quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A Trama Edípica nas nossas vidas!

Então...depois de voltarmos a falar do Complexo de Édipo, quero evoluir nessa questão.
Contudo... alguns comunicados e avisos:
1) Ao pessoal da gestapo que insiste em me policiar: Minhas publicações são responsabilidade exclusivamente minha, e apesar de terem fundamentação técnica e clínica, não são destinadas exclusivamente para profissionais, então são fundamentalmente publicações de cunho literário. 
2) Aos amigos leitores  (e à todos agradeço sinceramente ao prestígio que dão aos meus textos) insisto que são textos literários e que se em algum caso houver alguma associação, sugiro que procurem seus psicanalistas e debatam o assunto... certo??? Entendidos???  Então ... segue o baile!

Num primeiro momento, pedindo todas a vênias às posições em contrário, não vou tratar da trama edípica com as sub titulações que aparecem em outras correntes como, complexo de Elektra, ou complexo de Jocasta. Penso que a trama edípica se refere ao ser humano e não gosto dessa conceituação a partir da diferenciação de gêneros. Então pra todos os efeitos, Complexo de Édipo é Complexo de Édipo.

Proponho supormos um caso clínico para que abordemos aquilo que penso ser uma grande sacanagem da formação do sujeito no que se refere às mulheres:
A sujeitinho nasce e já tem ali na sua frente o grande amor de sua vida: - Ela! A mãe!
Amor correspondido ao extremo, dedica a ela tudo que possui e pode lhe oferecer inclusive. Seu choro, seu sono, sua fome e sua caca... tudo (imaginei a cena: eu te amo mãe... e vem aquela caca de leite no babador... risos)!
Tempos de amor intenso... de gozo intenso... até que surge alguém. Alguém mais forte, mais viril, o pai interditor que diz:
- Olha sujeitinho... esse amor não pode continuar por dois motivos: Primeiro que esse amor é lésbico e segundo porque essa mulher é minha. Se tu fosses homem, eu te passaria a minha metáfora e mais tarde surgiria outra mulher que tomarias para ti, e dai poderias repassar a tua própria metáfora pra teu filho. Mas és mulher. Mas fica tranquila, que um dia alguém como eu, vai te tomar como mulher, e esse alguém vai te dar o teu falinho tá?? Mas não te ilude... aquele falinho será teu por pouco tempo, pois o teu homem, num determinado momento vai chegar e interditar o teu amor por ele. 
Se tudo der certo, a sujeitinho aceita aquilo como parte de sua formação e passa a amar à quem???? O interditor. O idealiza como seu maior sonho de consumo, e nem sabe ela, mas mais tarde vai começar a procurar alguém que seja a cópia daquele.
Isso... se tudo der certo. E se der errado? As hipóteses são várias. 
E se ela não aceitar o interdito??? E se ela não aceitar que seu grande amor (a mãe) tenha aquele maldito como seu amor sendo assim preterida? E se ela não aceitar que sua sina seja jamais ter o falo?
O fato é que se der errado, existem grandes chances de que essa não dissolução da trama edípica seja origem de psicopatologias e as mais comuns são as do campo das psicoses ( e hoje os nomes são tão legais né??? Ah.. eu sou border!!! eu sou bipolar!!! que legal!!!).
E mais... e se tudo der certo e a sujeitinho aceitar tudo e lá na sua puberdade, adolescência e até já adulta o grande herói interditor mostrar que não é todo esse gás da Coca Cola??? E se ela perceber lá pelos 10, 12 ou 20 anos que perdeu seu grande amor não pra um herói, mas pra um grande babaca??? Como fica???? Odeia ela que topou isso? Odeia ele? Odeia os dois safados que a sacanearam???
E tome neurose... e tome busca por vingança... e tome reprovações escolares... e tome drogas.. e tome problemas!
Que grande sacanagem com as mulheres né??? Que acham?
Fraterno abraço
André 
     


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