Do meu lugar, vejo as grandes águas recebendo mais águas, e penso que tudo se renova e se recria a cada segundo que passa pelo meu tempo que é digital.
Independente de mim, as coisas acontecem e se desenvolvem numa progressão geométrica.
Gosto de pensar que faço parte do universo, mesmo que em forma de partícula, e que a minha falta ou a minha presença altera esse cenário infinito.
As águas do guaíba sentiriam minha falta se eu me fosse??? Acho que não...risos... Mas é bom saber que o todo universal são seria mais o mesmo sem mim!
Saturno ( ícone da melancolia ) habita a manhã de sábado primaveril e chuvoso nas margens do guaíba!
Será que o ambiente nos deprime??? Ou será que essa tristeza molhada nada mais é do que a certeza de que somos impotentes ante as coisas que se renovam e se recriam constantemente?
Me consolo em Freud, que preconizou que o acaso não existe e então não é por acaso que estou aqui. E se logicamente estou aqui, faço parte da renovação... e não só o Guaíba, mas todo o universo sentirá minha falta quando eu me recriar...
Sábado primaveril.... chove em Porto Alegre!
Fraterno abraço
André
Não esqueça Doutor que estamos em consulta.... Acredito que um dia chuvoso nos faça mais tristes, ou quem sabe em reflexão. A chuva lava a alma, limpa os pensamentos e nos leva á um bem estar interior. Aprendi que devemos lutar sempre, se não sózinhos que busquemos alguém que resgate nossos infortúnios. Tenho certeza e o senhor também, o Universo o abraçaria mas como estamos em uma parte e o Universo é um todo certamente sentiriamos muito a falta de sua presença. Sei que é egoismo mas precisamos de suas palavras, sejam belas broncas ou aconselhamentos que fortalecem o ego. Somos repetitivos, cansativos, inconsoláveis, egoistas, dependentes e mais, cada vez mais chatos, em busca do caminho da cura. Como o senhor sempre diz que ama o que faz, talvez possamos chamá-lo de auxílio mútuo.
ResponderExcluirPensar nas águas do Guaíba para quem enfrenta o mar, é no mínimo minúsculo. A água tem um sentido de força mas é nada para um bom navegador.
Vou enviar-lhe uma prece que minha mãe me ensinou e que certamente o senhor conhece, eu gosto.
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa , que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido,
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se nasce para a vida eterna...
Um abraço de sua paciente as vezes chata........... mas GRATA.
Identifiquei de cara quem fez o comentário! Não vou publicar o nome dessa querida paciente, mas com certeza... quase (disse quase..risos) chorei! Obrigado minha amiga, e um abraço!
ResponderExcluirAndré