quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Combustíveis da Escravidão!

Vamos deixar bem claras algumas questões.
Independente de minhas convicções pessoais, num exercício de pura democracia, vou esclarecer algumas coisas relacionadas com meus escritos que citam as questões religiosas.
NUNCA fiz alguma menção contra a espiritualidade das pessoas, e acredito que quem o faz, fere aspectos que para mim são peremptoriamente INTOCÁVEIS, como por exemplo a liberdade de expressão ampla e irrestrita, o livre pensamento, e de modo geral, A LIBERDADE.
Nunca escondi minha convicção agnóstica, e se a tenho, isso se deve a inúmeras razões e até acho que a principal delas tem a ver com minha atividade clínica que, no meu caso é a prioridade de minha vida. Mesmo quando escrevo, aqui ou em outros escritos, nunca abro mão de priorizar a atividade inerente ao meu ofício que se propõe a identificar sintomas e tentar amenizar as dores da alma.
Nestes anos todos tenho repetido aos meus pacientes: Dai à Cesar o que é de Cesar e dai à deus o que é de deus, e no caso eu sou Cesar.
Sendo integrativo, acredito que tudo que possa ajudar em tratamentos clínicos são coisas bem aceitas. Não me importo de ter ajuda de médiuns, pais de santo, xamãs, etc se qualquer um deles somar na recuperação de um paciente escravizado pelo crack ou por qualquer outro demônio que escravize uma alma.
Entretanto...
Abomino qualquer tipo de escravidão. Isso inclui:
- Rituais que transformam depressivos em zumbis;
- Qualquer tipo de hierarquia religiosa (dogmas, leis hamurábicas, etc) ;
- Sectarismo (ninguém é mais divino do que ninguém);
- Preconceito ( se existe o deus de Abraão, existe também o deus dos terreiros africanos), e
- Mais um monte de coisas....
Abomino ainda, tudo aquilo que interfira no livre arbítrio em nome de algo ou alguém que em tese estaria acima do bem e do mal.
Abomino a venda de lotes  no paraíso, assim como a penitência que em alguns casos permitem até mesmo a tortura como forma de purificação.
Enfim...se ainda não me fiz entender por alguns (que ao meu juízo precisam de terapia), sinto muito, mas me recuso a compactuar na transformação do valioso bem estar espiritual, em uma histórica e perigosa rede perversa que utiliza a fé como combustíveis da escravidão e da dependência.
Fraterno abraço
André            

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