Recentemente, assistindo à um daqueles canais alternativos da tv à cabo, revi o Grande Ditador com o Chaplin. Na década de 30, o gênio da grande arte conseguiu descrever na minha opinião, algo mais do que o horror da guerra e dos regimes autoritários!
Chaplin aborda com sua sátira, os horrores da banalização do próprio ser humano!
"Homens! Homens! Não sois máquinas! Homens é o que sois!"
Com essa fala do filme, Chaplin apela pra consciência humana chamando atenção para o fato de que os homens estavam perdendo o seu referencial mais característico que é a sua capacidade de conceitualizar padrões de fraternidade, justiça, humanidade, igualdade....
Passados mais de 60 anos, o Grande Discurso do "ditador", deve ter perdido o contexto e eu me recoloco na posição de um retardado social e cultural, pois na verdade entendo que esse filme poderia ter sido feito ainda ontem...
A globalização que nos uniu, é a mesma que nos escraviza com seus apelos midiáticos transformando à todos em frustrados que necessitam ter! E olha que nem importa mais o que ter... é necessário TER!
O progresso, que nos banha de tecnologia hight tech, é o mesmo que transforma homens em máquinas!
Máquinas de soluções, máquinas de produção, máquinas de consumo, máquinas neuróticas enfim!
As verdades mal elaboradas e aproveitadas, matam a filosofia e transformam a cada dia nossas meninas e mulheres em bifes pendurados em açougues fétidos e são cada vez mais invadidas por moscas sociais asquerosas que lhes contaminam a alma, endurecendo-lhes os músculos, transformando-as em máquinas! Máquinas do sexo banalizado!
A internet que é um instrumento indescritivel de diminuição de distâncias sociais e culturais, ao invés de facilitar o ensino e a produção intelectual, transforma cada vez mais nossas crianças em zumbis compulsivos e mecânicos e na verdade, se vista bem de perto, a rede mundial na verdade, é um grande prostíbulo que funciona num mundo nem tão virtual!
Sou um livre pensador... e acho que a tendência dos livres pensadores é o exílio numa cauda de cometa cuja órbita seja qualquer uma desde que longe do universo conhecido.... risos
Com certeza, devo estar errado. Devo ter produzido esse texto sob o efeito de uma crise depressiva própria dos retardados sociais e culturais, e que um dia terão escrito nas suas lápides a identificação de " Homens e mulheres que não conseguiram suportar a realidade!"
fraterno abraçoAndré
Nenhum comentário:
Postar um comentário