tag:blogger.com,1999:blog-63860476329282370772024-03-17T13:20:19.749-03:00O Criador e a Criatura"Uma pessoa que, como eu, evoca o que há de mais perverso dentre os demônios parcialmente domados que habitam a besta humana, e tenta enfrentá-los, não pode esperar sair incólume desta batalha." Sigmund FreudPsicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.comBlogger329125tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-35841145324150612392024-03-17T13:19:00.003-03:002024-03-17T13:19:43.467-03:00EGOÍSMO E ALTRUÍSMO!<p> </p><p><br /></p><p>Pasmem:</p><p>"segundo o pensamento de Comte 1798-1857, tendência ou inclinação de natureza instintiva que incita o ser humano à preocupação com o outro e que, não obstante sua atuação espontânea, deve ser aprimorada pela educação positivista, evitando-se assim a ação antagônica dos instintos naturais do egoísmo."</p><p><br /></p><p>Pasmem, porque essa a interpretação de ALTRUÍSMO do pensamento filosófico de Comte. O Augusto. O criador do Positivismo que inspirou muitos déspotas, cuja máxima entre colunas, era difundir a ideia de que " eu só desejo o melhor ao povo. Mas quem sabe o que é melhor ao povo sou eu."</p><p><br /></p><p>Eu realmente tenho uma certa dificuldade pra entender uma dinâmica acadêmica que vá buscar no Positivismo (o mesmo aquele do Júlio de Castilhos, do Golpe de Getúlio de 1930, a Constituição Polaca de 37 e seu Estado Novo do mesmo castilhista Vargas, etc).</p><p><br /></p><p>Penso que o Freud renomeu os instintos primitivos e nos ofereceu a ampla e prazerosa leitura e análise das pulsões. Mas isso é coisa pra muita conversa, que alias, pra quem se interessar, o blog está recheado de material à respeito.</p><p><br /></p><p>Neste domingo enfarruscado, eu só queria tirar o foco de minha publicação anterior onde identifiquei o "grande mal estar do momento atual do país " , e queria abordar o altruísmo e seu antagônico egoísmo.</p><p><br /></p><p>Tanto um como o outro, pra nós que ousamos despertar demônios adormecidos, são ambientais e fruto de experiências de vida, com o manejo das pulsões e com a capacidade individual de escolher ou ser um ou outro. Ou ainda quando ser um ou outro. Ou quem sabe, estampar ser um e na verdade ser outro. </p><p>Personas...</p><p><br /></p><p>Mas... deixa pra lá...é domingo e daqui a pouco tem futebol...</p><p><br /></p><p>Fraterno abraço </p><p>André Lacerda - Psicanalista</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzgJH58-clpQDyVTc0X79xGCSmhKezA-dUhsttIAU9k4hdLbUvRp-fkAHOcK0i7r3SbcvcOnc3DzRoEMVOf2oz8eaFyjo38V24W6fUIaJkCPQOCaYdQIUVNBjpMXzT1Rug81O5wIkeAVdRJzs3nlAZ60Mn-8aBZGYfxNJDNrrslvWw_fAonA95uZxp-3Mn/s1600/Screenshot_20240317_112845_Gallery.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="720" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzgJH58-clpQDyVTc0X79xGCSmhKezA-dUhsttIAU9k4hdLbUvRp-fkAHOcK0i7r3SbcvcOnc3DzRoEMVOf2oz8eaFyjo38V24W6fUIaJkCPQOCaYdQIUVNBjpMXzT1Rug81O5wIkeAVdRJzs3nlAZ60Mn-8aBZGYfxNJDNrrslvWw_fAonA95uZxp-3Mn/w246-h400/Screenshot_20240317_112845_Gallery.jpg" width="246" /></a></div><br /><p><br /></p>Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-39696562004221134252024-03-16T12:53:00.003-03:002024-03-16T12:53:56.385-03:00UM PAÍS CHAMADO CARNAVAL <p><br /></p><p><br /></p><p>O título se refere à uma peça que escrevi na adolescência, e me foi lembrada por um amigo querido, e que vai virar série. Quem sabe livro.</p><p>E isso se deu em 1981. Em plena ditadura daquele que João que batia e prendia...</p><p>Por falar nisso...</p><p>Em 2018 eu estava no fundo do poço de uma depressão extrema. Fazendo muitas besteiras...só pensava em fazer besteiras mais graves do que aquelas que eu fazia...</p><p>Mas me lembro de imerso na tristeza, ter ficado mais triste ainda com a vitória "dele" nas eleições. Triste não...com nojo. </p><p>Naquela época vi um entrevista dele mostrando um porrete e dizendo ser aquele pedaço de madeira, o psicólogo que ele indicava...</p><p>Deve ter usado várias vezes pra amenizar suas pulsões....</p><p>Mas aceitei. Afinal, DEMOCRACIA é isso. E fiquei torcendo pelo país, afinal eu não tinha esquecido do "petrolão" e nem de todos os mal feitos que a centro esquerda tinha feito pelo Brasil afora. E o pior mal feito da esquerda, foi abrir espaço pra essa figura desprezível, ignóbil, e tudo de ruim que se possa pensar, assumir o país. </p><p>Mas veio 2019 e minha Ana e minha filha me buscaram do inferno da doença (simmm..Depressão é uma doença senhores e senhoras terraplanistas), e eu estava ainda torcendo pelo país.</p><p>Mas ainda com muito nojo do Bozo. </p><p>E veio a pandemia.</p><p>E o Bozo estava lá, no mínimo, debochando daqueles que morriam sufocados pela falta de oxigênio e pela maldade do desgraçado negacionista, fascista, infame e tudo o mais que todo mundo sabe.</p><p>E tudo o mais aconteceu. </p><p>Agora tudo vem à tona.</p><p>E tem muito mais que vai emergir tal qual o antigo "monstro da lagoa" ...</p><p>E eu que não esqueci e não vou esquecer do "petrolão", e toda aquela sacanagem que só não foi levada ao cabo por conta da canalhice de outros golpistas ( Moro e a gangue de Curitiba), não fico feliz por isso.</p><p>Muito triste pelo monte de gente de bem que aderiu à tudo que envolve esse asqueroso golpista e genocida que nem sei se vai pagar por tudo que fez...</p><p>Na verdade... muito triste pelo Brasil estar passando por isso...</p><p><br /></p><p>P.s: a foto é de 2018...</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqc1b1VxVOVt739WlzzeDUS4TEn0b89hGL3sy6uIMEFrIdLESDuERXg5ztTQ2d2zYq0b34kIyUnKbdgp4-1Ht2xKp7uUkwrmAa97PrynmlF-MoeNevuAPODTLqMQvP-xLobBbB_a0izOLy7H14Iao6DGhaROpFigYUS2ksDXqugcpYLDChF6O6jnN7ZzUs/s967/FB_IMG_1710603642005.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="967" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqc1b1VxVOVt739WlzzeDUS4TEn0b89hGL3sy6uIMEFrIdLESDuERXg5ztTQ2d2zYq0b34kIyUnKbdgp4-1Ht2xKp7uUkwrmAa97PrynmlF-MoeNevuAPODTLqMQvP-xLobBbB_a0izOLy7H14Iao6DGhaROpFigYUS2ksDXqugcpYLDChF6O6jnN7ZzUs/s320/FB_IMG_1710603642005.jpg" width="238" /></a></div><br /><p><br /></p>Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-15461985741382446422024-02-21T19:24:00.000-03:002024-02-21T19:24:18.902-03:00O Pão com Ovo !<p> Realmente tenho escrito pouco.</p><p>Penso que o algoritmo não sente muita falta de minhas crônicas, uma vez que não vou falar da luta entre Popó X Bambam...</p><p>À propósito: Esse Bambam não era um cara que ganhou um dinheiro do Big Brother da Globo porque casou com uma vassoura?</p><p>E o Popó não é aquele que foi multi campeão de Box?</p><p>Tchê...passamos 4 anos da mais absoluta treva e agora temos que nos submeter à isso??</p><p>Sem contar que o outro lá, que estava indo mais ou menos, já começou com aquela diarreia verbal falando de genocídio e tal.</p><p>Por favor assessoria...te liga!!!!</p><p>E tem aquela briga das duas irmãs que cantavam juntas e uma diz que a outra era uma e que a uma era outra e tral e tal...</p><p>Realmente o algoritmo não está sentindo falta de minhas crônicas...</p><p>Por aqui, a principal preocupação tem a ver com a textura da gema do ovo.</p><p>Não pode passar um milionésimo de segundo do ponto certo em que a gema flua tal como rio de ouro sobre a batata palha...</p><p>E isso me faz lembrar que a diferença da riqueza e da pobreza pode estar nas palavras ( até porque sou psicanalista...rs).</p><p>O pobre fala que só tem pão com ovo.</p><p>O rico fala que não existe maior prazer do que furar o ovo e deixar aquele fio dourado escorrer pela ponta fria do garfo, e logo embeber um pedaço de alvo pão e quem sabe, o ouro até escorra pelo lado da boca. ..</p><p>Notaram a diferença????</p><p><br /></p><p>Fraterno Abraço </p><p>André e Isabelle Lacerda</p><p>Psicanalista e Inspiração</p><p><br /></p><p><br /></p>Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-43873884164123523372024-02-19T23:33:00.000-03:002024-02-19T23:33:02.351-03:00O Ballet das Lagartixas<p><br /></p><p><br /></p><p>Hoje, como todos os outros dias quando se é pai, foi um dia de coisas novas.</p><p>Logo cedo, descobri que os senhores Mark Suckerberger e Ellon Musk, dois dos homens mais ricos do planeta, estão numa disputa onde buscam novos tesouros: criadores de conteúdo. </p><p>Me causou espécie. </p><p>Seguindo o exemplo de vários amigos, professores, mestres de todo gênero que desde os tempos do Orkut criavam conteúdos psicanalíticos, filosóficos, tratados de saúde, promoviam debates sobre geopolítica, me tornei criador de conteúdo.</p><p>Primeiro foi no meu blog " O criador e a criatura" ( que ainda está on line mesmo que adormecido por razões absolutamente pessoais), e depois nas páginas do Facebook cujos donos generosamente me chamaram pra reproduzir minhas crônicas. Uma delas aliás, até meu nome tem e esse fato eu agradeço a deferência à Laura Nunes da Cunha minha editora poço de paciência que é a dona da página.</p><p>Anos atrás, num daqueles exercícios que não levam a nada, por curiosidade fiz uma estatística e vi que minhas crônicas já tinham sido lidas por mais de 400 mil pessoas...</p><p>Não acreditei na época e hoje nem sei o que pensar...mas ...nesse mundo de redes sociais tudo pode acontecer afinal...</p><p>Então me peguei pensando hoje:</p><p>Que tipo de criador de conteúdo os senhores donos do Facebook e do Twitter podem estar buscando hoje???</p><p>E pensei... e pensando ...deprimi.</p><p>Jamais eu ou meus mestres, professores, colegas todos dinossauros herdeiros dos ensinamentos de Freud, Lacan, Copenhaguen, Roterdan, Nietzsche e etc, estariam sequer nos pesadelos do Sr Zuckerberg ou do Sr Musk. </p><p>Nossos conteúdos não interessam mais.</p><p>E estava entrando numa tristeza média quando ela me salva:</p><p>- Papaaaaiii!!!!! Acordei!!!!</p><p>Isabelle me salvou pela bilhonésima vez de cair num estado melancólico. </p><p>E logo de cara, ela me lembra de nossa conversa da noite anterior:</p><p>- Porque nós não vemos as Lagartixas de dia papai?</p><p>- Porque elas só dançam pelas nossas paredes brancas à noite?</p><p>- Eu posso botar nome nas minhas Lagartixas papai???</p><p>Ela tem o dom de me desconsertar com tantas perguntas...</p><p>Não sou muito conhecedor da vida desses simpáticos bichinhos, mas explico que durante o dia elas dormem, e à noite saem para ensaiar seu ballet, comer e pra descobrir as coisas que possam existir entre as paredes brancas da casa.</p><p>Aproveito e digo que elas são nossas amigas, e que comem os mosquitos que nos atormentam e causam doenças, e como são nossas amigas, acho que podemos das nome à elas...</p><p>Deixo ela por uns minutos sozinha, e logo volto com o iogurte e o mamão do ritual matinal e ela está ajoelhada perto das floreiras com os olhos cheios de lágrimas...</p><p>E quando me vê chora. </p><p>Mas não era o choro do dodói ou a manha natural...</p><p>Era um choro de tristeza. Pude sentir a tristeza dela...</p><p>Ela não conseguia falar e com a mãozinha trêmula me indicava o motivo de tamanha tristeza.</p><p>Uma lagartixa morta já parcialmente devorada por minúsculas formigas...</p><p>- Ela morreu papai! Ela está morta. </p><p>Não me contive e tive que chorar também...</p><p>Me controlei. </p><p>Expliquei o ciclo da vida e que na natureza é assim...</p><p>- Minha filha...a natureza é quem manda nessa aventura que chamamos de vida...</p><p>Não sei se ela entendeu tudo que falei... e falei... e falei...e falei.</p><p>E ela me surpreendeu novamente porque nunca tínhamos falado disso:</p><p>- Papai...eu tenho que botar uma roupa preta porque a Lagartixa morreu?</p><p>A vontade foi de gargalhar, mas me contive e falei que não precisava não...</p><p>E fiquei triste vendo ela sentir a dor do luto pela primeira vez...</p><p>E fui mudando de assunto torcendo pra que as formigas fizessem logo seu trabalho...</p><p>E fomos brincar. ...</p><p>Passaram-se uns bons 60 minutos...</p><p>E ela novamente me desconserta:</p><p>- Papai! Promete pra mim que tu nunca vai morrer?????</p><p>- Prometo minha filha. Vou estar sempre contigo.</p><p><br /></p><p>Fraterno abraço</p><p>André Lacerda </p><p>Psicanalista</p>Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-20773440600728825452019-07-01T09:30:00.003-03:002019-07-01T09:30:59.140-03:00<span style="text-align: justify;">CAMINHANDO PARA O INFERNO, numa estrada de pó!</span><br />
<br />
Eis meu novo projeto literário.<br />
Não vou falar de flores.<br />
Não será lúdico o meu texto. Não haverá poesia.<br />
Haverá sim choro e ranger de dentes.<br />
Vou expor casos clínicos que acompanhei e acompanho, e posso garantir e alertar que não será uma leitura agradável e leve.<br />
Espero que meus leitores entendam, que a legítimidade de quem escreve, se mede pela verdade e esclarecimento que ela encerra.<br />
Insisto na afirmação de que ao psicanalista não é permitido o preconceito à qualquer coisa.<br />
Mas eu, abomino o sofrimento humano.<br />
E sendo assim, mais uma vez não vou falar.<br />
Pensei em criar nomes fictícios para o relato dos casos clínicos, e abandonei a ideia, pois não quero incorrer no perigo da mera coincidência.<br />
Dito isso...<br />
Devemos identificar o sujeito dessa terrível desgraça que é o vício da cocaína.<br />
O homem dependente do pó, muda da noite para o dia.<br />
Primeiro ele se transforma num mentiroso.<br />
Depois se transforma num golpista.<br />
De golpista vira ladrão.<br />
De ladrão vira traficante.<br />
E nesse caminho, tem tudo para virar homicida.<br />
E em qualquer momento, pode virar um cadáver pra ser reconhecido no DML.<br />
A mulher dependente, de cara se transforma numa mentirosa.<br />
O segundo passo, vira prostituta.<br />
E pronto. Homens e mulheres, são escravos. Sem alforria, serão em qualquer tempo, um corpo atirado no porão escuro de um necrotério.<br />
E assim, não é nada florida essa estrada de pó, que inexoravelmente só leva ao inferno.<br />
<br />
Fraterno abraço<br />
André Lacerda - PsicanalistaPsicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-56487296154085592312018-11-16T19:49:00.001-02:002018-11-16T19:49:40.634-02:00Pra Não Dizer Que Não Falo de Flores!<div style="text-align: justify;">
Por aquele dias, o Psicanalista já não estava tão, tão, tão triste. Mas estava triste.</div>
<div style="text-align: justify;">
Homem de amores, estava carente de amor. Ou pelo menos se sentia carente de amor. Porque psicanalistas também...enfim...</div>
<div style="text-align: justify;">
O copo de tinto pela metade, tinha o mesmo gosto de fel das ervas daninhas de um chá que recentemente havia bebido ...</div>
<div style="text-align: justify;">
Estava triste. Mas nem tanto. Não era nenhum temporal. Mas estava nublado. </div>
<div style="text-align: justify;">
Foi quando ela chegou...</div>
<div style="text-align: justify;">
Das nuvens, ela desceu numa estrada de neon pintada em tecnicolor. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não lhe disse nada. Só lhe soprou com hálito de flores da manhã, e o rosto de psicanalista triste ensaiou um tímido riso...</div>
<div style="text-align: justify;">
Ele paralisou calado e lembrou da primeira vez que a vira. Era enquanto ele bebia aquele chá sem ainda sentir o gosto amargo da erva daninha. </div>
<div style="text-align: justify;">
Seus olhos apenas se cruzaram e naquela hora ele viu apenas uma linda mulher. Esqueceu.</div>
<div style="text-align: justify;">
Voltou a vê-la no final do dia, quando ela acomodava carinhosamente duas florzinhas num cesta mágica que as levaria pro seu reino encantado no reino das fadas. Porque isso é que ela era. Uma fada assexuada na forma de uma linda mulher. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ao vê-la saindo cantou pensando: ...." és láctea estrela és mãe da realeza, és tudo enfim que tem de belo, todo resplendor da santa natureza..."</div>
<div style="text-align: justify;">
E se foram os dias... o chá de ervas fez mal, e só ficou o amargo gosto na boca ... e o coração nebuloso. </div>
<div style="text-align: justify;">
