quinta-feira, 29 de abril de 2010

2012 é AGORA!

Como meus amigos que acompanham o blog tem percebido (e me cobrado!!), tenho espaçado mais as atualizações e as publicações estão se dando em média de um texto por semana.
Explico aos que cobram, que tal espaçamento é em virtude de eu estar envolvido em outros projetos imediatos e que em breve serão divulgados aqui mesmo. Prometo novidades boas, até porque tenho obrigação de projetar soluções, uma vez que sou peremptoriamente crítico.
Dito isso, vamos aos fatos como diria o causídico de processos já julgados...
Sou adepto daqueles canais que a tv à cabo nos oferece, mesmo achando que os preços são exorbitantes, e que na verdade, não é possível imaginar democracia plena quando informação de qualidade e cultura são produtos à serem cobrados. Enfim... sendo assim, dá-lhe novelas e editoriais comprometidos com "a" ou "b" (sendo o povo "c"), e nos intervalos um palhaço perverso que se diverte com a miséria humana atirando notas de dinheiro em troca de alguma humilhação.
Mas... vamos ao mundo do nat geo, discovery e history channel...
Vejo que estes canais de cunho científico e histórico contém invariavelmente em suas programações, as questões que avaliam as profecias relacionadas ao fim do mundo em dezembro de 2012.
Particularmente acho que esse processo já iniciou-se.
Me explico:
1) O poder do crime movido pelo crack é tão grande, que depois de transformar-nos todos em reféns, vítimas e muitos de nós defuntos, agora por cúmulo que possa parecer, até as botoneiras das sinaleiras são tiradas por escravos da pedra maldita que fazem câmbio com traficantes;
2) Certa igreja brasileira que inclusive detém poder sobre canais de tv, rádios e jornais, remete ao exterior cerca de 5 milhões de dólares todo o mês de maneira ilegal o que nos últimos 4 anos a cifra negra (termo originário da criminologia científica)  atinge à mais de 400 milhões de dólares;
3) Procuradora de justiça no Rio de Janeiro, é acusada de espancamento de sua filha adotiva de 2 anos, e uma série de reportagens mostra que agentes penitenciários e quadrilheiros presos e não presos formam um mesmo cartel de corrupção, tráfico de drogas e armas e etc... Pra citar Gonzaga Jr.:
 "Já nem sei se acredito na polícia ou no ladrão...!";
4) Tudo leva a crer que na América Latina ensaia-se um golpe populista articulado por diversas tendências de déspotas que calam a boca do povo com feijão e farinha; 
5) Pra não dizer que não falei de flores, há soldados armados amados ou não, que ocupam as fronteiras da Latino América e confundem-se sobre quem os comanda, se o Chaves ou se as Farc;
6) 90 % da população brasileira tem telefone celular, e a frase mais dita com todo esse poder de comunicação é: " Me liga que eu não tenho crédito!!!!!"
Sinto informá-los que... 2012 é agora!!!!!!!!!!

Fraterno abraço
André
        
     

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Os verdadeiros Autores!

Em tempo hábil, me desculpo e me corrijo graças ao apoio e a atenção do grande João de Almeida Neto.
Os autores do poema O MEU PAÍS são ORLANDO TEJO, GILVAN CHAVES E LIVARDO ALVES.
Aproveito, para recomendar o site do João, onde inclusive pode-se ouvir e ver verdadeiras obras primas.
Obrigado João...
Fraterno abraço
André

 

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O Meu País!

À poucos dias atrás, fiz contato com um velho conhecido cujo último encontro se deu nos corredores da universidade, e nosso assunto (acho que ele nem lembra) correu em torno dos mitos e lendas do Rio grande do Sul.
Meu objetivo, era solicitar que o brilhante músico e não menos brilhante advogado, me autorizasse publicar aqui no blog, um poema que eu julgava ser seu, e que publico abaixo.
Na resposta, o João de Almeida Neto, me autorizou com a ressalva de que eu publicasse o nome do autor, que não era ele e sim o poeta Afif Jorge Simões Filho.
Segue o poema abaixo, neste 21 de Abril que na verdade, pelas circunstâncias atuais, deveria ser lembrado por sermos o país de milhares e milhares de Joaquins Silvérios dos Reis...
    

O Meu País

Intérprete : João de Almeida Neto
Composição: Orlando Tejo/Gilvan Chaves/Livardo Alves



Um país que crianças elimina;
E não ouve o clamor dos esquecidos;
Onde nunca os humildes são ouvidos;
E uma elite sem Deus é que domina;
Que permite um estupro em cada esquina;
E a certeza da dúvida infeliz;
Onde quem tem razão passa a servis;
E maltratam o negro e a mulher;
Pode ser o país de quem quiser;
Mas não é, com certeza, o meu país.


