Vejo nos jornais que o presidente do Brasil brada que quer tirar o povo da merda.
Como isso só pode ser mais um dos arroubos populistas do Sr Lula da Silva, penso que não vou cansar meus amigos leitores comentando isso. Lembro que o Stanislau Ponte Preta já preconizava que o povo brasileiro iria morrer afogado na dita pelo presidente, mas que isso era mais uma atirada irônica do popular(não populista) Stanislau, e enfim...
Vejo nos jornais, que um médico será indiciado no inquérito que apura o assassinato de outro médico e penso que isso é assunto que ainda vai se desenrolar.
Contudo, um fato na notícia me chamou a atenção. Parece estar envolvido no caso, um indivíduo conhecido das forças policiais gaúchas e indentificado como chefe do tráfico de drogas de uma das "bocas" mais evidentes de Porto Alegre, que funciona no Campo da Tuca.
E lendo a notícia, penso que o "poder" do tráfico atua em mais frentes do que se pode imaginar, e quem sabe até entre os segmentos sociais que pessoas de bem circulam sem a mínima noção da presença daqueles.
Em meu livro "EU NÃO POSSO FALAR - A TRISTE HISTÓRIA DOS ESCRAVOS DA PEDRA", que encontra-se em fase de conclusão, dedico um capítulo (o primeiro) para contar (e se conto é porque ouvi como demanda clínica) como os "patrões" de bocas cobram de seus clientes depois que já levaram dinheiro, carro, etc...
Vou reproduzir aqui, um trecho à título de "amostra grátis", para que todos entendam o que estou escrevendo, ressaltando que mesmo sendo inspirados em fatos absolutamente verdadeiros, todos os personagem do livro são fictícios, portanto são também impessoais.
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"Passavam de 4 horas daquela madrugada perdida. Ela estava nua... extendida numa cama redonda sob espelhos...espelhos que não à refletiam... ela não se reconhecia olhando o reflexo dos espelhos.
Estava naquele motel desde às dezenove horas do dia anterior. Chegara sozinha. Rasgara o pretinho básico ao fechar a cortina de lona da garagem da suíte que iria ocupar.
Às dezenove e cinco, deitada numa cama exageradamente grande para ela, abriu uma lata de cerveja e bebeu apenas um gole....jogou o resto do conteúdo no vazo sanitário, pois precisava mesmo, era da lata...
Às dezenove e dez, ascendeu a primeira pedra de crack. Seria a primeira de uma série de muitas que havia comprado à pouco no seu “fornecedor” habitual.
Conhecia pelo primeiro nome os traficantes de todas as “bocas” que margeavam Porto Alegre, e tinha fácil acesso quando tinha dinheiro, ou quem sabe, algo que fosse de valor.
Muitas vezes tinha se utilizado dos motéis, onde entrava e saía sozinha, pra aplacar a terrível vontade de fumar o crack. Entrava sozinha, dirigindo o carro da mãe ou do pai, drogava-se ao seu limite, dormia e depois ia embora. Sempre encontrava seu filho dormindo, e seus pais, embora preocupados com a demora, pensavam que ela estava apenas numa noite romântica com algum namorado.
Agora... estava alí... nua .... e nem sentia mais que desde às 21 horas do dia anterior, estava se submetendo aos caprichos e desejos totais do traficante que chamara logo que suas primeiras pedras foram consumidas.
Sentia apenas os efeitos da droga... e a vontade de querer mais.
Conscientemente, sabia que estava no fundo do poço. Estava se entregando à horas, atendendo à todos os pedidos de um homem que julgava, pela sua formação familiar e acadêmica, como um bandido.
Mas o bandido tinha as pedras, e ela precisava das pedras.
Pensou consigo mesma: - Fodam-se todos! Pai, Mãe e filho! Amanhã eu vejo o que vair dar.
E o bandido lambuzou-se. A cada pedra era uma fantasia nova.
- “Chupa aqui.... deixa eu meter ali....agora me chama de cavalo....então??? cala a boca e chupa aqui de novo, porque quero meter com força ali....”
Ela se submeteu à tudo....até às quatro horas da manhã... e então... pediu mais!
Entregou as chaves do carro ao bandido, e com a promessa de muito mais, convenceu ao próprio que fosse na “boca” buscar mais pedras.
Então descansou. Descansou do crack e do desejo insaciável do bandido, seu fornecedor."
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Espero que todos tenham um ótimo fim de semana,
Fraterno abraço
André
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