plantar, caçar, pescar ou ter qualquer atividade para produzir o tesouro da polis. O seu sustento seria por conta da Polis, e seu trabalho seria proteger e administrar a coisa pública.
Num exercício transcedental, tal como nossos ancestrais de antanho, estou procurando meus canditatos para a eleição de outubro.
Nessa busca, encontrei meus candidatos à Deputado Federal e Estadual. 
Encontrei  homens populares que demonstraram conhecer os sofrimentos de seu povo e a vontade (clínica, diria eu) de buscar alternativas para as curas das feridas;
Encontrei dois políticos inseridos no contexto do cotidiano social, sem a demagogia e o populismo que nos afeta tanto quanto a incapacidade e a corrupção que são "bens" comuns dos demagogos e dos populistas.
Encontrei dois representantes com capacidade legislativa e administrativa, preparados e instruídos, mas comprometidos em ouvir os anseios da "Civitas".
Encontrei enfim, meus candidatos. Tenho certeza que meus candidatos eleitos, vão saber dizer SIM e NÃO quando forem me representar. E suas linguagens serão claras e precisas. E eles não ficarão cheios de dedos (ou com dedos a menos) para representar as bandeiras de justiça, da humanidade e do progresso.
Meus candidatos, são LUIZ FERNANDO ZÁCHIA ,para Deputado Federal, e CAIO ROCHA, para Deputado Estadual  e eu os recomendo à todos, com a responsabilidade que sempre tive com meus pacientes, amigos e leitores.
Fraterno abraço
André