E agora ela estava ali novamente...flutuando numa estrada de neon em tecnicolor que veio daquela nuvem cor de rosa lá de cima...</div>
<div style="text-align: justify;">
E ela soprou seu rosto com seu hálito de flores...</div>
<div style="text-align: justify;">
E ele paralisou calado procurando palavras, versos e quem sabe o mundo para lhe entregar... não achava...</div>
<div style="text-align: justify;">
Então... ela generosa, porque todas as fadas são generosas, do seu seio nu assexuado, tira uma flor da manhã, beija a flor, e oferta ao psicanalista que já não sentia o fel na boca...</div>
<div style="text-align: justify;">
E como veio, se foi, naquela estrada celeste colorida à caminho de sua nuvem cor de rosa...</div>
<div style="text-align: justify;">
E o psicanalista acordou e pensou:</div>
<div style="text-align: justify;">
- Como pode ser lúdico e cheio de lirismo, o sonho de um psicanalista que bebe fel e tem o coração encoberto de nuvens..... </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fraterno Abraço</div>
<div style="text-align: justify;">
André Lacerda - Psicanalista</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBvv-TQg9yqwqzLXjM389BNPrzSlsxeIu3642TsOF2oB3DEQyRGj2pRZSw0BLrxz6ABVuFHvu3P_riP6Ih04ETeOZlyQk0Tkzb1OUiOmIRv8xLD300oJbOXM0L_aR4kHCwdFAidjeWqXg9/s1600/cosmos-flores-a-luz-do-sol_1421-172.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="417" data-original-width="626" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBvv-TQg9yqwqzLXjM389BNPrzSlsxeIu3642TsOF2oB3DEQyRGj2pRZSw0BLrxz6ABVuFHvu3P_riP6Ih04ETeOZlyQk0Tkzb1OUiOmIRv8xLD300oJbOXM0L_aR4kHCwdFAidjeWqXg9/s320/cosmos-flores-a-luz-do-sol_1421-172.jpg" width="320" /></a></div>
Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-90118685611478856982018-10-26T19:42:00.001-03:002018-10-26T19:47:56.977-03:00O Psicanalista no Mundo Encantado dos Orixás! O Suposto Saber!<div style="text-align: justify;">
Todos Sangram. Até o Super Man sangra como foi fantasiosamente demonstrado pela industria cinematográfica recentemente. </div>
<div style="text-align: justify;">
O Psicanalista sangrou. </div>
<div style="text-align: justify;">
Meus amigos leitores, devem ter estranhado, pois o último capítulo escrito desse projeto que hoje retomo, escrevi no distante 11 de maio. Mais de 5 meses portanto. </div>
<div style="text-align: justify;">
Eu estava sangrando. Fui acometido pelos sintomas da mais terrível das doenças, a que mais mata no mundo moderno, A depressão.</div>
<div style="text-align: justify;">
Estou me recuperando pela força da paciência de minha amada irmã, pela dedicação abnegada de uma amigo que hoje vejo como filho, pela sobriedade sincera e responsável de meu sobrinho que sempre teve status de filho, e mais recentemente pela gloriosa minha primeira dama (como se refere à esposa um amigo jornalista que admiro desde sempre).<br />
Minha primeira especialização clinica foi exatamente a Depressão, e desde então sempre tive contato com as terríveis dores que essa doença provoca.<br />
Contudo.... nada se compara a sentir o corte profundo na própria carne.<br />
O velho Freud já havia dito que a verdadeira cura vem da palavra e do amor.<br />
Fui acariciado pela mão delicadamente forte da palavra.<br />
Fui indelevelmente abraçado pelos bracos generosos do amor.<br />
E.... Cá estamos pra seguir nesse baile ... afinal, tudo vai ser melhor...<br />
Como diz o provérbio... " O melhor médico é aquele que já ficou doente!"<br />
Ah.... agora sei que antes de cair no buraco da depressão, fui alertado e avisado.<br />
Lembrando os amigos que sou irremediavelmente racional e ciente da ciência que sigo, o que relato aqui tem absoluto conho cartesiano, e é resultado da observação e da experimentação.<br />
Como disse, fui alertado e avisado pelas entidades da umbanda e da quimbanda do que estava me avizinhando. Não me dei conta na hora. Mas hoje, lúcido e me recuperando, percebi que fui avisado e chego até a pensar que "eles" estiveram me amparando enquanto roía meu próprio fígado tentando matar minhas dores e desavisado, quase matei meu corpo.<br />
" Quem tiver olhos que veja! Quem tiver ouvidos que ouça!"<br />
Humildemente o psicanalista sabe que seu saber é aquilo que os psicanalistas chamam de "SUPOSTO SABER".<br />
Mas... o Marabô soube. E disse:<br />
" Nêgo. Isso que vem pela frente é pior do que o câncer!E Isso que vem pela frente pode te matar mais rápido que o câncer.<br />
Mas eu vou te ajudar.<br />
O psicanalista prestou atenção... mas não teve olhos de ver... e nem ouvidos de ouvir. E foi ver e ouvir enquanto o punhal da melancolia se recolhia depois de ter feito muito estrago.<br />
Mas isso vou explicar melhor no próximo capítulo.<br />
Agradeço em meu nome e da minha família, ao meu amigo Wladimir, que é pai de muitos filhos, e à estes filhos, que sei e sinto que pediram aos céus por minha felicidade. E minha felicidade estará plena quando nos reencontrarmos. <br />
<br />
Fraterno Abraço,<br />
<br />
André Lacerda - Psicanalista<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSp99hpxjIey7Ml_4lEBYsRs5hU9tErK-cl9pDYbex416NXqIbIBlCwZ2Hl_wtAeR9f-p3okg5mh0qCK6O9sNOh_eJYtqzucBqGKlLfajWiBaML8lG6vtbVU2s7yyqbJetf-F4y0Liksfn/s1600/A+Cura+da+alma.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="640" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSp99hpxjIey7Ml_4lEBYsRs5hU9tErK-cl9pDYbex416NXqIbIBlCwZ2Hl_wtAeR9f-p3okg5mh0qCK6O9sNOh_eJYtqzucBqGKlLfajWiBaML8lG6vtbVU2s7yyqbJetf-F4y0Liksfn/s320/A+Cura+da+alma.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
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</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-7262222345313233352018-05-11T12:04:00.000-03:002018-05-11T12:04:12.415-03:00O Psicanalista no Mundo Encantado dos Orixás! O Encontro!<div style="text-align: justify;">
O psicanalista estava seco.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não haviam mais lágrimas. Elas se esgotaram...</div>
<div style="text-align: justify;">
Inerte, estava empurrando seus dias sem apetite (qualquer apetite), numa forma nebulosa feita de sombra. Somente de sombra, e sem luz como disse o poeta.</div>
<div style="text-align: justify;">
Seus últimos 18 anos haviam sido voltado quase que exclusivamente pra clinica psicanalítica e acreditava ter ajudado muita gente e os resultados eram significativamente positivos. </div>
<div style="text-align: justify;">
Os últimos 3 anos, exclusivamente voltados para os pacientes oncológicos e terminais. E achava que esteve nos lugares certos. Esteve em lugares que acreditava, ser os lugares onde o psicanalista deveria estar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Isso era bom...mas....</div>
<div style="text-align: justify;">
Buscava em Freud, Lacan e mesmo na depressiva Melanie Klein, algum conforto psíquico. Mas nada surtia efeito amenizador em sua alma que mesmo serena, estava destroçada.</div>
<div style="text-align: justify;">
O último ano tinha sido devastador.</div>
<div style="text-align: justify;">
Fazia um ano, de forma precoce, sofrida e absurdamente cruel, tinha perdido seu primeiro amor numa batalha cruel e incombatível de 25 dias contra um câncer fatal.</div>
<div style="text-align: justify;">
No dia que ela foi cremada plantou uma roseira. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda não aceitava aquela perda. Mas a roseira cresceu e floriu....</div>
<div style="text-align: justify;">
Fazia um mês, tinha perdido seu maior e eterno amor. A mãe amada, sem avisar, e de forma não menos sofrida, já estava cantando tangos e encantando espíritos em outro plano.</div>
<div style="text-align: justify;">
No dia que foi enterrada, sentiu-se enterrado nas sombras das ausências.</div>
<div style="text-align: justify;">
E por aqueles dias, perdera seu segundo amor. Mas com o coração sereno, agradecia pelo fato dela estar viva e bem, e torcia pra que ela fosse feliz e sempre estivesse segura. </div>
<div style="text-align: justify;">
Sabia que a vida era uma caminhada onde os seres viventes viviam entre Eros (vida) e Tânatos (morte).</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas nele, Tânatos reinava...</div>
<div style="text-align: justify;">
E na verdade, já trazia no bolso da camisa Prada (sempre branca), as duas moedas para entregar à Caronte, o barqueiro de Hades que o levaria a navegar pelos rios Estige e Aqueronte, e assim transporia as águas que separam o mundo dos vivos para o mundo dos mortos. </div>
<div style="text-align: justify;">
E foi assim, que naquela noite, sem nem saber porque, caminhou rumo aquela casa religiosa.</div>
<div style="text-align: justify;">
Já tinha tido contato com os ritos afro-brasileiros, e achava legal o ritual. Pensou que seria uma noite divertida. Assim como seria divertido um bom filme na TV ou ainda um documentário do discovery civilization.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ao chegar, portas abertas, foi entrando encabuladamente...</div>
<div style="text-align: justify;">
Alguém lhe observou e ele notou.</div>
<div style="text-align: justify;">
Foi se apresentar. Não precisou.</div>
<div style="text-align: justify;">
Homem educado e receptivo, com fidalguia e cavalheirismo o recepcionou:</div>
<div style="text-align: justify;">
"- Entre, sinta-se em paz. A casa é tua e seja bem vindo!"</div>
<div style="text-align: justify;">
O psicanalista admirou-se. Comentou com seus botões:</div>
<div style="text-align: justify;">
" Sequer precisei me apresentar..."</div>
<div style="text-align: justify;">
Procurou e achou um lugar discreto e acomodou-se e passou a observar o ambiente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Olhou as imagens e os movimentos iniciais e estava aguardando iniciar os rituais quando algo inusitado aconteceu.</div>
<div style="text-align: justify;">
As pessoas iam chegando e todos, ao chegar buscavam uns aos outros e trocavam um beijo na mão e um beijo na face. </div>
<div style="text-align: justify;">
O psicanalista viu e sua observação cartesiana concluiu:</div>
<div style="text-align: justify;">
Aquele gesto não era um ritual. Aquele gesto era um gesto de amor. Amor fraternal. </div>
<div style="text-align: justify;">
E na sequência, alguém que nunca tinha visto, dirigiu-se à ele. E sem mais nem menos, repetiu com ele o gesto. </div>
<div style="text-align: justify;">
Alguém que ele, nem mesmo hoje sabe quem é, lhe beijou a mão e a face.</div>
<div style="text-align: justify;">
E veio mas alguém, e outro alguém, e não era só com ele, pois à todos que estavam ali, era distribuído assim, naturalmente, o carinho e o afeto através de um gesto de puro amor fraternal. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ficou sem palavras. E meio que sem chão. E meio que sem graça. E meio que sem sua ambidestra lógica racional.</div>
<div style="text-align: justify;">
Os participantes se uniram em um grande círculo e de mãos dadas, e palavras acolhedoras foram proferidas indicando que iniciaria o trabalho. E então veio uma prece. E outra prece. E pra espanto do psicanalista, eram preces cristãs. O mesmo Pai Nosso e a mesma Ave Maria que eram rezadas na catedral metropolitana. Só então, os tambores africanos começaram tocar. </div>
<div style="text-align: justify;">
O psicanalista estava numa sessão de Umbanda. E estava prestes a testemunhar uma sessão de entidades conhecidas como EXUS. </div>
<div style="text-align: justify;">
Entusiasmou-se.</div>
<div style="text-align: justify;">
Admirou-se vendo os médiuns incorporarem suas entidades. Havia uma disciplina espartana naquilo tudo. E não identificou a teatralização que já havia visto em outras casas e mesmo em outras crenças e religiões. Estava tudo sendo sereno e equilibrado. </div>
<div style="text-align: justify;">
Foi quando algo aconteceu, que marcaria indelevelmente a alma sequiosa do psicanalista ateu. </div>
<div style="text-align: justify;">
Foi ai, que o psicanalista que tinha já percebido o amor fraterno daquele povo, deu o primeiro passo para entrar no Mundo Encantado dos Orixás.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fraterno Abraço</div>
<div style="text-align: justify;">
André Lacerda - Psicanalista</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
P.S.: Esse projeto, além de publicado semanalmente aqui no blog, também estará disponível na página REFLEXÕES DA PSICANÁLISE do Facebook, a qual sou um dos 3 psicanalistas que publica, e no meu próprio perfil pessoal que é público.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmmN2OzWiZwfSmpLtKlVKLuZ0y3MalBRawS7kXoW2U1ezz_AauaFoIcxqJ0vgKPmGsdVcuE_CyZgiqZibBGDJv_JGo3rwH8A2kO89qvpg-PIRyfxlFG8mEiy_E6qkFjthloasKqkLhE70r/s1600/Orix%25C3%25A1s.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="180" data-original-width="281" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmmN2OzWiZwfSmpLtKlVKLuZ0y3MalBRawS7kXoW2U1ezz_AauaFoIcxqJ0vgKPmGsdVcuE_CyZgiqZibBGDJv_JGo3rwH8A2kO89qvpg-PIRyfxlFG8mEiy_E6qkFjthloasKqkLhE70r/s1600/Orix%25C3%25A1s.jpg" /></a></div>
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Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-38102748651334383112018-05-05T12:26:00.000-03:002018-05-05T12:26:18.045-03:00O Psicanalista No Mundo Encantado dos Orixás!<div style="text-align: justify;">
Por aqueles dias, o psicanalista não passava por seus melhores momentos. Provavelmente passava por uma das piores fases de sua já não tão curta vida, e já se considerava (desejava?) encaminhado para o começo da derradeira caminhada rumo ao cosmo desconhecido...aquele lugar que ele mesmo acreditava ser apenas o lugar do eterno dormir...</div>
<div style="text-align: justify;">
Há exatos treze meses amargava a dor de lutos e de perdas pessoais consecutivas e avassaladoras e nem mesmo sua atividade clínica (que sempre o fez ter fé) o animava.</div>
<div style="text-align: justify;">
Havia enfim, perdido a fé, a coragem e a vontade...</div>
<div style="text-align: justify;">
Tinha concluído (com láurea acadêmica) o trabalho onde colocou psicanalista no cenário do câncer e dos pacientes terminais, e achava por fim, que, chegava... Tinha combatido o bom combate. Mas perdido a fé...</div>
<div style="text-align: justify;">
Agora era esperar o beijo derradeiro daquela balzaquiana gostosona, bronzeada de sol e com marquinha de biquíni (como o próprio psicanalista havia definido a morte anos atrás) .... e torcia para que este lhe fosse breve e sem muita intensidade...</div>
<div style="text-align: justify;">
Já tinha percebido em si próprio os sintomas de uma depressão... ou talvez, um Transtorno Depressivo Recorrente, e depois de algumas tentativas sem sucesso, entregou-se. Estava entregue. Mas, com a serenidade dos racionais, assimilou a finitude.</div>
<div style="text-align: justify;">
Que venha pois aquela que ninguém quer ver... pensou: </div>
<div style="text-align: justify;">
- "Pelo menos, a minha virá em forma de balzaquiana gostosona, com cabelos negros, bronzeada de sol, e com marquinhas de biquíni..." </div>
<div style="text-align: justify;">
E quase que ensaiou um riso debochado de si mesmo pensando na sua fantasia com a sua própria morte.</div>
<div style="text-align: justify;">
E segue o baile mesmo que sem música...</div>
<div style="text-align: justify;">
E então, numa manhã do abafado verão de Porto Alegre, na beira das águas do seu Guarujá, conversando com amigo, recebe deste um convite:</div>
<div style="text-align: justify;">
-" Tchê... tu tens que ir conhecer a casa de religião que eu frequento. É bem pertinho daqui da tua casa... leva a tua irmã... tu vais gostar!"</div>
<div style="text-align: justify;">
O Psicanalista, delicadamente, mas sem nenhuma convicção, e acho até quer por mera formalidade social respondeu:</div>
<div style="text-align: justify;">
-" Tudo bem. Qualquer dia apareço..."</div>
<div style="text-align: justify;">
O psicanalista passou o resto da manhã pensando naquele convite e naquela questão.</div>
