Tenho vivido bastante nos últimos meses a dita vida interiorana.
E já falei aqui, das pradarias, dos rios, da complexidade simples das pessoas que faz suas vidas parecerem poesia, e enfim, todas as coisas boas que são imperceptíveis nas metrópoles.
Mas... tem coisas que também observo, e além de trazer pro debate, adoraria saber dos porques.
Por exemplo:
Por que nas cidades interioranas, os motoristas escolhem as vias principais e centrais para seus passeios motorizados, e invariavelmente, andam na velocidade de 5 km por hora, trancando todo o trânsito?
Nas primeiras vezes, pensei que estivessem acompanhando um cortejo tipo, enterro, ou passeata, etc, mas depois reparei que isso é uma rotina.
Interessante, que todos não olham para os lados. Ficam tesos, olhando pra frente. Ou seja, fazem isso para serem vistos. Noto um desejo satisfeito de serem vistos e identificados específicamente naquela situação... ou seja, passeando de carro. Acho meio bizarro, mas tirando o fato de que atrasa o caminho de quem tem pressa ( e isso me deixa puto!), tudo bem...aliás, é até divertido observar isso...risos
Outra coisa que me intriga, é o volume dos aparelhos sonoros que estes carros e motoristas suportam. Alguém pode me explicar porque as pessoas escutam suas músicas em tão elevado volume?? Devo acreditar que isso é uma maneira freudiana de compensar alguma deficiência?? Podem me chamar de chato e preconceituoso, mas juro que redefino meu conceitos, se alguém me provar que é legal andar atrás de um carro a 5 km por hora, com um som infernal à todo volume com a seguinte poesia: " Você não vale nada mas eu gosto de você!!!!!"
Notei ainda, que as pessoas que usam destes artifícios, pelo menos à distância, me parecem que sofrem da mesma síndrome de mitomania.
Me explico:
Depois de rodar em círculos pela cidade, o herói estaciona ( normalmente em local proibido) no meio da praça central, abre todas as portas do carro, aumenta ainda mais o volume, e com seu óculos de sombra ( normalmente ray ban daqueles que os pilotos americanos usavam na década de 50), fica encostado no seu veículo com a cara de quem está escolhendo, pois ele tem a certeza que todas as mulheres que passam querem lhe dar.
Na verdade, acho muito engraçado, e toda vez que reparo isso, tenho que me controlar para que minhas risadas não sejam mais sonoras que o carro do magal...
Coisas da vida...risos
Fraterno abraço
André
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