Enchi o saco de questões meramente voltadas para a meta física, meta psicológica, física quântica e tral e tal como diria o Chico Buarque.
Afinal, passei anos e muitas publicações escrevendo sobre todas as dúvidas que formam um conjunto inquantificável de demandas minhas e acho, que de todos os que acompanham meus escritos. E os que não acompanham também.
Depois de mais de 5.000 (CINCO MIL) acessos neste meu blog que alimento e amo como se filho fosse, vou me dar o direito de abordar fatos e rotinas do cotidiano de uma maneira mais pragmática, e que (observem a minha pretensão prezados críticos) possam vir a ajudar à todos numa tomada de decisão para outros mil fatos e rotinas do seu próprio cotidiano. Quem sabe até do cotidiano coletivo...risos!!!
Então hoje, vou abordar duas questões que envolvem "a coisa" pública.
Aqueles que me conhecem, sabem que posso falar de cadeira sobre as questões que envolvem o funcionalismo público. Primeiro, porque fui (durante 22 anos), e segundo, porque recebi e recebo centenas de demandas clínicas onde observo "in loco" e escuto "in verbis" todo o sofrimento que essa massa humilde (na maioria) e humilhada (praticamente a totalidade) absorve na rotina profissional e que espraia-se para o pessoal.
Explico-me:
Como posso (e quem pode??) falar em meritocracia quando tenho um quadro de professores públicos que sequer conseguem manter uma assinatura de jornal pois seus minguados caraguatás são absorvidos no final de cada mês pela agiotagem (oficial e extra oficial) ???
Como posso exigir que professores públicos profiram aulas de sociologia e filosofia com conteúdo aproveitável se o último contato que a maioria destes tiveram com tais assuntos, foi no recesso cultural e educacional promovido pela ditadura, onde era proibido até mesmo pensar???
Ahhh, dirão alguns, que as escolas públicas são munidas de computadores conectados na internet, e etc, e que cursos de atualização são promovidos tanto de forma presencial como "on line". À estes, peço que não me façam rir com uma falácia destas num assunto tão sério.
Dia desses, puxando assunto com uma professora de ciências falei:
"E aí professora??? Hoje sua aula será especial, afinal é o dia da Gaya!!!"
Ela me respondeu:
"É??? Em que turma ela está matriculada na minha escola???"
E se formos aprofundar o papo levando em conta considerações à cerca de Skiner, Peajet, Klein e outras tantas tendências didático/pedagógicas, então é uma covardia ao humilde e humilhado professor público.
E a culpa é de quem?
A culpa é de quem recruta professores entre desempregados frustados, e depois de admití-los os trata exatamente como desempregados frustrados;
A culpa e de quem despreza o ensino público e acredita que a escola pública é uma mera creche de descamisados;
A culpa é de todos aqueles que agridem os professores pois acreditam que seus filhos são clientes da escola e que o cliente sempre tem razão;
A culpa enfim, é de todos nós que passivamente deixamos que nossos professores públicos sejam rotineiramente agredidos e humilhados.
E isso vale para os nossos policiais, técnicos científicos, agentes administrativos e todos aqueles homens e mulheres que lutam contra a corrupção, a burocracia que nos escraviza à todos, e que mesmo humilhados, na sua imensa maioria combatem o bom combate.
O segundo tópico de meu posicionamento, tem a ver com o ano eleitoral.
Estou certo que a democracia é o ÚNICO meio de viabilizar a coisa pública.
Vou consultar meus candidatos, e se eles autorizarem, farei aqui a exposição de suas plataformas. E depois, farei aqui, um fórum de cobranças e críticas obviamente. Os mais de 5.000 acessos de certa forma refletem a minha responsabilidade de cidadão e de livre pensador.
Aos filhotes das antigas e das novas ditaduras, lembro que a internet é um meio livre desde que utilizado com ética, legalidade e principalmente responsabilidade.
Fraterno abraço
André