sexta-feira, 19 de abril de 2024

Dia do Índio

 "...eu era o índio liberto

Barbaresco e peleador

Rei de mim mesmo, 

Senhor da natureza selvagem

Com a religião da coragem 

E o sol de bronze na cor..." ( J.C. Braun)


A data de 19 de abril foi proposta em 1940 pelas lideranças indígenas do continente americano que participaram do Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México. Eles haviam boicotado os dias iniciais do evento, temendo que suas reivindicações não fossem ouvidas pelos "não indígenas". Durante este congresso foi criado o Instituto Indigenista Interamericano, também sediado no México, que tem como função zelar pelos direitos dos indígenas na América. O Brasil não aderiu imediatamente ao instituto, mas, com a intervenção do Marechal Rondon, apresentou sua adesão e instituiu o Dia do Índio no dia 19 de abril, cumprindo a proposta do Congresso de 1940.

A data pode ser considerada um motivo de reflexão sobre os valores culturais dos povos autóctones e a importância da preservação e respeito a esses valores.

Hoje, falei de maneira lúdico (do lúdico psicanalítico claro...rs) a história do Charruas,  dos Minuanos e dos Guaranis, nossos ancestrais e povos Originários do nosso papa gaúcho. 


" e dentro desse contexto 

Não quero falar de novo 

Dos ancestrais do meu povo

MENDIGOS VENDENDO CESTOS..." ( J.C.Braun)


Fraterno abraço 

André Lacerda  - Psicanalista




sábado, 6 de abril de 2024

Fanatismo (Florbela Espanca)

 Feliz. Hoje fomos visitar a Maravenina Machado minha irmã, e entre outras coisas, falamos de quanto a minha filha mudou minha vidinha cigana.

E nós somos muito musicais. Ela canta o tempo inteiro...e eu as vezes canto pra ela...

E todo dia canto pra ela a belíssima Fanatismo, que o Fagner, lá nos anos 80 musicou. 

Aliás, musicou um poema lindo de uma mulher maravilhosa e além de seu tempo. 

Florbela Espanca, poetisa portuguesa, escreveu esse poema numa fase melancólica em que tentava se firmar no mundo acadêmico literário, que lá na velha Portugal era(??????) extremamente machista e misógina.

Morreu jovem a Florbela... 

Espero que eu tenha muitas manhãs pra cantar Fanatismo pra minha Isabelle, e ela me brinda com doçura e amor de verdade. 

Eis o poema original ...


"Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida.

Meus olhos andam cegos de te ver.

Não és sequer razão do meu viver

Pois que tu és já toda a minha vida!


Não vejo nada assim enlouquecida…

Passo no mundo, meu Amor, a ler

No mist’rioso livro do teu ser

A mesma história tantas vezes lida!…


“Tudo no mundo é frágil, tudo passa…”

Quando me dizem isto, toda a graça

Duma boca divina fala em mim!


E, olhos postos em ti, digo de rastros:

“Ah! podem voar mundos, morrer astros,

Que tu és como Deus: princípio e fim!…”


Fraterno abraço à todos