<div style="text-align: justify;">
Desde tenra idade era ateu. E tinha convicção do seu ateísmo e tinha até orgulho do seu racionalismo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Já tinha visto muitas mortes pra entender a lógica natural da vida e da morte.</div>
<div style="text-align: justify;">
Já tinha visto muita vida pra entender que a busca humana pela eternidade, nada mais era do que um mecanismo de defesa do ego em busca de consolo para sua inexorável finitude. Por isso a humanidade buscava nas crenças, na metafísica, na metapsicologia e até na ufologia seus próprios desejos de jamais morrer.</div>
<div style="text-align: justify;">
Por força de ofício (afinal o psicanalista deve entender e saber ouvir todas as linguagens), e por curiosidade filosófica ou até por mera e simples curiosidade, desde sempre andou "passeando" pelos mais diversos ritos religiosos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Conheceu o cristianismo e seus dogmas nas mais variadas religiões, que mesmo ante evidências de pedofilia, lavagem de dinheiro (pastores com dólares em cuecas), orgias sexuais e financeiras, enriquecimento ilícito ( podia citar vários artigos do Código Penal), autointituladas cristãs.</div>
<div style="text-align: justify;">
Procurou entender o Islamismo e mesmo em meio à Jihads, terrorismo, talibã e degolas transmitidas ao vivo pela Al Jazira, percebeu uma mensagem de amor nos ensinamentos do profeta Maomé.</div>
<div style="text-align: justify;">
Estudou a doutrina de Kardec. Gostou da decodificação do espiritismo feita pelo francês. Achou coerência na mensagem de amor de Chico Xavier. </div>
<div style="text-align: justify;">
Freudiano até a medula, estudou o judaísmo pela obra de Freud. Não simpatizou muito com aquele deus colérico e vingativo. E se perguntava:</div>
<div style="text-align: justify;">
-" Que maldito deus é esse que manda um pai sacrificar seu próprio filho em holocausto, apenas pra testar a fé???"</div>
<div style="text-align: justify;">
Conviveu com as religiões afro e seus cultos. Achava lindo o ritual. A vó materna, batuqueira umbandista levava o menino que um dia habitou em mim nas matas, praias, cachoeiras e rios, e aquele movimento todo fascinava a criança ( certamente hiperativa) pelas cores, cantos e mistérios.</div>
<div style="text-align: justify;">
Respeitava todas as religiões. </div>
<div style="text-align: justify;">
Mas não se emocionou ao pé da cruz do Cristo morto. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não se emocionou na mesquita e nem ouvindo os cânticos voltados pra Meca.</div>
<div style="text-align: justify;">
Também não se emocionou quando visitou a casa de Chico Xavier em Uberaba e comparou o livro e o filme Nosso Lar, com a obra utópica de Aldous Huxley ( Admirável Mundo Novo).</div>
<div style="text-align: justify;">
Não pediu nada nem se emocionou ante o dito sagrado Muro das Lamentações.</div>
<div style="text-align: justify;">
Dançou, bebeu e comeu e ficou muito feliz no terreiro da Mãe Menininha do Gantois em Salvador (a Roma Negra como Caetano citou). Vibrou ao som dos atabaques africanos. Mas também não se emocionou.</div>
<div style="text-align: justify;">
Continuava ateu. E afirmava isso numa pedância intelectual tão obtusa e cartesiana que faria o próprio rei da pedância intelectual Jaques Lacan (sim...lacaniano. Freudiano/lacaniano) corar de vergonha.</div>
<div style="text-align: justify;">
Em diálogos com a mãe morta recentemente, se superava :</div>
<div style="text-align: justify;">
Dizia a amada mãe quase que pedindo:</div>
<div style="text-align: justify;">
-" Meu filho, tu tens que acreditar em algo.... o próprio Shakespeare que tu gostas já escreveu que "entre o céu e a terra existem mais coisas do que pode imaginar tua vã filosofia". "</div>
<div style="text-align: justify;">
E ainda a mãe saudosa perguntava:</div>
<div style="text-align: justify;">
-" Tu não acreditas no Grande Arquiteto do Universo?" ( Fazendo uma alusão ao principal dogma da Maçonaria).</div>
<div style="text-align: justify;">
Ele sempre respondia com um riso incontido:</div>
<div style="text-align: justify;">
-" Acredito Norma (como chamava a mãe). Esse projetou Brasília. E projetou o nosso lindo museu Iberê Camargo às margens do nosso Guaíba. O grande arquiteto do Universo. Oscar Niemeyer!!" </div>
<div style="text-align: justify;">
Enfim.... o psicanalista passou o resto daquela manhã de verão pensando nessas coisas todas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas aquilo não ia parar por ai... </div>
<div style="text-align: justify;">
O convite do amigo não lhe saia da cabeça.</div>
<div style="text-align: justify;">
Algo aconteceria naquele dia.... </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fraterno Abraço</div>
<div style="text-align: justify;">
André Lacerda - Psicanalista</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
P.S.: Inicio assim, o Projeto " O PSICANALISTA NO MUNDO ENCANTADO DOS ORIXÁS" que vai virar livro. E desde já informo que toda e qualquer renda obtida em torno desse projeto, será destinada à comunidade necessitada da Zona Sul de Porto Alegre.</div>
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</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-16222094191768389482017-07-25T14:52:00.000-03:002017-07-25T14:55:36.991-03:00<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: right;">
<b><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div style="font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Prezados Amigos.</span></div>
<div style="font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Na publicação de hoje, abordo um tema delicado e, pra dizer o básico, algo bastante subjetivo e que ao meu juízo, pouco discutido no Brasil.</span></div>
<div style="font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Saúdo e abraço meus amigos da bela capital do Estado do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, a linda cidade Morena de minhas fantasias infantis ( já escrevi crônica explicando isso) onde tenho grandes amigos e um número considerável de leitores.</span></div>
<div style="font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Eis que sei, que a população de Campo Grande tem discutido bastante o tema em virtude de eventos ocorridos e as opiniões se dividem.</span></div>
<div style="font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Os que me conhecem, e realmente sabem quem eu sou enquanto cidadão e profissional, sabem que mesmo antes de ser psicanalista, sempre fui alguém que lutou pela democracia e pelo Estado Democrático de Direito, que felizmente nós todos conquistamos a duras penas e temos (ou devemos ter) a convicção de que a liberdade democrática que temos não nos foi dada por João, e sim foi resultado da vontade do povo Brasileiro.</span></div>
<div style="font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Dito isso, por crer no Estado Democrático de Direito, sigo o princípio que sentença judicial não se discute. Sentença judicial se cumpre, ou se recorre no foro devido.</span></div>
<div style="font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Contudo, publico a seguir, estudo realizado em 2013 à pedido do blog Re-Tecendo a Vida, destinado à pacientes portadores do Transtorno e aos grupos de apoio e a familiares.</span></div>
<div style="font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Espero que tal estudo, seja minha modesta colaboração aos amigos do Mato Grosso do Sul, na formulação de suas opiniões. </span></div>
<div style="font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: right;">
<b><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: right;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: right;">
<b><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: right;">
<b><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">BORDERLINE</span></b></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: right;">
<b><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Por: André Lacerda - Psicanalista</span></b></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: right;">
<b><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Clínica Psicanalítica Ltda-</span></b></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: right;">
<b><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">P.Alegre-RS </span></b></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: right;">
<b><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Membro SBPI Reg. nr 690</span></b></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoApX7mgrv4-FrKZF1as-0LdkC-GlkXblSP9X_KO-K52NkW62WCWFlsHCcHfzkkKaJgYtKo3nDNrJAjfdBod-lRvzAFmjLDYR5RMALhEez1oFvKaKZE_KlA8DuKASfJF59Sk5WIF5o8XQb/s1600/masks.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; color: black; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-decoration-line: none;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoApX7mgrv4-FrKZF1as-0LdkC-GlkXblSP9X_KO-K52NkW62WCWFlsHCcHfzkkKaJgYtKo3nDNrJAjfdBod-lRvzAFmjLDYR5RMALhEez1oFvKaKZE_KlA8DuKASfJF59Sk5WIF5o8XQb/s320/masks.jpg" width="219" /></a></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Ultimamente uma patologia que vem acometendo nossos jovens é o que tem sido chamado de Transtorno Borderline de Personalidade. </span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Borderline vêm do inglês limítrofe e assim, significa algo que está no limite entre duas coisas que nesse caso é a neurose e a psicose. O termo já causou grande polêmica sendo que alguns teóricos e pesquisadores são contra o uso da denominação porque consideram-na ambígua.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Outros acham que tais pacientes deveriam ser classificados como psicóticos. Mas se partirmos das questões de ordem prática, não poderíamos deixar de dizer que qualquer dos transtornos mentais que surgem na clínica prática, são na verdade, um coquetel de traços encontrados em muitas patologias. Ás vezes você encontra sinais de quase todas as principais patologias presentes no quadro de um único paciente.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Curiosamente, como veremos mais à frente, o Transtorno de Personalidade Borderline é um Transtorno onde se consegue estabelecer um diagnóstico mais preciso justamente porque há uma característica determinante no diagnóstico: os micros surtos psicóticos. Mas de uma forma geral você vai perceber que muitos dos traços encontrados no borderline, são absolutamente semelhantes aos traços encontrados nos paciente com Transtorno Narcísico da Personalidade sendo que, a diferença se estabelece unicamente pela forma de obtenção das provisões narcísicas que no borderline é a atenção incondicional do outro.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Como resultado de inúmeras pesquisas feitas a partir dos trabalhos de colegas ao redor do mundo, reuni aqui um razoável número de informação sobre os pacientes Borderline, para que tanto os colegas como os leigos possam ter uma idéia do significado dessa patologia, e seus efeitos na vida daqueles que são por ela vitimados. Talvez algumas pessoas possam, através das informações, buscar a ajuda se não para livrarem-se completamente da patologia, pelo menos para atenuar aqueles traços mais ruins e que impedem um adequado relacionamento com a vida.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Farei a apresentação desses dados em duas etapas. Na primeira faremos uma descrição mais sucinta, com orientações sobre como reconhecer esse tipo de Transtorno e, numa segunda etapa, explicaremos mais detalhadamente os aspectos que consideramos importantes nos traços predominantes dessa patologia.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">O PADRÃO COMPORTAMENTAL</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Existem seis padrões comportamentais que identificam um paciente Borderline ou o TPB - Transtorno de Personalidade Borderline:</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">1. VULNERABILIDADE EMOCIONAL</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Os indivíduos com Transtorno de Personalidade Borderline têm dificuldades severas de lidar com emoções negativas, incluindo-se ai uma exacerbada sensibilidade para estímulos emocionais negativos, grande angústia diante de situações emocionalmente intensas e uma séria dificuldade para retornar às condições emocionais normais.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">2. AUTO ANULAÇÃO</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Indivíduos com Transtorno de Personalidade Borderline têm altos padrões de expectativas para si próprios e uma tendência a invalidar ou não reconhecer suas próprias respostas emocionais, pensamentos, convicções, e comportamentos.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">3. CRISES E MANIPULAÇÕES</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Indivíduos com Transtorno de Personalidade Borderline sempre estão envolvidos em comportamentos manipulatório suicida, ou seja, são comportamentos que normalmente simulam o suicídio mas não o levam a cabo. São movimento não fatais, auto agressões intencionais que resultam em algum tipo de ferimento corporal, auto-mutilação ou queimaduras que o indivíduo infringe a si mesmo. Geralmente o desejo de morrer é nulo ou se existe é frágil.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">4. AFLIÇÃO INIBIDA</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Indivíduos com Transtorno de Personalidade Borderline geralmente são incapazes de chorar ou expressar uma grande tristeza de forma apropriada.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">5. PASSIVIDADE ATIVA</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Indivíduos com Transtorno de Personalidade Borderline não conseguem solucionar os problemas de sua própria vida de maneira ativa e assim procuram fazer com que os problemas sejam solucionados por outras pessoas.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">6. COMPETÊNCIA APARENTE</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Indivíduos com Transtorno de Personalidade Borderline sempre parecem mais competentes do que realmente são ou do que mostram seus comportamentos e realizações.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">ENTREVISTA DIAGNÓSTICA COM PACIENTES BORDERLINES.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Geralmente numa entrevista com um paciente borderline devemos estar atentos aos seguintes aspectos:</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><span style="color: #660000;">1. Afetos</span> (aspectos subjetivos)</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Depressão crônica (que eles sempre negam*), desesperança, desamparo, sentimento de inutilidade, culpa, raiva (incluindo freqüentes expressões de raiva aberta ou velada), ansiedade, isolamento, tédio e sentimento de vazio.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><span style="color: #660000;">2. Cognição</span> (raciocínio/Intelectual)</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Pensamentos estranhos, percepções não usuais, paranóia que não é passível de ser descrita e micro surtos psicóticos.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><span style="color: #660000;">3. Impulsividade </span>(comportamental)</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Adição de drogas, desvios sexuais, suicídio manipulativo, gestos suicidas e outros comportamentos impulsivos como cleptomania e abuso alimentar. Muitos dos casos de Compulsão Sexual podem estar inseridos nesse tipo de Transtorno já que o sexo pode funcionar como uma adição importante na obtenção de contato com o outro.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="color: #660000; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">4. Relações Interpessoais</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Intolerância para solidão, abandono, engolfamento (no sentido de envolver o outro completamente), medos de aniquilação e fantasias de destruição, relacionamentos tempestuosos, manipulação, dependência, desvalorização, sadismo/masoquismo, demandas excessivas, auto intitulação (tentativa de parecer mais importante do que realmente é).