O desejo, assim concebido, pressupõe a presença de um outro. No início da vida, as manifestações de tensão produzidas pela necessidade não têm, para a criança, valor comunicativo. É o outro que as considera signos e, portanto demandas. Isso demonstra que o bebê será submergido, desde o começo, em um universo semântico, que significa suas próprias vivências. É o outro que introduz o bebê neste referencial simbólico, processo através do qual se transforma no Outro (ocupando o que, para a criança, é um lugar privilegiado).
A mãe responde à necessidade manifestada pela criança com gestos, e palavras, que dão à satisfação obtida um gozo que transforma a necessidade em desejo. A partir deste momento, a criança poderá desejar, mas sempre através de uma demanda dirigida ao Outro.
Por questões de senso, enfatizo que meus textos técnicos (como o presente) se baseiam na obra de Jaques Lacan, partindo de sua primeira publicação de 1948 ( L`agresivité en psychoanalyse) até seu último trabalho pulicado em 1975 ( Les éscrits techiniques de Freud). As imagens, sempre são oriundas do google imagens.
Fraterno abraço!
André
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