quinta-feira, 17 de março de 2011

O Pseudo Arauto da Desgraça!

Por fim (ou seria por começo??) inicia-se o ano da graça na terra brasilis.
Repostos em seus devidos pseudos lugares, os "pigmeus do boulevard" retornam aos canteiros de obras, aos passeios esquecidos das praças e jardins entre garrafas plásticas vazias de esperança, e continuaram se calando com a "boca de feijão" até que o próximo fevereiro chegue. 
Mas muita coisa já aconteceu nestes três primeiros meses do ano.
As ditaduras no Oriente Médio estão ruindo apesar de eu, contumaz desconfiado, pensar que no quintal do perverso Kadaffi exista muita podridão fascista cujo fedor espraia-se também pelos palácios e gabinetes das supostas democracias ocidentais.
As tragédias ambientais vieram bater o ponto nos quatro cantos do planeta como em todo começo de ano, e eu contumaz "arauto da desgraça", penso que a tendência é piorar a cada ano. E não é pessimismo. É puro exercício de visualização da realidade e a primeira verdade é de que somos analfabetos quando o tema é educação ambiental e consciência ecológica. 
Doce ou atroz, eu caçador de mim, como canta o Milton Nascimento, vou reviver os anos anteriores e neste 2011 vou continuar buscando entender e cada vez mais, não me conformando com a realidade que se estampa junto com o sol das bancas de revistas que trazem cada vez menos as Cardinales bonitas do Caetano. 
E por falar em música, valei-me todos os santos do paraíso do som e me levem convosco. Não... não posso ir, porque ... "Vou não...posso não... minha mulher não deixa não!"
Contudo, torço para que esteja perto o dia em que todos os meninos vão desembestar como sonhou o Chico Buraque, até porque penso que o desencadear de uma nova consciência é condição "sine qua non" para a sobrevivência da espécie.
E toamar que o mesmo Chico não esteja certo quando diz: "Se pensas que pensas, estás redondamente enganado..."!

Fraterno abraço
André