</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">CRENÇAS CARACTERÍSTICAS DOS INDIVÍDUOS COM ESSE TRANSTORNO DE PERSONALIDADE.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Geralmente é importante que algumas perguntas fundamentais sejam respondidas na entrevista com o borderline. Muitos deles são hábeis no sentido de terem aprendido a dissimular alguns padrões comportamentais. Geralmente, nas entrevistas, observo tanto a linguagem corporal como também as linguagens, verbal e paraverbal. Abaixo eu fixo um tipo de roteiro que eu utilizo como referência e que foi acrescido de informações obtidas na experiência de outros colegas. Tais dados são fundamentais para definir com alguma clareza o diagnóstico de Transtorno de Personalidade Borderline. Muitas dessas declarações são observadas durante as entrevistas com esse tipo de paciente.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">1. Eu sempre vou estar só. Nesse caso observa-se uma crença fortemente arraigada de que eles não tem meios de conseguir afetividade e nem mesmo um vínculo legitimo e duradouro com outras pessoas significativas. Mesmo quando esse vínculo ocorre, tal paciente não crêm que o outro possa vincular-se a ele;</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">2. Eu não acredito que alguém possa cuidar de mim com sinceridade ou que alguém esteja realmente disponível para ajudar-me.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">3. Quando as pessoas me conhecerem de verdade, elas me rejeitarão e dessa forma, não poderão me amar e assim, vão me abandonar.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">4. Tenho dificuldade de dar conta da vida por meus próprios meios. Eu sempre preciso de alguém por perto.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">5. Geralmente eu tenho que adaptar minhas necessidades às necessidades de outras pessoas. Caso eu não faça isso elas poderão me abandonar ou atacar-me.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">6. Não tenho controle sobre mim mesmo.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">7. Não consigo ter disciplina comigo mesmo.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">8. Se você me perguntar sobre minhas reais preferências, eu realmente não sei o que eu quero.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">9. Prefiro que as demais pessoas tomem decisões, pois, nunca sei quando de fato estou certo. È muito confuso e eu estou sempre em dúvida quanto às minhas opiniões.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">10. Preciso ter um completo domínio sobre meus sentimentos senão as coisas não sairão bem como deveriam sair.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">11. Sinto-me uma pessoa má e eu devo ser punido por isso.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">12. Se alguém falhar em manter uma promessa que feita para mim, essas pessoa já não terá mais a minha confiança.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">13. Eu nunca vou ter o que eu quero ou desejo. Nem alimento ilusões quanto a isto.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">14. Meus sentimentos ou opiniões são sem pé nem cabeça, não acho que possa fundamentá-las de forma coerente.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">15. Se eu concordar com as coisas que algumas pessoas falam, Corro o risco de perder minha própria autonomia.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">16. Se eu me recuso a atender um pedido de outra pessoa , corro o risco de perder a amizade dela.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">17. Se disser o que eu quero, as pessoas vão ficar aborrecidas comigo.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">18. As pessoas são más e tendem a abusar de você.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">19. Eu sou impotente e vulnerável e dessa forma, não posso proteger a mim mesmo.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">20. Se as pessoas realmente me conhecerem, quero dizer, conhecer a fundo, elas vão ver que sou um fracasso, um embuste e assim, vão me abandonar.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">21. As outras pessoas não estão dispostas a ajudar ninguém sinceramente.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">22. Há sempre uma sensação de que se você se deixa levar, acreditar em alguém e, nesses casos, você vai acabar ferido, decepcionado.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Espero ter somado no entendimento da doença, e sobretudo no compreendimento das circunstâncias que envolvam indivíduos que acreditem, sofrem muito com esse mal.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Fraterno Abraço.</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">André Lacerda</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;">Psicanalista</span></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS", Trebuchet, sans-serif; font-size: 15.6px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium;"><br /></span></div>
Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-51063035060744857802017-07-19T14:14:00.000-03:002017-07-19T14:14:53.877-03:00PSICANALISTA: Menestrel do amor? Ou Arauto da Desgraça?<div style="text-align: justify;">
Meus caros amigos leitores!</div>
<div style="text-align: justify;">
Antes de qualquer coisa penso que devo explicações aos que sempre me prestigiaram. Afinal não tenho feito nenhuma publicação desde de outubro do ano passado.</div>
<div style="text-align: justify;">
Os que me acompanham, por certo sabem que desde 2015 estou dedicado em projeto que insere o psicanalista no cenário de tratamento oncológico/quimioterápico de onde minha querida e atenta editora Laura já adiantou para breve o lançamento do livro que nasceu disto tudo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Inobstante, ainda lambo feridas muito recentes de uma perda traumática, cruel e inesperada que ainda hoje sangram, mas tenho fé que a dor da ausência aos poucos vá se transformando apenas em saudade.</div>
<div style="text-align: justify;">
Dito isso...</div>
<div style="text-align: justify;">
Vivemos tempos sombrios. Tempos de medo. Tempos de dúvida. Tempos de incredulidade ante os pavores que surgem a cada dia nos jornais e mídias diversas.</div>
<div style="text-align: justify;">
O psicanalista que habita em mim, por vezes se cala para não ter de falar da realidade brutal das ruas e dos bastidores da nação, e depois de tudo ainda tentar ajudar no alívio de quem se deprime com a dor que já virou rotina.</div>
<div style="text-align: justify;">
Que alivio pode ter um pai que teve seu filho morto pela mão desamparada do ladrão de telefones, ou pela falta de mão dos responsáveis pelas políticas públicas de saúde que nos atira cada vez mais no rol dos esquecidos???</div>
<div style="text-align: justify;">
Como ajudar a desconstruir o medo de parar no sinal vermelho, se em cada sinal vermelho existe a real possibilidade de se ter a cabeça explodida por uma bala nem sempre perdida??</div>
<div style="text-align: justify;">
Como incitar ao trabalho e ao desenvolvimento pessoal quando vemos o criminoso virar delator que vira amigo e que depois vira inimigo e logo em seguida volta a ser criminoso mas com direito a virar multimilionário livre que navega ouvindo Barry Manilow em águas ianques??</div>
<div style="text-align: justify;">
Como incentivar a alma tranquila e o coração sereno para evitar o stress e assim, dar menos chances para que o câncer conquiste seu espaço, se a cada alvorecer só temos a certeza de que a nossa rotina é absurdamente estressante?</div>
<div style="text-align: justify;">
Assim... não resta dúvida, que enfrentando esses tão presentes demônios, o psicanalista só pode se sentir o arauto da desgraça...</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas e o amor? Mas é a amizade? E o encontro com amigos queridos? e a família? E a liberdade???</div>
<div style="text-align: justify;">
...</div>
<div style="text-align: justify;">
Penso que no ofício de tratar da dor humana, inclusive no combate aos sintomas produzidos pelos demônios citados, os principais remédios são exatamente o amor, a amizade, a esperança e a liberdade. </div>
<div style="text-align: justify;">
E isso, mesmo que seja só um pouquinho, transforma o arauto da desgraça em menestrel do amor. </div>
<div style="text-align: justify;">
Eu pelo menos tento imaginar isso....</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fraterno Abraço</div>
<div style="text-align: justify;">
André Lacerda</div>
<div style="text-align: justify;">
Psicanalista</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
P.S. Dedico essa crônica aos meu leitores do Blog, aos amigos da página Reflexões da Psicanálise e aos seguidores da página André Lacerda - Psicanalista da minha querida editora Laura. </div>
<div style="text-align: justify;">
Dedico em especial, à Ana Paula Dias, mãe esplêndida, professora dedicada, e sobretudo uma alma grandiosa, que depois de ter sido minha paciente reencontrei depois de muitos anos e que tive a maior felicidade de dizer: Fico feliz de te reencontrar e ver que de mulher guerreira sobrevivente, te tornaste uma mulher guerreira e VIVENTE.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjC1ZvyBxR4Mwq7x7lVWXDmxXgBPUF6usaD4d2vD5tRbr2AkIz4-ndhVwuHGTls8jNBpJJJJj3w-fTENG7VMJlBhxtMn-UJ2bNVEoKntb0PeM1bJGQ88qysF7K_6lQxKXuBYnrni7M34gOB/s1600/menestrel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="275" data-original-width="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjC1ZvyBxR4Mwq7x7lVWXDmxXgBPUF6usaD4d2vD5tRbr2AkIz4-ndhVwuHGTls8jNBpJJJJj3w-fTENG7VMJlBhxtMn-UJ2bNVEoKntb0PeM1bJGQ88qysF7K_6lQxKXuBYnrni7M34gOB/s1600/menestrel.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-65561485044277589232016-10-18T12:47:00.001-02:002016-10-18T12:47:11.127-02:00O Psicanalista no Tratamento Oncológico/Quimioterápico - A Cura e o Fim! (I)<div style="text-align: justify;">
Entro na fase final da série onde relato a experiência vivida (e posso adiantar que jamais vou abandonar os segmentos oncológicos no meu âmbito profissional) com pacientes oncológicos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Foram dezessete meses em que o psicanalista viveu quase que exclusivamente para os estudos e acompanhamento de pacientes com câncer.</div>
<div style="text-align: justify;">
Aprendeu sobre as metástases. Entendeu a oncogênese. Procurou decifrar os significados e os significantes das disfasias. E sentiu junto com os pacientes as dores, os cheiros e os medos que o câncer produz inexoravelmente. E chorou com as famílias o luto das perdas cujo processo, as vezes, começava semanas ou meses antes da total falência. Vibrou com todas as vitórias e se inseriu em todas as propostas de prevenção, acompanhamento e cura da doença.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas.... principalmente descobriu que definitivamente estava certo quando pensou que o psicanalista (cujo lugar é o lugar da falta como preconizou Lacan) também estava no lugar certo quando estava ao lado do leito do paciente oncológico.</div>
<div style="text-align: justify;">
David Spiegel, psiquiatra e psicanalista, diretor do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Stanford, é muito claro numa fala de quase 20 anos atrás: "Os sentimentos e as emoções que não expressamos se tornam um obstáculo interior. Ao nos esforçarmos para mantê-los fora de nossa consciência, frequentemente aumentamos o efeito do estresse que os provocou e fazemos uso de certos recursos psíquicos que são ainda muito mal conhecidos. Como isso se traduz na maneira como o corpo luta contra a doença? É ainda um mistério. Mas adquiri a convicção de que é assim mesmo que as coisas acontecem e nós estamos começando a compreender os mecanismos."</div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje se compreende melhor como a biologia do estresse pode pesar sobre a evolução do câncer. Sabemos que o estresse desencadeia a liberação de hormônios que ativam as funções de urgência do organismo - como os mecanismos de inflamação -, facilitando assim a produção de tumores. Paralelamente, o estresse reduz a atividade de todas as funções que podem esperar, como a digestão, a reparação dos tecidos e, sabe-se hoje, o sistema imunológico.</div>
<div style="text-align: justify;">
Nos últimos 30 anos, um novo domínio científico surgiu para estudar explicitamente o elo entre os fatores psicológicos e a atividade do sistema imunológico. trata-se da psiconeuroimunologia. São três dimensões que compõe esta nova abordagem. Quando temos a sensação de que nossa vida não está mais administrável, ou está nos trazendo mais sofrimento do que alegria (é o aspecto "psico"), nosso cérebro libera hormônios do estresse como a noradrenalina e o cortisol. Eles ativam o sistema nervoso, aceleram o ritmo cardíaco, fazem subir a pressão arterial, tensionam os músculos para que estejam prontos para o esforço ou para aparar os golpes (aspecto "neuro"). Ora, sabe-se hoje que seu efeito se faz sentir bem além. Essas mesmas substâncias químicas que ativam os reflexos neurológicos e viscerais do estresse agem também sobre as células do sistema imunológico. Com efeito, os glóbulos brancos têm receptores na sua superfície que detectam o que se passa dentro do cérebro emocional e reagem em função dessas oscilações. Algumas dessas células começam a liberar citocinas e quemocinas inflamatórias. Por outro lado, as células NK são bloqueadas pela noradrenalina e pelo cortisol. Elas permanecem passivamente coladas na parede dos vasos, em vez de atacar os vírus que penetram no organismo ou as células cancerosas que proliferam nas proximidades. Quando aprendeu (e se convenceu) disso, a psicanalista pensou que realmente estava no lugar certo. E ... estaria nesse lugar sempre que necessário... pelo resto de sua vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fraterno abraço</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
André Lacerda - Psicanalista</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUqh2HuMLAR3Rc1L2xPQ6IKwKkf4WI5WHpu5p4sKpwrZK4iUeBtG5U9-cnNfqEBLq_kP9qq1BCCHkrt1ZQOnikF2htkjQjSl8clqMoFC12NoEE9w6_C0u7U5rMcgd7QX7CImBWXVgLURAu/s1600/estresse-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUqh2HuMLAR3Rc1L2xPQ6IKwKkf4WI5WHpu5p4sKpwrZK4iUeBtG5U9-cnNfqEBLq_kP9qq1BCCHkrt1ZQOnikF2htkjQjSl8clqMoFC12NoEE9w6_C0u7U5rMcgd7QX7CImBWXVgLURAu/s1600/estresse-3.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-11526036691380872032016-06-29T15:18:00.001-03:002016-06-29T15:41:07.650-03:00O Psicanalista no Tratamento Oncológico/Quimioterápico- A Metástase Parte André Lacerda - Psicanalista 2<div style="text-align: justify;">
