quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Cidades, Meretrizes, Cafetinas e Corsários!

Pois bem! Depois de 3 meses, retorno ao Criador e a Criatura.
Andei travado. Vivi a experiência da desilusão e da perda pois descobri que, apesar de seletivo, aqueles que deram a "ideia de uma nova consciência e juventude estão cada vez mais nas suas casas, guardados por deus e cuidando do vil metal." Valei meu são Belchior que anda recluso em alguma hacienda uruguaia provando tannats, carmeneres e cabernets...
Mas, o vida segue e os horizontes cada vez se aproximam mais... E são tantos horizontes e nascem todo dia, um depois do outro... e... valei-me são Elton Saldanha: "Que empece el bando de los locos!"   
Quem me conhece, sabe que tenho a ver com algumas cidades específicas, principalmente porque nelas estão os familiares, e não por acaso as pessoas que mais me relaciono e amo. Dentre elas cito Porto Alegre por ser a minha cidade e de tantos outros meus, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul, Florianópolis, Rio de Janeiro e nos últimos 5 anos, a longuinqua (pero no mucho) Boston nos Estados Unidos. Neste círculo, vivem meus familiares.
Comunidades distintas, com culturas e histórias diferentes cuja única coisa em comum é o fato de serem habitadas por seres humanos. Dai, surge o questionamento: Valei-me meu são Caetano Veloso:  
"Tem que se esconder no escuro
quem na luz se banha
por debaixo do lençol
Nessa terra a dor é grande
e a ambição pequena
carnaval e futebol
quem não finge, quem não mente
quem mais goza e pena
é que serve de farol.
Toda noite é a mesma noite
a vida é tão estreita
nada de novo ao luar
todo mundo quer saber
com quem você se deita
nada pode prosperar..."

Penso que todos os lugares que conheço e os que não conheço, são reféns da experiência e da sabedoria da Tieta do Jorge Amado e que Caetano refere nos versos que citei acima.
Vejo ai uma metáfora que configura um lugar refém da vontade de uma meretriz aposentada cuja vida de puta não lhe trouxe sucesso financeiro, que agora vive o momento como próspera cafetina.
Penso que o pessoal da "gestapo" que me espreita, aliado ao pessoal do "doi-codi" que me policía, vai no mínimo dizer que estou sendo incoerente.
Tudo bem.... estou andando pra eles e informo aos que se deixam emprenhar pelas orelhas que as cidades citadas não passam de figuras simbólicas neste texto.
Daí... valei-me meu são João Bosco, pois:

" Meu coração tropical está coberto de neve mas,
ferve em seu cofre gelado, a voz vibra e a mão escreve: MAR...
Bendita lâmina grave, que fere a parede e traz
As febres loucas e breves
que mancham o silêncio e o cais."

Nos últimos três meses, me envolvi num projeto único, e que vai dar o que falar. Estaremos desenvolvendo um trabalho nunca realizado no Rio Grande do Sul, e que será divisor de águas no aspecto, social, institucional e de qualidade de vida de amplo segmento da sociedade gaúcha envolvendo mais de 100 municípios. Por isso, minhas publicações talvez, sejam mais espaçadas, mas vou informar par e passo ao amigos que me honram com a leitura do Criador e a Criatura.
Até porque, mesmo com "gestapos", "doi-codis"  e outras "granadas de Espanha", ainda tenho os santos que me protegem. E de novo valei-me meu são João Bosco, pois:

"...por você, eu, teu corsário preso
vou partir a geleira azul da solidão
e buscar a mão do mar
me arrastar até o mar,
procurar o mar."  

Fraterno abraço
André




      

   

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