quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Minha Versão de Baixo Clero!

Confesso que nunca tinha me detido na etimologia do termo "baixo clero" amplamente utilizado no cenário político nacional.
Meu senso dizia que o termo se referia à políticos sem muita representatividade ou com representatividade questionada. 
Vou aqui, hoje,  relatar o que tenho entendido sobre o tema, e de antemão aviso aos mais sensíveis que posso, por não ser um repolho, ser agressivo e quem sabe até cruel.
Nos últimos meses, passadas as eleições e designados pela vontade do povo os novos governantes, tenho observado corriqueiro desfile dos membros do "baixo clero" que deixa um rastro nojento de baba peçonhenta nas vielas paralelas às perimetrais que levam aos palácios.
Alguns, mesmo que legitimamente eleitos, os classifico como caudilhos contemporâneos cujos seguidores são os desesperançados e esquecidos pelo sistema, e que por não terem referência, atiram-se às garras daqueles como se fossem pedaços apodrecidos de carne disputados pelos corvos.  
Eles se vestem de branco, mas o que os caracteriza é o preto de seus olhos com os quais hipnotizam seus exércitos de pigmeus que sonham emergir  dos pântanos fétidos e escuros que fazem moradas.
Ágeis como as perigosas mambas negras africanas, percorrem  sorrateiramente os caminhos que os justos acreditam ser apenas de flores e de raios de sol. Os justos não percebem que entre as flores e os raios de sol, tem o perigo fatal que emana da boca preta da cobra verde africana.
Junto com o caudilho vem o caudatário. Este é aquele que segura e carrega a cauda do manto da autoridade nas solenidades oficiais e mesmo nas "não oficiais", se é que meu suposto leitor entende.
O caudatário é um servil sem originalidade, que infecta as botas já enlameadas, com sua baba gosmenta e que acaricia com suas mãos gordas e gordurosas a genitália de qualquer Napoleão que não tenha sido ainda exilado nas ilhas do sul.
Triste estou por observar que nossos palácios recém reformados, continuam infectados por bactérias criadas no fígado inchado do "baixo clero"...

Fraterno Abraço
André           

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Nada de Novo no Céu!

Sejamos pois, bem vindos ao ano de 2011.
Acho que vou abrir as publicações do ano que se inicia, fazendo questionamentos que talvez passem uma impressão pessimista e que meus críticos somem ao monte de adjetivos atribuidos à mim, o de arautro da desgraça...
Na verdade, não vejo nada de novo sob os céus desse pequeno grão de terra universal, que aliás os megalomaníacos acreditam ser o centro do mundo  que esse mundo gira em torno de seus umbigos.
Exemplo disso, é que nos primeiros dias do ano a mídia divulgou a notícia de que artístas e celebridades foram confraternizar com o povo do Complexo do Alemão no Rio de onde saiu a seguinte pérola:
"- Sempre gostamos de estar junto das pessoas normais para que elas não se sintam sozinhas nas suas lutas e dificuldades!" 
Isso foi dito por um casal com mais de 50 anos de telenovelas ....
Me perguntei:
Será que eles não se consideram pessoas normais? Será que eles acreditam mesmo que são o supra sumo da natureza humana e que são deuses entre primatas?
Me respondi:
Sim! E fiquei repetitivamente chocado....

Menino dando tiro à rodo e matando gente inocente ou não, nos Estados Unidos requer um minuto de silêncio nos jardins da Casa Branca...
Menino cracolento que mata pais e irmãos na periferia do Brasil, já não é novidade e não cobre o custo de 2 linhas na crônica policial.

Tragédias naturais(???) já deixam um número de mais de 500 mortos na região serrana do Rio. Isso merece a plena cobertura da mídia, afinal, é novidade pois no ano passado o número de vítimas foi bem menor...( perdoem a ironia, mas assim é dose né??)

Ronaldinho Gaúcho, às vésperas da festa de boas vindas bota um chifre no Grêmio de fazer inveja ao mais chifrudo personagem de Jorge Amado. Isso é novidade???

E vamos falar das férias da família irreal no forte militar do litoral paulista com direito a panela de seis mil reais??? Não né?!

Enfim... não vejo nada de novo no céu desse ínfimo torrão...

Fraterno abraço
André