<b>Estava tudo definido. A cirurgia deveria ser feita o mais breve possível, afinal o tumor estava lesionando cada vez mais o cérebro, e tudo estava inexorável e tristemente encaminhado para o pior.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Feita a internação hospitalar todos os esforços clínicos estavam sendo direcionados para deixar a paciente apta para a realização da cranioplastia salvadora. </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O psicanalista de imediato se integrou com o clínico e com a oncologia. E logo se integrou com o neurocirurgião. </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A rotina era exames clínicos e laboratoriais, medicamentos, fisioterapia, nutrição e todos os cuidados da equipe de enfermagem.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O psicanalista sabia de todos os passos e progressos naqueles dezoito dias que antecederam a cirurgia. </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Contudo algo mais efetivo o mantinha ocupado em 100 por cento do tempo em que a paciente estava acordada. Acordada. Não consciente. O tumor e o consequente edema produziram a afasia e a confusão mental e mudança comportamental.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A " Interpretação das Afasias" escrito de 1891, é talvez o primeiro escrito teórico de Freud, em todo o caso o seu escrito inaugural publicado. A Afasia é uma desordem neurológica que faz com que a capacidade de pronunciar palavras ou nomear objetos comuns se perca, em resultado de uma doença orgânica do cérebro (no caso uma metástase de melanoma). O estudo da afasia levará ao estudo do lapso, do ato falho, do chiste, do sonho, como resulta alias das referências implícitas nos respectivos ensaios sucessivos escritos por Freud. </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"><b>Freud escreve sobre os exemplos em que o resto de linguagem pode ser interpretado pela associação ao momento do trauma:</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"><b> “tais exemplos permitem a hipótese de que os restos de linguagem são as últimas palavras, as quais o aparelho de linguagem formara antes de seu adoecimento, talvez já em premonição a esse”.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"><b> A particularidade do que Freud concebe sobre o adoecimento do aparelho de linguagem é a suposição de que tal aparelho pode pressentir, adivinhar a doença e de algum modo representá-la: nesse contexto, o aparelho de linguagem não é apenas aquele que adoece, mas também aquele que significa para si mesmo o evento da doença. </b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"><b>O aparelho de linguagem, como grupo de representações associadas, forma palavras e expressões continuamente, as quais, em um momento em que a integridade cerebral – que não coincide com ele – é ameaçada, passam a representar o evento ameaçador.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;">Tal certeza permite a Freud supor até mesmo uma distinção entre uma palavra que está formada no momento da lesão, mas não responde propriamente a essa, e uma segunda palavra, que talvez represente o pressentimento do aparelho diante de uma situação que o ameaça (</span><i style="background-color: white; font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; text-align: start;">vielleicht bereits in Ahnung derselben</i><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;">). Compreende-se que o que está em jogo é um certo funcionamento da linguagem diante de um perigo, que por meio desse funcionamento pode formar um pressentimento, uma representação do que não coincide com ela mesma. Não se trata, portanto, de pesquisar o perigo/lesão, mas sim a função da linguagem nessa situação – e Freud descreve tal função como sendo afim a uma adivinhação.</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"><b>E assim... o psicanalista entendeu que estava no lugar certo. Inserido dentro de um contexto de internação hospitalar, no tratamento do câncer e na fase pré operatória de uma cranioplastia que iria remover um tumor no cérebro. </b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"><b>O neurocirurgião se referiu a ter tido algum contato acadêmico com o tema, e ficou satisfeito com a presença do psicanalista. </b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"><b>Mas... como seria para a equipe de enfermagem que não tinha essas informações? Como seria o atendimento daquela paciente? </b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"><b>Realmente o psicanalista percebeu que estava no lugar certo. E neste lugar, não se tinha notícia alguma de ter estado algum psicanalista.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"><b>Seriam longos os dias até a cirurgia... mas seriam produtivos. Eles (psicanalista e paciente) estariam juntos.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"><b>Fraterno abraço</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"><b>André Lacerda - Psicanalista</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3twRW9kLXw-uE5Cj0PTKhu21xy8W6iw_DvCI3kcb12JxmcL1TLWqCsXQ2vFiPPudaBiuBp-tktBUzMtpeEqaveHvs-DhGsdB3WXsMER76mluR18V26hCLGYLQRJhFOY1mVIIJBJNeuoOA/s1600/afasia001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3twRW9kLXw-uE5Cj0PTKhu21xy8W6iw_DvCI3kcb12JxmcL1TLWqCsXQ2vFiPPudaBiuBp-tktBUzMtpeEqaveHvs-DhGsdB3WXsMER76mluR18V26hCLGYLQRJhFOY1mVIIJBJNeuoOA/s320/afasia001.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgakASGBNQIztrDKUR-1YRuLdLCQA4amWxkP86gUABbw4kNMa8jBcCdZ360mAl_H3u_tZCCfkZDLf5vxeuEvnsHvrrWNXLacMGlzEinJ4pV-xTSM93hfNKGsVhGR-7ASyQjm25Wzz7rPooL/s1600/afasia+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgakASGBNQIztrDKUR-1YRuLdLCQA4amWxkP86gUABbw4kNMa8jBcCdZ360mAl_H3u_tZCCfkZDLf5vxeuEvnsHvrrWNXLacMGlzEinJ4pV-xTSM93hfNKGsVhGR-7ASyQjm25Wzz7rPooL/s1600/afasia+2.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-46290514379592639262016-06-06T16:37:00.003-03:002016-06-06T16:37:33.793-03:00O Psicanalista no Tratamento Oncológico/Quimioterápico - A Metástase - Parte 1 <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Naquele dia ela não estava se
sentindo plena de seus próprios sentidos. Na verdade já fazia alguns dias que
as coisas estavam meio estranhas. Mas tudo bem. Aquilo devia ser normal uma vez
que estava terminando o décimo mês da quimioterapia e conhecia bem os efeitos e
todas as nuances de um tratamento que, via de regra, era devastador.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não se lembr do caminho
percorrido de casa até o hospital. Mas chegou ao centro quimioterápico com o
mesmo bom humor e otimismo de sempre. Instalou-se
na poltrona confortável e abriu a rede social enquanto esperava o remédio.
Então... um clique! Plim! Apagou...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Psicanalista chegou e ela
estava completamente desorientada. Não sabia onde estava. Não se lembrava do
nome dos pais e sequer de sua data de nascimento. Não reconhecia sequer aquele
grupo de técnicos e enfermeiras que estavam com ela há 10 meses cotidianamente.
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O primeiro dos medos era o AVC.
Feitas as verificações iniciais o AVC foi descartado. Daí pra emergência. O
estado afásico não cedia. Tomografia. Nem precisou do laudo... a imagem era
claríssima e evidente mesmo para um leigo em neurologia. Tratava-se de uma
lesão de cerca de quatro centímetros no lobo frontal esquerdo relacionada a
metástase de neoplasia maligna por melanoma. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Era a terceira vez em seis
anos... e agora no cérebro. Estava explicada a afasia e estava se prenunciando
momentos de extrema gravidade e de extrema preocupação.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O psicanalista lembrou-se de
Freud no seu modelo final da mente de 1933 onde estabeleceu que o limite entre
o processamento consciente e inconsciente estava localizado entre o córtex
posterior e o córtex central frontal. O tumor surgiu e lesionou o lobo frontal
da paciente e o edema produzido pela lesão atingia a região do córtex
posterior. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mapeamentos neurológicos combinam
com a concepção de Freud que identificou que o tronco encefálico reticulado e o
sistema límbico – responsável pelos instintos e impulsos- correspondem ao ID
freudiano. A região frontal ventral, que lida com a inibição seletiva, a região
frontal dorsal, que controla as funções conscientes, e o córtex posterior, que
percebe o mundo exterior, equivale ao ego e ao supergo. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O tumor da paciente havia
atingido em cheio o córtex dorsal frontal e o edema prejudicava toda a
estrutura cerebral. Isso significava que a cognição, equilíbrio, identificação
e comportamento estavam dramaticamente afetados. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Agora era torcer pela inspiração
e talento do neuro cirurgião e fazer o que sempre fez. Caminhar de mãos dadas
com a paciente por aquele que certamente seria o seu mais terrível inferno.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pensou com seus botões: “
Inicia-se aqui um capítulo dramático de minha trajetória!”</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fraterno Abraço</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
André Lacerda - Psicanalista</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A imagem abaixo é real, e trata-se do caso relatado.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfKrHsv3Zmu1JUeQufFtzF9IIXUU-_ji5j2OKAw6DtWTf-VM23JUYYSqYhOFqF8hltv4dqk5qxrU66AvZ9f5TlL6gmseIZv7BRbyRXdHsBM1oJihvVFGMCHR1JTk_fVpUDC2DxLM-9J-Ga/s1600/NEO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfKrHsv3Zmu1JUeQufFtzF9IIXUU-_ji5j2OKAw6DtWTf-VM23JUYYSqYhOFqF8hltv4dqk5qxrU66AvZ9f5TlL6gmseIZv7BRbyRXdHsBM1oJihvVFGMCHR1JTk_fVpUDC2DxLM-9J-Ga/s320/NEO.jpg" width="180" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
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<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-53764327266076568562016-04-07T12:59:00.000-03:002016-04-07T12:59:24.319-03:00O Psicanalista no Tratamento Oncológico/Quimioterápico - O Inexorável!<div style="text-align: justify;">
Era o final do oitavo mês que o Psicanalista estava envolvido de corpo, alma, consciente e inconsciente no projeto onde a figura dele (psicanalista) estava inserida no tratamento oncológico e mais especificamente na quimioterapia.</div>
<div style="text-align: justify;">
Respirava, pensava, sentia, estudava, vivia enfim, o câncer...</div>
<div style="text-align: justify;">
E no início daquele nono mês pensou que diariamente se deparava com o inexorável: A morte!</div>
<div style="text-align: justify;">
E sabia que a morte e o câncer eram dois dos mais terríveis demônios temidos por toda a humanidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
E sabia que sua função era estar junto com os pacientes enfrentando exatamente esses dois demônios. E sabia (porque o Freud já tinha dito) que jamais sairia incólume desse processo todo...</div>
<div style="text-align: justify;">
Inexoravelmente a morte chegou para aquele paciente no terceiro mês de tratamento. </div>
<div style="text-align: justify;">
O psicanalista sabia que ele pedia a morte todo o santo (ou puto) dia de sua vida. Várias vezes ao dia... e com veemência...</div>
<div style="text-align: justify;">
E o câncer doía. E o tratamento doía. E a comida fazia mal e também doía. E mesmo o oxigênio doía a cada respirada. A vida enfim doía. Queria por fim a última dor: A morte...</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas... cumpriu rigorosamente todos os procedimentos naqueles noventa e três inacabáveis dias de tratamento.</div>
<div style="text-align: justify;">
No início apegou-se à humana esperança e com o passar dos dias não teve mais tempo para ter esperança. A dor não dava tempo pra nada...</div>
<div style="text-align: justify;">
O psicanalista estava junto com o paciente no dia da visita da maldita ou bendita morte. </div>
<div style="text-align: justify;">
Naquele dia a dor deu uma folga e o psicanalista aproveitou o momento. Passou muito tempo com o paciente e este estruturou todo o desejo que na folga da dor recomeçou a surgir. O desejo da cura. O desejo da vida. </div>
<div style="text-align: justify;">
Mas a inexorável morte chegou naquele final de tarde e veio harmônica e calmamente. Sem dor. O psicanalista sabia que a falta de dor vinha da morfina... mas preferiu acreditar que a fatal senhora atendeu o pedido do paciente e chegou vestida de fada trazendo flores brancas e água fresca. </div>
<div style="text-align: justify;">
O psicanalista sentiu. Porque psicanalistas sentem. E naquela noite pensou na frase do Freud onde o mestre fala que temos um coração de carne quando deveria ser de ferro. </div>
<div style="text-align: justify;">
Na manhã seguinte o psicanalista já estava à postos novamente. Porque mesmo a morte sendo um fato, também a vida e a cura são uma rotina. </div>
<div style="text-align: justify;">
E aquela paciente, jovem mulher, sua primeira paciente do projeto, estava lá... firme e forte... </div>
<div style="text-align: justify;">
As células afetadas pela oncogênese não mais existiam e o tratamento estava quase no final. </div>
<div style="text-align: justify;">
Aquela paciente era a prova que também a vida e a esperança são também inexoráveis. </div>
<div style="text-align: justify;">
E naquele dia inteiro respirou, estudou, pensou e viveu com todos os pacientes a inexorável VIDA.</div>
<div style="text-align: justify;">
E naquela noite o tinto honesto desceu harmonicamente. E estava em paz, pois sentia que estava onde tinha de estar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fraterno abraço</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
André Lacerda - Psicanalista</div>
<div style="text-align: justify;">
P.S.: Nesse dia mundial da Saúde meu abraço especial à todos os que promovem a VIDA! </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxrm-7rC87CpI3vV-f6MAsqQRRvlJMdh27a8ze343vCySWzM8W1nbVMySRxamAy8yYS7VpiKOZCLGTPSAcfq5f3QbkGwW0ZnCPS84tai78-KxCiy26vuK6tiQKLvRUNxF5z5eO2_BLfAFq/s1600/vida+e+morte.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxrm-7rC87CpI3vV-f6MAsqQRRvlJMdh27a8ze343vCySWzM8W1nbVMySRxamAy8yYS7VpiKOZCLGTPSAcfq5f3QbkGwW0ZnCPS84tai78-KxCiy26vuK6tiQKLvRUNxF5z5eO2_BLfAFq/s320/vida+e+morte.jpg" width="320" /></a></div>
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</div>
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<br /></div>
Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-42088180926646460852016-03-15T12:08:00.001-03:002016-03-15T12:08:33.819-03:00O Psicanalista no Tratamento Oncológico/ Quimioterápico: Quando a Fala Falta! <div style="text-align: justify;">
Por vezes o psicanalista sentia-se completamente impotente e inútil nos centros oncológicos que frequentava. Naquela manhã sentia que sua presença estava sendo absolutamente pífia. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ouvia... e só ouvia, os ruídos que vinham de uma das salas de quimioterapia....</div>
<div style="text-align: justify;">
Percebeu que não eram gritos de dor apenas. Intuiu que eram sons proferidos por mulher jovem e que as dores e queixas só podiam ser do remédio que estava sendo ministrado. </div>
<div style="text-align: justify;">
Blindava-se com seus próprios mecanismos de defesa pensando que aquela dor era do remédio que na verdade estava curando e que tudo ia passar. Aos seus pacientes era esse seu principal argumento terapêutico. Mas aquela que sofria na sala ao lado não era sua paciente. Resolveu conferir e quem sabe consolar...afinal??? que mal poderia fazer??? Entrou ...</div>
<div style="text-align: justify;">
Ela era jovem. 18? Talvez 19... mas o câncer e o tratamento lhe davam uma aparência de 25... talvez 30...era muito jovem...</div>
<div style="text-align: justify;">
A cada tentativa de inciar diálogo obtinha como resposta um ai de dor acompanhado daquele movimento típico estimulado pela náusea.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tocou levemente sobre a testa dela... estava gelada ... retirou rapidamente a mão imaginando que o toque poderia produzir mais pressão e mais dor....</div>
<div style="text-align: justify;">
Percebeu que a comunicação seria impossível naquele momento. Pensou em sair e socorrer-se do auxilio da experiente equipe de enfermagem...Ficou!</div>
<div style="text-align: justify;">
Os olhos da paciente se cruzaram com os olhos do psicanalista. Pronto! Vínculo estabelecido. </div>
<div style="text-align: justify;">
Os olhos da menina diziam tudo e o psicanalista ouviu com olhos de ver e alma de sentir.</div>
<div style="text-align: justify;">
Lembrou-se do Freud que chamava atenção dos aspirantes à psicanalistas que estes deveriam estar atentos à toda forma de estrutura. E como o inconsciente se estrutura em linguagem cabe ao psicanalista entender todas as linguagens. </div>
