terça-feira, 19 de maio de 2009

Sin Cera!

No auge do império romano, o grande lance eram os prédios e monumentos feitos em mármore. E mármore de melhor qualidade. Ocorre, que os fornecedores do nobre material descobriram um jeito de vender as peças que possuiam algum defeito, iludindo assim os construtores, que aliás eram todos ligados ao poder e apadrinhados de César.
O "jeitinho", consistia em passar uma camada de cêra sobre o mármore dando-lhe uma falsa impressão que material de excelência.
Logicamente que com o passar do tempo, expostas à intempérie e etc, as pedras perdiam a cêra, e então, o mármore mostrava-se de péssima qualidade.
Os romanos, precursores do Direito como conhecemos hoje, trataram de estabelecer uma lei. A nova regra, previa a proibição do enceramento do mármore na sua origem, evidenciando assim a sua real condição e qualidade. A lei, ficou conhecida como " SIN CERA", ou seja do latim, "Sem cera", e aqui temos a origem da palavra SINCERIDADE.
Acho que ainda hoje, e eu diria principalmente hoje, essa etmologia nos interessa.
Na verdade, o ser humano como um todo, não passa de peças de mármore, utilizando-se de cêra para encobrir os defeitos de fábrica ou ainda aqueles adquiridos na lapidação.
E como o mármore romano encerado, somente na intempérie de nossas vidas é que damos a conhecer nossa verdadeira face.
É na chuva e no vento forte que nos avassalam em momentos de nossas vidas, é que não conseguimos nos esconder, pois as máscaras de cêra caem.
O interessante, é que passado o temporal, a tendência é nos recobrir-mos novamente e vender-mos uma imagem encerada, ou não sincera...risos
Alguém ai já viu alguém "sin cera"???
Fraterno abraço
André

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