Um país onde as leis são descartáveis;
Por ausência de códigos corretos;
Com noventa milhões de analfabetos;
E multidão maior de miseráveis;
Um país onde os homens confiáveis não têm voz,
Não têm vez,
Nem diretriz;
Mas corruptos têm voz,
Têm vez,
Têm bis,
E o respaldo de um estímulo incomum;
Pode ser o país de qualquer um;
Mas não é, com certeza, o meu país.


Um país que os seus índios discrimina;
E a Ciência e a Arte não respeita;
Um país que ainda morre de maleita, por atraso geral da Medicina;
Um país onde a Escola não ensina;
E o Hospital não dispõe de Raios X;
Onde o povo da vila só é feliz;
Quando tem água de chuva e luz de sol;
Pode ser o país do futebol;
Mas não é, com certeza, o meu país!


Um país que é doente;
Não se cura;
Quer ficar sempre no terceiro mundo;
Que do poço fatal chegou ao fundo;
Sem saber emergir da noite escura;
Um país que perdeu a compostura;
Atendendo a políticos sutis;
Que dividem o Brasil em mil brasis;
Para melhor assaltar, de ponta a ponta;
Pode ser um país de faz de conta;
Mas não é, com certeza, o meu país!


Um país que perdeu a identidade;
Sepultou o idioma Português;
Aprendeu a falar pornô e Inglês;
Aderindo à global vulgaridade;
Um país que não tem capacidade;
De saber o que pensa e o que diz;
E não sabe curar a cicatriz;
Desse povo tão bom que vive mal;
Pode ser o país do carnaval;
Mas não é, com certeza, o meu país!

Fraterno Abraço
André

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Nosso Destino Espartano!

Pois é!!! Andei meio sem inspiração...
Foram alguns dias de difícil digestão.
Vi corruptos contumazes deixarem o cárcere com suas caras de vítima e com suas belas acompanhantes que fazem pose para chamar a atenção de alguma revista de belas fotos e de índole duvidosa.
Vi psicopatas perversos mutilando, estuprando e matando inocentes e depois de tudo feito, na mais perfeita lucidez e calma rescaldarem os cadáveres destroçados não demostrando o menor respeito pela vida humana.
Vi a bela cidade de joelhos no lixo que cobria os corpos dos pigmeus do boulevard.
Vi professores e pais subjugados pela fúria cracolenta que consome numa progressão geométrica, aquilo que poderíamos chamar de civilidade.
E vi e vivi tudo isso nestes últimos dias...
E de tudo que vi, para meu absoluto espanto e desespero, tudo estava sob a égide da lei, e tudo estava outorgado pela a autoridade e pela justiça...
Então... estupefato, parei!
Precisava respirar o ar da esperança que catárticamente deveria retemperar minha alma ferida de morte.
Busquei o tal ar andando pelo Rio Grande.
Andei do ocidente ao oriente e percorri com orgulho provinciano as terras gaúchas.
Em cada palmo de chão que eu pisava, cada passo era marcado pela minha respiração ofegante que buscava captar cada partícula de ar.
E eu pisava no mesmo solo republicano que moldurou de lirismo a história heróica de meu Estado!
Quanto mais distâncias eu percorria, mais distante eu ficava da realidade que me fez andar...
E o chão sagrado me inspirava. O mesmo chão sagrado onde lutavam juntos negros, italianos, alemães e brasileiros contra a injustiça e a opressão, fundamentados todos pelo ideal gaúcho republicano.
Perto da fronteira, pude sentir minha alma sendo reformada pelos atabaques libertários dos lanceiros negros de Netto e Teixeira Gavião Nunes.
Pelos rios do pampa, pude sentir amenizar a sede de meu espírito com os cantos alegres dos carbonários italianos que os entoavam flamulando lenços tricolores com dizeres de Liberdade, Igualdade e Humanidade...
Voltando, a BR 290 e seu movimento progressivo, aos poucos ia me fazendo voltar do doce delírio que me levou ao tempo dos farrapos.
Agora que retornei, acho que algo de meu sonho pampeano ficou martelando no meu consciente urbano que sofre com as agruras do século 21.
Acredito que os bons ventos que se originam no oriente possam nos trazer esperanças que culminem quando o minuano bater nas nossas janelas de junho...
Então, quando o inverno chegar, que sejamos gregos na glória, na virtude troianos e que se reviva Atenas.
Mas não esqueçamos jamais, que o destino nos fez ESPARTANOS!

Fraterno abraço
André