<div style="text-align: justify;">
E aqueles olhos falavam. Não se queixavam. Eles falavam. Eles questionavam:</div>
<div style="text-align: justify;">
- E quando eu não tiver mais voz? E quando meus ais não forem mais ouvidos? E quando as pessoas sentirem que o cheiro da minha dor é mais intenso que o meu suave perfume? </div>
<div style="text-align: justify;">
E ele ouviu. E ouviu. E ouviu...</div>
<div style="text-align: justify;">
Permaneceu amparando e ouvindo até que a jovem adormecesse de dor ou de cansaço. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não sabe ao certo se ela ouviria o que ele queria falar. Mas ao sair... falou:</div>
<div style="text-align: justify;">
- Isso vai passar!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fraterno Abraço!</div>
<div style="text-align: justify;">
André Lacerda - Psicanalista </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFBdJ6MhekRXPeIVueN_sPKhyHVSnDjXXSYY3V0NQLK1tpgQhyphenhyphenVIlACKYeLS1TIc0rj4aNQeV0BhYxODtMSP6pcRnqMTAfSVfvOzrWUVs5Yo1BYi1AF3OHH2p2sIvx5aTxcjP3iCz0_PJl/s1600/fala.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFBdJ6MhekRXPeIVueN_sPKhyHVSnDjXXSYY3V0NQLK1tpgQhyphenhyphenVIlACKYeLS1TIc0rj4aNQeV0BhYxODtMSP6pcRnqMTAfSVfvOzrWUVs5Yo1BYi1AF3OHH2p2sIvx5aTxcjP3iCz0_PJl/s320/fala.png" width="320" /></a></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-84497351947713339552016-02-17T17:20:00.000-02:002016-02-17T17:31:38.367-02:00O Psicanalista no Tratamento Oncológico/ Quimioterápico - A desistência!Começo minha crônica citando "in verbis" ;<br /><br /><div>
Título [Principal]: Fatores associados a não-adesão ao tratamento de mulheres com cancer ginecologico ou mamario<br />Autor(es): Nancy Mineko Koseki<br />Palavras-chave [PT]:<br />Câncer, Adesão , Mama, Aparelho genital feminino, <br />Área de concentração: Tocoginecologia<br /><br /><div style="text-align: justify;">
Resumo: O objetivo deste trabalho foi identificar fatores associados à não adesão das mulheres com câncer ginecológico ou mamário à conduta terapêutica proposta, avaliando, conjuntamente, as causas de tratamento incompleto, por progressão da doença, toxicidade à terapia e abandono pela paciente; em seguida, considerando apenas o abandono. É um estudo de coorte retrospectivo realizado com os dados de 213 mulheres, atendidas como caso novo, no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM/UNICAMP), em 1990. A avaliação estatística foi realizada por meio dos testes do Qui-Quadrado, com nível de significância de 5%; risco relativo e risco relativo ponderado, Mantel Haenszel, com seu correspondente intervalo de confiança de 95%. Com o objetivo de estudar a influência de algumas variáveis, foi utilizada a análise de regressão logística. Das 213 pacientes incluídas, 26% não concluíram o tratamento e mais da metade destas, por abandono. Mulheres com mais de 64 anos apresentaram um risco duas vezes maior de não completar o tratamento que aquelas com menos de 55 anos. Esse risco foi três vezes maior entre as pacientes com câncer de mama. O risco de não concluir o tratamento aumentou progressivamente com o estádio da doença. Tanto a quimioterapia quanto a radioterapia estiveram associadas a não-adesão por progressão, toxicidade ou abandono; porém, a associação foi maior entre as usuárias de quimioterapia. Das cirurgias propostas, menos de 10% não foram realizadas. O abandono, como causa de não-adesão, esteve associado com idade acima de 64 anos, estádio avançado da doença, câncer de mama e quimioterapia. Pode-se inferir, neste estudo, que a não-adesão ao tratamento prescrito também ocorre entre mulheres com câncer e, que o aconselhamento, educação e motivação das pacientes e seus familiares desde o diagnóstico, possibilitariam o aumento da proporção de mulheres que completariam o tratamento.</div>
<br />-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br /><div style="text-align: justify;">
Mas e dai senhor psicanalista??? Onde é que tu entras nisso? Com que base tu vais direcionar o tratamento de teu paciente oncológico no sentido de aconselhar, educar e motivar para que o mesmo não desista do tratamento oncológico??</div>
<div style="text-align: justify;">
Pergunto eu e respondo eu!</div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo está em Freud!</div>
<div style="text-align: justify;">
Diz o mestre:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"É quase humilhante que, após trabalharmos por tanto tempo, ainda estejamos tendo dificuldade para compreender os fatos mais fundamentais. Mas decidimos nada ocultar. Se não conseguirmos ver as coisas claramente, pelo menos veremos claramente quais são as obscuridades." ( Inibição, Sintoma e Ansiedade, 1926)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na primeira teoria das neuroses de angústia, Freud estabelece que a explicação da origem da angústia estava no acúmulo de excitação (libido) e esta , recalcada, transformar-se-ia diretamente em angústia.</div>
<div style="text-align: justify;">
Na segunda teoria, entretanto, a ênfase é colocada na situação de PERIGO. Os perigos variam ao longo da vida, mas guardam sempre algo em comum: estão relacionados à separação, à perda de um objeto amado, à perda de um amor ou.... o surgimento de um câncer. Esta perda produz situações de insatisfação, e com o acúmulo de desejos insatisfeitos (no caso do paciente oncológico o desejo de estar livre do câncer) surge o desemparo: a situação traumática ´descendente direta do estado de tensão acumulada.</div>
<div style="text-align: justify;">
Qual é, pois, a função da angústia, e quando ela se produz? Trata-se de uma reação a um perigo, e ressurge quando algo associado àquilo que ameça se faz presente. O perigo é o câncer. O tratamento oncológico (pois ninguém duvida que o tratamento é extremamente avassalador) é portanto o fator de associação ao que ameaça e causa medo. Ela (angústia) pode surgir tanto como uma reação inadequada quanto como um sinal para evitar que a situação de perigo se concretize. </div>
<div style="text-align: justify;">
Assim, no caso do tratamento oncológico/quimioterápico, é ai que entra o psicanalista.</div>
<div style="text-align: justify;">
Fraterno Abraço!</div>
<div style="text-align: justify;">
André Lacerda - Psicanalista</div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEmoqfvExZk2SnW6bky2PSIEspwGQaAtR3jRFuSuF_NNxLH80F4WQkpjHAh0YX1sYBZKzEVr4-c_qlpOaOy_aokc4YvRWtDN5NEU6nANjpF0hEWi1NIUJOs53PJk3m2DLTW1uMjvJyQKf-/s1600/Ang%25C3%25BAstia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEmoqfvExZk2SnW6bky2PSIEspwGQaAtR3jRFuSuF_NNxLH80F4WQkpjHAh0YX1sYBZKzEVr4-c_qlpOaOy_aokc4YvRWtDN5NEU6nANjpF0hEWi1NIUJOs53PJk3m2DLTW1uMjvJyQKf-/s1600/Ang%25C3%25BAstia.jpg" /></a></div>
<div>
<br /><br /></div>
Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-70509468853964023022016-02-15T16:39:00.000-02:002016-02-15T16:39:44.602-02:00O Psicanalista no Tratamento Oncológico Quimioterápico! A dor do cuidador!<div style="text-align: justify;">
O psicanalista já tinha observado aquele jovem médico circulando pelos centros oncológicos onde ambos circulavam (e se cruzavam) e lhe chamava a atenção a jovialidade e entrega do oncologista que certamente estava no início de carreira. </div>
<div style="text-align: justify;">
O Psicanalista pensou (porque psicanalistas pensam as vezes) que ali estava um homem com a entrega e altruísmo indispensáveis ao ofício de cuidar de pessoas. </div>
<div style="text-align: justify;">
Mas...</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas um dia o psicanalista viu que num dos consultórios do centro oncológico, o jovem médico estava sendo socorrido pela equipe de enfermagem e por um dos outros oncologistas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sim.... o jovem oncologista estava com câncer e além de cuidador, era também um paciente oncológico. Estava portanto inserido no combate ao câncer, por todos os prismas e circunstâncias que se pudesse imaginar do front de batalha.</div>
<div style="text-align: justify;">
O psicanalista não conseguiu esconder o choque que sofreu quando soube do caso. Não pela doença em si, mas talvez pela juventude e entusiasmo do médico que mesmo estando sendo atendido não parava de manifestar preocupação e cuidados relativos aos seus pacientes que estavam em atendimento, </div>
<div style="text-align: justify;">
Não pelo câncer. Porque alguns oncologistas sofrem de câncer. Porque alguns cardiologistas são cardiopatas. Porque alguns traumatologistas as vezes quebram o pé. E... TODOS os psicanalistas tem avessos!!!!</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas o choque se deu porque o psicanalista sabia dos efeitos da quimioterapia, e o quanto estava sendo difícil para aquele oncologista desenvolver seu trabalho, mesmo ele mesmo estando em tratamento quimioterápico.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas... vida que segue...</div>
<div style="text-align: justify;">
Passados alguns dias o psicanalista e o jovem médico compartilharam a mesma mesa do café num dos anexos do hospital. </div>
<div style="text-align: justify;">
O assunto não poderia ser outro. Ou poderia sei lá... mas o fato é que o jovem oncologista foi (como de regra) cordial e generoso:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- Parabéns André pelo teu trabalho junto aos pacientes oncológicos. Quero te encaminhar alguns dos meus pacientes caso tua disponibilidade permita. Tudo bem?</div>
<div style="text-align: justify;">
- Claro que sim meu amigo (obviamente que não vou citar o nome do médico, apesar de ele não tem nenhum problema com isso), teus pacientes serão bem vindos e sempre acolhidos. Na verdade não vejo a hora de ser eu mesmo acolhido por eles. </div>
<div style="text-align: justify;">
- Que bom André. Amanha mesmo já te encaminho os primeiros cinco. Agora preciso ir que o dia será longo e ainda não comecei a atender. </div>
<div style="text-align: justify;">
- Como assim? Estavas em reunião? Te vi chegar logo cedo no hospital? </div>
<div style="text-align: justify;">
- Não André! Não era reunião! Hoje vim cedo porque é dia da minha própria quimioterapia. Acabou agora mesmo uma sessão que me deixou com uma vontade doida de ir pra casa dormir e esperar passar os efeitos da droga. </div>
<div style="text-align: justify;">
- E porque não vai então meu amigo? Queres que eu te leve?</div>
<div style="text-align: justify;">
- Não... obrigado psicanalista... volto ao centro oncológico e vou atender 15 pacientes que estão me esperando. A quimioterapia é a minha arma contra meu câncer. Os meus pacientes me dão a vida que preciso para continuar os vendo vivos!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Naquele dia o psicanalista pensou que talvez houvesse alguma coerência no dito popular que "O melhor médico é aquele que já sofreu a dor!".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fraterno Abraço</div>
<div style="text-align: justify;">
André Lacerda - Psicanalista</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE30nt5xY1r9QOWAbBXLLzbP-xt2PCoZE7vJUUi15_ipdNO8Rj8AoLMOTNkfjsCZtHu0yNbo5cKVWbfcDUj6dSLCzxYTAgcEc4DZn7DbslNe_aXAtAhxhdajJrD8AZpKu2LV4OsXyISIVI/s1600/Medico+doente.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE30nt5xY1r9QOWAbBXLLzbP-xt2PCoZE7vJUUi15_ipdNO8Rj8AoLMOTNkfjsCZtHu0yNbo5cKVWbfcDUj6dSLCzxYTAgcEc4DZn7DbslNe_aXAtAhxhdajJrD8AZpKu2LV4OsXyISIVI/s1600/Medico+doente.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-69843736797014371312016-01-26T13:51:00.001-02:002016-01-26T13:51:33.835-02:00O Psicanalista no Tratamento Oncológico/ Quimioterápico - A Estrutura.<div style="text-align: justify;">
Li recentemente uma citação do Dr. Adib Jatene:</div>
<div style="text-align: justify;">
"A primeira e mais importante especialização do médico deve ser a de Especialista em SER HUMANO!" </div>
<div style="text-align: justify;">
Penso que todo o indivíduo profissional da saúde deve antes mesmo de escolher a profissão, ter em mente que sua vida sera a vida do ser humano. Não se pode ter outras prioridades quando se cuida de gente. Se bem que tive uma assistente que adorava trabalhar na minha clínica... mas... odiava ter que lidar com as pessoas....???!!! Óbvio que nossa parceria não deu certo por muito tempo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quando se trata do tratamento do câncer então... nem se fala. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não que eu pense que o câncer deva ser elevado a categoria de super doença como o preconceito e a desinformação fazem. Mas justamente por existir essa cultura(???) preconceituosa e desinformada é que o paciente oncológico requer intensa e especial atenção. </div>
<div style="text-align: justify;">
Claro que tudo isso começa com a estrutura que as entidades de saúde devem dispor. </div>
<div style="text-align: justify;">
Infelizmente, salvo raras (tomara que por enquanto) exceções, as instituições públicas do Brasil não oferecem a mínima estrutura para o tratamento oncológico. E sem estrutura, nem todo o amor do mundo vai fazer o profissional ter sucesso no tratamento de qualquer paciente. </div>
<div style="text-align: justify;">
E quanto falo de estrutura, falo principalmente de equipe multidisciplinar além de todos os recursos materiais. Conheço por exemplo, centros oncológicos que ao invés de terem um profissional especialista da área psíquica, oferecem aos pacientes com câncer visitas rotineiras de padres. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não tenho nada contra padres. Mas dai à César o que é de César, e um padre não pode substituir um psicanalista ou um psicólogo ou um psiquiatra. </div>
<div style="text-align: justify;">
Como os que me acompanham sabem, desde a metade de 2015 estou envolvido de corpo e alma no projeto de inserir a Psicanálise no tratamento oncológico. E a experiência tem sido uma das melhores e mais produtivas de minha carreira psicanalítica. </div>
<div style="text-align: justify;">
Do ambiente que estou inserido (que infelizmente não faz parte do sistema público de saúde), posso dizer que toda a estrutura é digna dos maiores centros oncológicos de referência do mundo, e só não cito a nome da instituição por questões éticas e de respeito para com aquelas instituições que não possuem condições para a mesma estrutura.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas.... o que vale mesmo nesse contexto todo, é o carinho, amor e consolo com os quais os pacientes são brindados cotidianamente. Isso não pode ser dado somente pelo médico ou pelo psicanalista. Isso deve começar pela recepcionista, passando pelos enfermeiros e técnicos de enfermagem.</div>
<div style="text-align: justify;">
Poderia citar centenas de abdicados profissionais. Poderia citar Jessicas, Sandros, Carines, Ivanas, Adas e Silenes. Ops... citei... risos...</div>
<div style="text-align: justify;">
Meus respeitos e admiração à todos. Vocês são Especialistas em SER HUMANO!</div>
<div style="text-align: justify;">
Fraterno Abraço!</div>
<div style="text-align: justify;">
André Lacerda - Psicanalista</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO_YMwMwzqpuMMrJHn3onmP7wLt1id-ty99M4DAGyOiz_ESOEymBtTLZsjEXzTVZdJoJIrvMphXCVK1N6KsIGWE0Avda7YAXJKyt0wSvugOseaKY7u4E44Z1fG9uKHTd-INvho35RCTDOK/s1600/cuidador.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO_YMwMwzqpuMMrJHn3onmP7wLt1id-ty99M4DAGyOiz_ESOEymBtTLZsjEXzTVZdJoJIrvMphXCVK1N6KsIGWE0Avda7YAXJKyt0wSvugOseaKY7u4E44Z1fG9uKHTd-INvho35RCTDOK/s1600/cuidador.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-63745244087776764972015-11-09T18:16:00.001-02:002015-11-09T18:16:25.195-02:00O Psicanalista no Tratamento Oncológico/ Quimioterápico - Novembro Azul!<div style="text-align: justify;">
Amanheceu novembro e o psicanalista já acordou com o lacinho azul na lapela.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mês de combate ao câncer de próstata. Será??? Ou será o mês de combate ao preconceito (esse maldito que nos acompanha há 12 mil anos) ??</div>
