sábado, 1 de novembro de 2008

E ENTÃO, QUE QUEREIS...?

Fiz ranger as folhas de jornal abrindo-lhes as pálpebras piscantes.
E logo, de cada fronteira distante,
subiu um cheiro de pólvora perseguindo-me até em casa.
Nestes últimos vinte anos,
nada de novo há no rugir das tempestades.
Não estamos alegres, é certo.
Mas também, porque razão haveríamos de ficar tristes?
O mar da história é agitado.
As ameaças e as guerras, havemos de atravessá-las,
rompê-las ao meio, cortando-as,
Como uma quilha corta as ondas....

Poema de Maiakóvski, escrito em 1927...
Bom sábado à todos...
Fraterno abraço
André

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