sexta-feira, 24 de abril de 2009

Te Levanta Helena!

Tudo bem. Eu já chamei o orkut e demais sites de relacionamentos da internet de As Grandes Cafetinas! Mas hoje tive uma grata surpresa. Reencontrei (ou fui reencontrado) pela internet, uma família que viveu comigo e com minha família os primeiros anos de minha vida.
Em tecnicolor, passou instantaneamente um filme na cabeça do psicanalista cansado de guerra.
Me correm duas lágrimas insistentes... de saudade! Saudade do que eu era. Saudades de meu pai. Saudades daquela cidade que não conheço mas sinto falta. Saudades da Dona Helena e do seu marido Gilberto. Helena e Gilberto da minha distante infância. Da minha amada infância.
Helena dos doces e das costuras. Das histórias cobertas com recheios que ela fazia as vezes com gargalhadas e outras vezes com lágrimas.
Gilberto da força. Era forte e dirigia um caminhão ou ônibus... não lembro bem. Um caráter tão limpo e tão forte como seu sotaque, que se bem me lembro era entre o fronteiriço e o açoriano.
E tinham os filhos... meus amigos... meus queridos e inesquecíveis amigos. Me lembro da Nádia e da Jussara. Lindas. A Nádia era mais fragilzinha... um doce de meiguice, pintada de sardas. A Jussara era forte como o pai. Ela não chorava. Me lembro que as vezes lhe corriam lágrimas e ela ficava muda... mas não chorava.
E tinha o Gildo. Meu grande parceiro das aventuras pelos quintais, e meu rival dos jogos de bola, de gude, de tudo enfim. Mas eu confiava pra caramba naquele menino! O meu pai adorava aquele guri.
Gilson era o mais novo... lindo bebê. Depois que eu criança vi aquele bebê, consegui entender que nem todos os bebês nasciam parecidos com joelhos enrrugados.
O que mais me lembro, é que a família de Helena e Gilberto, fazia com que eu vivesse sempre em festa, e aqueles meus anos fossem bordados de um colorido que jamais esquecerei.
E eles me reencontraram agora... no meu agora que talvez seja minha segunda infância uma vez que estou refazendo e aprendendo um monte de coisas.
Estou feliz.
Ainda escuto seu Gilberto falando:
"- Helena!!! Te levanta Helena... depois tu faz essas comidas galopeadas! Levanta Helena!!"
Essa família existe. Não é uma fantasia do analista freudiano aqui. Vive no sul do sul do Brasil, e à eles, digo que também vivem e existem efetiva e afetivamente no meu coração e de toda minha família.

Fraterno abraço
André

Um comentário:

  1. muito obrigada,Dr Andre, ficamos muito feliz,mas gostaria que escreve-se outra por que.
    Esta é verdadeira.
    beijos a nossa familia.
    E mais uma vez obrigada, voce é especial............................

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