<div style="text-align: justify;">
Me explico:</div>
<div style="text-align: justify;">
As mulheres do planeta são realmente fantásticas e penso que estão há milhões de anos luz de nós homens. </div>
<div style="text-align: justify;">
O eventual leitor deve estar se perguntando o quem isso tem a ver com o novembro azul e o câncer de próstata que todo mundo sabe atinge o universo masculino. </div>
<div style="text-align: justify;">
Me explico: Mas não tão objetivamente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Algum dos amigos (homens) já viu como é feita uma mamografia? Eu já.... e te digo... todo vez que vejo fico horrorizado. </div>
<div style="text-align: justify;">
O exame se realiza apertando de tal forma os seios da mulher, que quem vê (no meu caso, alguém de extrema sensibilidade) tem vontade de chorar.</div>
<div style="text-align: justify;">
No meu caso a primeira vez que vi fiquei com dor nos..... testículos... </div>
<div style="text-align: justify;">
Imagina se nós homens tivéssemos que fazer uma exame cujo procedimento consistiria e apertar os testículos como os seios são apertados na mamografia???? </div>
<div style="text-align: justify;">
Mas não vejo as mulheres tendo preconceito quanto ao ato de lhes tocarem os seios nus. Algumas se queixam (e com razão) da dor. Afinal ninguém nasceu pra sentir dor. </div>
<div style="text-align: justify;">
Mas tudo bem... </div>
<div style="text-align: justify;">
As mulheres frequentemente devem realizar os exames ginecológicos habituais. </div>
<div style="text-align: justify;">
E esses exames sempre são extremamente invasivos, alguns não apenas com o dedo do médico, mas com instrumentos que só de falar o nome lembram os instrumentos da tortura da "santa" inquisição!</div>
<div style="text-align: justify;">
Já vi algumas se queixarem do desconforto... porque ninguém nasceu pra ter desconforto. Mas ELAS vão lá e fazem sem nenhum preconceito e nem estão ai que foram invadidas por dedos, tubos, colheres, etc... </div>
<div style="text-align: justify;">
E tu já viste um parto caro amigo leitor? Eu já.... E (com todo os respeito) um parto é uma das coisas mais terríveis que já vi na vida. Toda vez que vejo me pergunto se a natureza não foi meio perversa quando preconizou que um parto tinha que ser do jeito que é....</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas nunca vi uma mulher que não chorasse de alegria segundos depois do parto e tendo seu filho ainda coberto de sangue encostado no próprio regaço. </div>
<div style="text-align: justify;">
Mas enfim.... é novembro. E novembro azul. Temos que combater o câncer de próstata. </div>
<div style="text-align: justify;">
A medicina descobriu que o exame mais eficaz, barato e indispensável é o do toque retal. </div>
<div style="text-align: justify;">
Já ouvi muito macho dizendo que prefere morrer de câncer do que permitir que algo de forma fálica(??) como um dedo invada se sacrossanto rabo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Aos que pensam assim, só posso perguntar:</div>
<div style="text-align: justify;">
Tens medo de que? </div>
<div style="text-align: justify;">
Da dor? Posso garantir que é indolor.</div>
<div style="text-align: justify;">
Do tempo que dura? Dura menos de 2 segundos. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ou tens medo de sentir alguma outra coisa que esteja perambulando por esse teu inconsciente que faz teu consciente ser esse poço de ignorância?</div>
<div style="text-align: justify;">
De qualquer forma forma... já que tenho 50 anos e desde os 40 faço anualmente tal exame, posso garantir. NUNCA senti absolutamente nada!</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas... tranquilizo os preconceituosos:</div>
<div style="text-align: justify;">
Fiquem tranquilos... acho que o câncer de próstata não vai matá-los. O preconceito e a ignorância vão trazer a morte antes mesmo do câncer!</div>
<div style="text-align: justify;">
Fraterno abraço</div>
<div style="text-align: justify;">
André Lacerda - Psicanalista </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2pwkiOXQvx_WGZ6vwByV4Hl3JmmzFKNLaMepaRYveGXd5e2Qy_SMFr7YS1313hoGZARMmv7y0sVZU0aV2FiN2MDclAedmD2Wv9XtqFLIPuOBCXvD_VFaiYZ27nKZ6WY5TeJgnkPfEO41T/s1600/novembro+azul.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2pwkiOXQvx_WGZ6vwByV4Hl3JmmzFKNLaMepaRYveGXd5e2Qy_SMFr7YS1313hoGZARMmv7y0sVZU0aV2FiN2MDclAedmD2Wv9XtqFLIPuOBCXvD_VFaiYZ27nKZ6WY5TeJgnkPfEO41T/s1600/novembro+azul.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-54905895620768025842015-10-30T19:52:00.001-02:002015-10-30T19:52:47.959-02:00O Psicanalista no Tratamento Oncológico/Quimioterápico - Dai à Cesar O Que é de Cesar!<div style="text-align: justify;">
O psicanalista já andava com certa desenvoltura pelos corredores e salas da quimioterapia. Passaram-se três meses desde que pulou no abismo que representa o mundo do câncer. E pulou com a alegria do demente acróbata de Piazzolla. E estava cada vez mais positivamente enlouquecido pelo beijo da morte e da vida. Mas isso era poesia. E uma poesia triste do Piazzolla, mas que ele via igualmente numa ilusão em tecnicolor. E porque a Psicanálise sempre esteve ligada à poesia, por vezes gostava de tentar passar a delicadeza da poesia aos pacientes que sentia as dores do abismo e muitas vezes não sentiam o doce beijo da vida e só sentiam o beijo gelado da morte. </div>
<div style="text-align: justify;">
Mas foi aquele paciente de cinquenta anos que o trouxe do devaneio poético e o ancorou no mundo da matéria ao lado da poltrona que servia de divã. </div>
<div style="text-align: justify;">
E foi assim que começou aquela sessão....</div>
<div style="text-align: justify;">
- Não está sendo fácil André! Mesmo com o plano de saúde cobrindo todas as despesas, sempre tem a conta da luz, o aluguel, os filhos no colégio e a geladeira pra ser ocupada. Estou no segundo mês de tratamento que ainda vai levar mais tempo e não consigo trabalhar, pois tu sabes que nos dias de quimioterapia não é possível sequer levantar da cama. E as economias estão se esgotando. E eu sou ainda o provedor de minha família. Estou começando a desesperar também nesse quesito. Que devo fazer?</div>
<div style="text-align: justify;">
O psicanalista sentiu que um tijolo estava se formando no seu estômago e buscou inspiração em todas as teorias freudianas e até mesmo na álgebra lacaniana dos significantes e significados passando pelo objeto de desejo. Não encontrou a resposta. Pelo menos não encontrou a palavra de conforto que sentia que precisava ser dita. Apelou para o sentimento de seu próprio desejo. E deseja naquele momento consolar... e tentou:</div>
<div style="text-align: justify;">
- Não posso te mentir meu amigo. Não tenho palavras que te façam ter uma esperança no quesito que me expuseste agora. E sinto tua dor. E sou solidário com tua preocupação. </div>
<div style="text-align: justify;">
O Freud, aquele senhor que começou com tudo isso que hoje chamamos de Psicanálise e que é o meu ofício, falou que o psicanalista deve entender e falar todas as linguagens. Então te digo que vou tentar entender a linguagem jurídica e tentar te trazer boas novas. Fique bem... e até amanhã meu amigo. </div>
<div style="text-align: justify;">
E naquele dia o psicanalista dirigiu até sua casa com aquele tijolo já formado completamente dentro de seu estômago. E aquilo o estava perturbando. Precisava de respostas para aquele paciente. </div>
<div style="text-align: justify;">
A aguá com gás gelada ajudou.... e foi bem mais fácil que o psicanalista pensava. </div>
<div style="text-align: justify;">
E naquela noite, logo no primeira "googlada" achou:</div>
<div style="text-align: justify;">
OS DIREITOS SOCIAIS DA PESSOA COM CÂNCER!</div>
<div style="text-align: justify;">
São alguns os direitos sociais que o paciente com câncer tem. No caso em questão, o portador de câncer tem direito ao benefício de auxílio-doença do INSS, independente de estar ou não fazendo contribuições. O INSS não exige carência para conceder o auxílio doença para os pacientes de câncer. Basta ligar para o número 135 e marcar a perícia e levar os laudos e documentos necessários. </div>
<div style="text-align: justify;">
O Psicanalista não esperou o outro dia pra dar a notícia ao paciente sem esperanças. Na mesma hora telefonou e recomendou.... e no outro dia o paciente já estava com a perícia agendada e em breve estará um pouco mais tranquilo na questão que o atormentava. </div>
<div style="text-align: justify;">
Naquela noite o psicanalista sentiu que o cabernet sauvignon de sempre estava muito mais aromático e prazeroso. Sorriu... e pensou na frase do velho professor:</div>
<div style="text-align: justify;">
"PROCURE UM ADVOGADO POIS VOCÊ TEM DIREITOS! PROCURE UM PSICANALISTA POIS VOCÊ TEM AVESSOS!" </div>
<div style="text-align: justify;">
Ao leitor amigo que me brinda com a leitura dessa crônica peço que informe isso à todos de suas relações que estão numa situação parecida. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fraterno abraço</div>
<div style="text-align: justify;">
André Lacerda - Psicanalista</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFtQ-z68VhSBeKdqaWUbLyJmxx6nxS6BsiPa9x9KCkMeS8pQeYLlUhild-z1ZEy-a2l2dSs_klYXuS2kLOKmk7NfXrGdFqStPOfv-x5R09sFYeWqGXqeLOcBYKVP68y1a1MvsCgd14o_6-/s1600/esperan%25C3%25A7a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFtQ-z68VhSBeKdqaWUbLyJmxx6nxS6BsiPa9x9KCkMeS8pQeYLlUhild-z1ZEy-a2l2dSs_klYXuS2kLOKmk7NfXrGdFqStPOfv-x5R09sFYeWqGXqeLOcBYKVP68y1a1MvsCgd14o_6-/s1600/esperan%25C3%25A7a.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-44547284367536876012015-10-10T14:53:00.001-03:002015-10-10T14:53:40.414-03:00O Psicanalista no Tratamento Oncológico/Quimioterápico - Outubro Rosa! <div style="text-align: justify;">
Outubro. Estamos nele. Mês de combate ao câncer de mama. Vou falar de câncer.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tenho uma reflexão. Peço calma ao amigo leitor. Pode ser meio chato. Mas é importante... creia!</div>
<div style="text-align: justify;">
A ciência nos oferece dados muito interessantes que me fazem refletir. </div>
<div style="text-align: justify;">
O universo nasceu a mais ou menos 13,82 bilhões de anos. A Terra, nosso planeta azulzinho que tanto emporcalhamos, tem 4,56 bilhões de anos. Veja bem: 4,56 BILHÕES de anos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Se levarmos em conta esse número, é correto afirmar que até bem pouco tempo atrás, coisa de 13 milhões de anos, o planeta era habitado apenas por seres microscópicos que viviam ou solitários ou em colônias segundo a biologia. Basicamente (pra não encher muito o saco) só viviam células por aqui....</div>
<div style="text-align: justify;">
Depois vieram os peixes. Dai começou a complicar. Mas nem tanto. Me explico. </div>
<div style="text-align: justify;">
Alguém já viu peixe transando? Não. Porque peixem não tem relação sexual. Não como nós humanos entendemos a relação sexual. A fêmea do peixe vai lá no fundo da água, e deposita os ovos. O macho, passa por cima dos ovos e lança à distância seu sêmen que com sorte vão cair em cima dos ovos e pronto. Virão os bebês peixes. </div>
<div style="text-align: justify;">
Depois dos peixes vieram os anfíbios.... e depois os répteis. Dai ferrou geral. Me explico.</div>
<div style="text-align: justify;">
Somente com os répteis é que iniciou-se a relação sexual tal qual conhecemos hoje com intercurso carnal (que coisa triste chamar uma boa transa de intercurso carnal). Ou seja, os répteis inventaram aquela coisa que tanto gostamos e que geralmente é antecedida por um belo cabernet sauvignon e termina em assaltos à geladeira. Então penses bem quando cruzares com uma cobra e sentires uma vontade imbecil de matá-la. Foram os tatatatataravós dela que inventaram essa coisa que habita teu ser desejoso desde o tempo que tu nem te lembras. </div>
<div style="text-align: justify;">
O Homem (sapiens sapiens) tem sua origem estimada em mais ou menos 2 milhões de anos. Ou seja, o ser mais inexperiente do planeta. Daí a Terra começou a tremer. Mas nem tanto. Me explico.</div>
<div style="text-align: justify;">
Até surgir a dita civilização há mais ou menos 12 mil anos (praticamente ontem isso...) o Homem vivia tranquilo e não muito diferente dos mais antigos seres vivos do planeta. Ops... dos mais antigos não... não vivia muito diferente dos répteis. Ou seja... comia, bebia, dormia e fazia sexo. </div>
<div style="text-align: justify;">
Dai surgiu a civilização. Notem há meros 12 mil anos. Ou seja, nada. Dai ferrou mesmo. Peremptoriamente. Inexoravelmente destinada ao fim. Isso é certo. Me explico.</div>
<div style="text-align: justify;">
Somente a civilização, nesses 4,56 bilhões de anos da Terra, num curtíssimo espaço de tempo criou o tabu e o preconceito. Ou seja.... em apenas 1 segundo, NÓS estragamos tudo!</div>
<div style="text-align: justify;">
E onde entra o câncer nisso???</div>
<div style="text-align: justify;">
Entra lá no começo! O câncer é uma das mais antigas formas biológicas do planeta. Ou seja, o câncer está na Terra desde o começo. Afinal, penso eu que o câncer fazia parte daqueles micro-organismos que habitavam a tal "sopa nutritiva"!</div>
<div style="text-align: justify;">
Observe que :</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b> <span style="font-family: verdana; font-size: x-small;">As células que constituem os animais são formadas por três partes: a membrana celular, que é a parte mais externa; o citoplasma (o corpo da célula); e o núcleo, que contêm os cromossomas, que, por sua vez, são compostos de genes. Os genes são arquivos que guardam e fornecem instruções para a organização das estruturas, formas e atividades das células no organismo. Toda a informação genética encontra-se inscrita nos genes, numa "memória química" - o ácido desoxirribonucleico (DNA). É através do DNA que os cromossomas passam as informações para o funcionamento da célula.</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;">Uma célula normal pode sofrer alterações no DNA dos genes. É o que chamamos mutação genética. As células cujo material genético foi alterado passam a receber instruções erradas para as suas atividades. As alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados protooncogenes, que a princípio são inativos em células normais. Quando ativados, os protooncogenes transformam-se em oncogenes, responsáveis pela malignização (cancerização) das células normais. Essas células diferentes são denominadas cancerosas.</span> </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Claro que a civilização nos trouxe a medicina. A tecnologia. A cultura. E a cura do câncer. </div>
<div style="text-align: justify;">
Sabes porque falei sobre tudo isso pra falar do câncer, meu caro e paciencioso leitor?</div>
<div style="text-align: justify;">
Porque a natureza e sua evolução criou todas as formas biológicas do planeta. Inclusive o câncer. Inclusive eu e tu. </div>
<div style="text-align: justify;">
Nós criamos o TABU e o PRECONCEITO! E a burrice. Porque tabu e preconceito levam à desinformação. </div>
<div style="text-align: justify;">
É claro que tu sabes que as duas coisas que mais sofrem as consequências do preconceito são exatamente o câncer e o sexo. E elas (câncer e sexo) existem muito antes de nós.</div>
<div style="text-align: justify;">
Nós criamos a cura do câncer! A oncologia está operando essa cura. </div>
<div style="text-align: justify;">
Mas... nós alimentamos o câncer com o tabu e o preconceito!</div>
<div style="text-align: justify;">
O câncer de ovário mata em 3 meses. Mas com o tratamento iniciado ele é curado antes do óbito. Para o tratamento começar é preciso informação. Com tabu e preconceito não existe informação. </div>
<div style="text-align: justify;">
A maior arma contra o câncer é a informação!</div>
<div style="text-align: justify;">
