sábado, 16 de outubro de 2010

Um Rescaldo das Eleições!

Confesso que fiquei abobalhado com os últimos acontecimentos do Brasil e do mundo e fiz uma pausa nas publicações, e me recolhi sob o pretexto de reinicializar o conjunto de meus sistemas, que inexoralmente se corrompem quando afetados pelos vírus da tristeza e da desesperança.
Acompanhei nos últimos meses, a jornada política e eleitoral de forma efetiva e me envolvi totalmente no processo.
Andei pelas ruas e conheci gente. E quanto mais gente eu conhecia mais eu me conflitava comigo mesmo e com as certezas de minhas próprias limitações.
Fiz amigos verdadeiros e tenho certeza que essas amizades sempre serão motivos impulsionadores para a confirmação da minha crença na causa dos povos.
E no meu passeio idealista, surgiram pessoas que somaram muito na minha sempre exagerada vontade de expandir minha experiência de vida.
Surgiu o Caio que me deu a oportunidade de exercitar minha cidadania. Homem de bem o meu amigo, e estou certo de que nenhuma administração pública ou parlamento estará completo sem a sua presença. A ele Caio, agradeço publicamente a chance que recebi de conhecer melhor as pessoas e as realidades. Nossa luta apenas está começando.
Ressurgiu o Ronaldo, a quem eu destino o título de Lord. Meu amigo há décadas, Ronaldo certamente ocuparia lugar de destaque na Távola Redonda de Arthur, se Arthur fosse o personagem de minhas fantasias de justiça, liberdade e humanidade.
Surgiu Vanderlei, que sendo um técnico financista, consegue ser brilhante profissional por entender os sofrimentos da alma humana e com seu sotaque fronteiriço semea amizade e simpatia resolvendo os problemas dos outros mesmo que isso já tenha lhe causado perdas que o tempo, senhor de todos os julgamentos, fará a devida justiça.
E foi muita gente e coisa boa que surgiu... e eu fiquei feliz...
Mas eu vi muita coisa triste...
Eu vi meu povo desdentado e bêbado rindo de sua própria miséria e fazendo graça de seu próprio vício.
Vi os humildes e humilhados iludidos pelos fisiologistas, fascínoras repaginados pela luz da democracia que eles insistem em escurecer e que nunca defenderam.
Vi cafetinas e proxenetas vendendo a "hermana muy hermoza" por trinta dinheiros tirados dos cofres da fé e da bolsa da usura.
E vi o que os jornalistas chamaram de voto de protesto. 
Mas minha visão, que meus críticos chamam de turva por ser elitizada (?????), não viu o voto de protesto com o mesmo entendimento.
O que vi, é que a candidatura mais vencedora no Brasil, foi exatamente aquela protagonizada por um palhaço desdentado e analfabeto, que por legítimo representante de seu povo, deverá assumir o cargo, e jamais será chamado de um mero sobproduto dos fascínoras usurpadores da dignidade da nação.

Fraterno Abraço
André