Entendeste minha reflexão???? </div>
<div style="text-align: justify;">
Principalmente tu que viste alguém de fitinha cor de rosa no peito e pensaste com teus botões civilizados: </div>
<div style="text-align: justify;">
" Mais um veado na cidade!!!!"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fraterno abraço!</div>
<div style="text-align: justify;">
André Lacerda - Psicanalista </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi49kYYTPks3DEK-I5Z1KAFcW06STIf0Tyz2bNm0Yc0CliiOn5I9uJTuzM1KdUNsONSuMXbU0BhNmfgR3thgtFj_4SGKCEsMVFXnTjqmFp4JdxhW3n1bCYVPQc21OGYjHjORrG1Qaca_dYN/s1600/Outubro+rosa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi49kYYTPks3DEK-I5Z1KAFcW06STIf0Tyz2bNm0Yc0CliiOn5I9uJTuzM1KdUNsONSuMXbU0BhNmfgR3thgtFj_4SGKCEsMVFXnTjqmFp4JdxhW3n1bCYVPQc21OGYjHjORrG1Qaca_dYN/s1600/Outubro+rosa.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-84739985146184261322015-10-06T14:25:00.001-03:002015-10-06T14:25:37.744-03:00O Psicanalista no Tratamento Oncológico/Quimioterápico - A Reunião!<div style="text-align: justify;">
O psicanalista experimentava sempre um pouco de ansiedade sempre que tinha alguma reunião marcada com o oncologista. Porque ele era O oncologista.Super doutor e professor da matéria, reconhecido nos mais altos círculos médicos do planeta. Mas já eram conhecidos há muitos anos e se tornaram amigos. </div>
<div style="text-align: justify;">
O médico com um sorriso acolhedor saúda e recepciona o psicanalista como fazem os patrícios das terras meridionais do Brasil:</div>
<div style="text-align: justify;">
- E daí Tchê!!! Como andam as coisas?</div>
<div style="text-align: justify;">
O psicanalista já sem ansiedade e sentindo-se acolhido pela simpatia contagiante do médico, respondeu aos costumes:</div>
<div style="text-align: justify;">
- Buenas Tchê. Eis o relato e vou tentar ser objetivo. Sei que és cidadão do mundo e hoje Viena, amanhã Boston, depois de amanha Londres, etc e temos falado mais pelo whatsapp do que pessoalmente. Então vamos lá:</div>
<div style="text-align: justify;">
Nesses três meses acompanhando os pacientes oncológicos, observei algumas coisas e tenho tentado trabalhar nelas. </div>
<div style="text-align: justify;">
Veja que o paciente sofre de cara quatro traumas no mínimo:</div>
<div style="text-align: justify;">
1) Na HD (hipótese diagnóstica) já na primeira consulta. Ali é dado o primeiro soco na boca;</div>
<div style="text-align: justify;">
2) Na cirurgia de retirada do material pra biopsia. Ali é dado o primeiro chute na boca do estômago;</div>
<div style="text-align: justify;">
3) No resultado da biopsia (normalmente 10 dias depois). Ali é um soco e um chute e nem se escolhe onde bater;</div>
<div style="text-align: justify;">
4) No início do tratamento. Quando senta naquela cadeira da sala da quimioterapia e escuta a palestra inicial da enfermeira encarregada, se estabelece o início de todos os efeitos colaterais do medicamento. Ali, é uma pauleira digna de Anderson Silva em tempos áureos. </div>
<div style="text-align: justify;">
Me inseri, caro doutor, nessa fase do tratamento. Acompanhei os pacientes nas horas da quimioterapia. Descobri que o momento é de extrema solidão. E descobri que o discurso psicanalítico ajuda.</div>
<div style="text-align: justify;">
O inconsciente se estrutura em linguagem tanto pra se expressar como para receber informação. E quando o paciente houve todas as informações farmacológicas e dos efeitos colaterais já se estabelece inexoravelmente um estado depressivo recorrente independente da depressão física que também inexoravelmente o remédio vai causar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Acho que ali naquela sala, com o remédio entrando e curando, é o lugar de um psicanalista! </div>
<div style="text-align: justify;">
O Super médico concorda. </div>
<div style="text-align: justify;">
O psicanalista enfatiza que em alguns centros quimioterápicos a figura do psicanalista é substituída por um religioso. </div>
<div style="text-align: justify;">
O médico finaliza:</div>
<div style="text-align: justify;">
- Continue teu trabalho! Vamos ver os resultados! E te cuida!</div>
<div style="text-align: justify;">
O psicanalista deseja bom trabalho e enfatiza:</div>
<div style="text-align: justify;">
- Meu cardiologista duplicou os remédios da pressão. E pela manhã estou tomando bupropiona. E as vezes... a noite um clonazepam...(brincadeirinha...mas aumentei minhas sessões com minha psicanalista)....</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fraterno abraço!</div>
<div style="text-align: justify;">
André Lacerda - Psicanalista</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW4Ox8pueg2ZILmzoIVkfhzcxn1aKuNSABXRhlyWOWpru8BiMmk5Q71IaiDs15Hgn0nYRxMxf7zJOITR3nXRngxyJYfUJRes21e-Qt8sxWfBD9snljnEvoiizIO_O5FMK-XwJFi61dga-E/s1600/medico+e+psic.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgW4Ox8pueg2ZILmzoIVkfhzcxn1aKuNSABXRhlyWOWpru8BiMmk5Q71IaiDs15Hgn0nYRxMxf7zJOITR3nXRngxyJYfUJRes21e-Qt8sxWfBD9snljnEvoiizIO_O5FMK-XwJFi61dga-E/s1600/medico+e+psic.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-60419974299710361802015-09-21T21:18:00.000-03:002015-09-21T21:18:42.173-03:00Eu Não vou Calar!<div style="text-align: justify;">
O meu primeiro projeto literário, lá no ano de 2008, tinha como título uma expressão traumática: Eu Não Posso Calar! A Triste História dos Escravos da Pedra!</div>
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Cheguei a escrever alguns capítulos mas abortei o projeto por razões absolutamente pessoais e em nenhum momento deixar de tratar clinicamente todos os casos estudados. </div>
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Estou abortando neste momento um outro assunto recorrente. E não por razões pessoais. E isso também não significa que eu abandonarei casos clínicos que estejam ou estarão sob minha responsabilidade terapêutica.</div>
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Me explico, já pedindo licença à Dra. Laura Nunes da Cunha minha editora, e aos meus colegas criadores de conteúdo da página Reflexões da Psicanálise da rede social Facebook, onde são publicados minhas crônicas originalmente publicadas no Blog e em outas mídias. </div>
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Insisto; retomo o assunto por considerar que o problema é recorrente e as notícias estão ai todos os dias pra qualquer pessoa que saiba ler saiba que se trata de algo grave. </div>
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E como é reverberado pelo sindicato médico do RS " A informação é o melhor remédio!"</div>
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Publiquei algumas crônicas alertando e expondo minhas razões à cerca da "glamourização" da prostituição principalmente nas redes sociais e na verdade em todas as mídias.</div>
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Então, recebi muitas mensagens de apoio e agradecimento pelo texto e pelo serviço que se prestava.</div>
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Recebi também muitas mensagens me chamando de recalcado, sectário, preconceituoso, veado, idiota, filho-irmão-marido-namorado-primo-sobrinho e tudo o mais de prostitutas, corno, e outas coisas que os queridos leitores podem imaginar.</div>
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Não me ofendi por me chamarem de veado. Nem de idiota. Nem de ser qualquer coisa de prostitutas. E na verdade nem qualquer coisa que possam ter dito para me atingir o meu emocional que aliás, é bem analisado.</div>
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Mas não sou recalcado. Nem sou sectário. Nem sou preconceituoso. </div>
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Reitero que pessoalmente acho que uma das mais terríveis humilhações humanas é o exercício do poder de um ser humano sobre outro ser humano. E se esse exercício é na relação sexual é tão cruel quanto as torturas e os pelourinhos da escravidão, </div>
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A ONU alerta. A imprensa brasileira alerta e recentemente a polícia federal do Brasil e da Espanha resgatou mulheres que estavam sendo submetidas à todas as agruras imagináveis. </div>
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A Espanha , diga-se de passagem, é o país europeu com maior incidência dessa prática criminosa que é o tráfico de pessoas. E no Brasil existem aliciadores em todas as capitais especializados em levar mulheres pra "trabalharem" principalmente nas regiões de Barcelona e Madri. </div>
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Prometem ganhos de milhares de euros. Raras mulheres voltam com algumas centenas de euros. A maioria sobrevive em prostíbulos infectados dos subúrbios de Madri ou Barcelona e quando não morrem, sofrem com a tuberculose, a anemia, e todas as DSTs.</div>
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Insisto.</div>
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Podem chamar do que quiserem: Acompanhantes VIP, Modelos de Book Rosa, Garota de Programa, e até como já ouvi alguém falar, Menina de catálogo em sites destinado para adultos.</div>
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Na verdade, em qualquer lugar, Porto Alegre, Rio, Brasília, Paris, Madri ou Barcelona, serão sempre tratadas de forma humilhante. E sempre serão chamadas e classificadas como mulher-dama, meretriz, alcouceira, quenga, marafona, rameira, mariposa, ou simplesmente prostituta.</div>
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E toda vez que eu achar necessário não vou calar. Porque mães, filhos, pais, irmãos, amigos e todos que amam essas mulheres expoliadas e humilhadas, só terão voz quando a voz não terá mais sentido de ser ouvida. </div>
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Esperando todas as censuras, </div>
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Fraterno Abraço</div>
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André Lacerda - Psicanalista</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikYeNEGXkHC4vTaa3QOKUKJpSmeFryrHXARKwqiBuF0Ej6mIUxu06yxr54Jhq9_TZoHGrVoFQmsLjIlQq_Uvz3UhVUySprYQq7GRWkSUzES61ic6VL6JmY96qHzH545HlnO4y2Kgxl5XCo/s1600/trafico+humano.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikYeNEGXkHC4vTaa3QOKUKJpSmeFryrHXARKwqiBuF0Ej6mIUxu06yxr54Jhq9_TZoHGrVoFQmsLjIlQq_Uvz3UhVUySprYQq7GRWkSUzES61ic6VL6JmY96qHzH545HlnO4y2Kgxl5XCo/s1600/trafico+humano.jpg" /></a></div>
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Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6386047632928237077.post-91011107310234345682015-09-21T13:08:00.001-03:002015-09-21T13:08:17.564-03:00Uma História do Mundo!<div style="text-align: justify;">
Estou lendo pela terceira vez o indicadíssimo livro do David Coimbra - Uma História do Mundo - que recomendo mesmo pra todo mundo. </div>
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Pois nesse livro, o autor de uma maneira prazerosa de ler e entender, retrata o surgimento da civilização assim como todas as fases importantes da história do mundo.</div>
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Gosto particularmente do capítulo 9 (O que Freud dizia de Moisés), onde o David explica a teses freudiana contida no livro Moisés e o Monoteísmo. </div>
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Mas gosto particularmente quando o autor aborda que na verdade a civilização foi uma invenção da mulher. </div>
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Entenda por civilização, a vida como a conhecemos com todas as suas regras e conceitos. Nada a ver com o bom e velho período paleolítico onde não existiam cobranças conjugais, nem casamento, nem família. Os homens viviam caçando e pescando, as mulheres cuidando dos filhos, tudo muito tranquilo segundo o David. </div>
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E segue o autor na tese:</div>
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<br /></div>
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" De que mais precisava o homem? </div>
<div style="text-align: justify;">
De nada. </div>
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Tendo alcance de um braço tudo o que desejava, o homem não pensava no futuro, vivia do presente e para o presente. Não pensando no futuro, o homem não se angustiava. Não se angustiando, o homem não tinha problemas existências, depressão, aflições em geral, banzo.</div>
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Os psicanalistas teriam dificuldade de encontrar freguesia naquele tempo."</div>
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<br /></div>
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Outra parte interessante da obra do David, é uma abordagem que é feita à cerca da atividade sexual das mulheres.</div>
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"Sexo é coisa de homem... e algumas mulheres praticam a atividade por puro diletantismo."</div>
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E o meu amigo cita algumas famosas como Catarina, a Grande, Cleópatra, Messalina e a Teodora - imperatriz de Bizâncio. Messalina era imperatriz que virou prostituta. Teodora, prostituta que virou imperatriz. </div>
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Dia desses vi um comentário de uma mulher no facebook que teve milhares de curtidas e comentários. A moça mandava um recado:</div>
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" Parem de mandar fotos de seus pintos no meu in box! Quem gosta de pinto é gay! Mulher gosta é de dinheiro!"</div>
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Juro que depois de rir muito, comecei a pensar psicanaliticamente...</div>
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Então valei-me meu amigo David Coimbra que não canso de citar:</div>
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"O Sexo comanda as ações do macho. Da mulher não.</div>
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A mulher, o que a comanda é a reprodução da espécie. Não duvido que neste momento você se lembre da sua colega que vem trabalhar com aquelas roupinhas e que olha para os homens de um jeito blasé que parece urrar: "eu quero sexo, garoto!". Sim, eu sei que você sai se lembrar dela e vai argumentar: " Luaninha gosta de sexo como se fosse um homem."</div>
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Mas você está enganado.</div>
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É tudo um truque de Luaninha. Em sua maioria, as mulheres usam a premência masculina pelo sexo para alcançar seus objetivos. Nem que os objetivos sejam, apenas, de medir a extensão de seu poder. É o caso da mulher que acena com promessas e depois recua. Ela queira, mas desistiu? Não. Ela nunca quis. Ela só pretendia constatar até onde poderia leva-lo a você e a essa sua infantil agonia sexual."</div>
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<br /></div>
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Então... recomendo de verdade a obra do David, que depois de eu ler 3 vezes posso garantir que na verdade é uma homenagem à todas as mulheres de todas as idades, de todos os tempos e de todas as culturas. </div>
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Fraterno Abraço</div>
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André Lacerda - Psicanalista<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc14fEjinybiJn7J6MSYOsJGni6OuK3opP58CikCS1LJe76CbHYwm2POLedR-_HpH9rJf2fND4frFAVss1B2vPhxfdUi2uL5v6PRVEQQwQYNlksOz48rNO9T7QvPxqwreEGjL1GugY6IYs/s1600/messalina+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc14fEjinybiJn7J6MSYOsJGni6OuK3opP58CikCS1LJe76CbHYwm2POLedR-_HpH9rJf2fND4frFAVss1B2vPhxfdUi2uL5v6PRVEQQwQYNlksOz48rNO9T7QvPxqwreEGjL1GugY6IYs/s1600/messalina+2.jpg" /></a></div>
<br /></div>
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Psicanalista André Lacerdahttp://www.blogger.com/profile/13317489681025545293noreply@blogger.com0