quinta-feira, 30 de abril de 2009

Os Aliens Exterminadores!

Não me contive. Me submeti à tentação de assistir o reimaginado THE DAY THE EARTH STOOD STILL, aqui no Brasil com o título O DIA EM QUE A TERRA PAROU, com o enigmático Keanu Reeves, e a fantástica Jennifer Connely.
Trata-se de uma releitura do clássico de 1951.
No filme, Keanu é um alienígena que desce com sua nave louca no meio do Central Park, e isso mobiliza as forças armadas e a comunidade científica que aliás, no filme e na vida não tem voz ativa.
Me chamou a atenção, dois diálogos do enredo tidos entre os protagonistas Keanu e a Jennifer.
No primeiro deles, a heroína, uma cientista que em tese quer só saber, pergunta ao alien se ele era amigo dos humanos terráqueos, e ele responde: " Sou amigo da TERRA!"
No segundo, já sabedora que o tal alienígena vai destruir a raça humana, ela questiona exatamente o fato dele ter dito que era amigo e tal.. ao que ele responde: "Eu disse que era amigo da Terra. Se vocês sobreviverem a Terra morre, e não posso deixar que um planeta rico e complexo morra nas mãos de uma espécie que é decadente, bélica,racista, mesquinha e destruidora. A Terra é do UNIVERSO. Ela não pertence à sua raça doente!"
Desligado o DVD, tento fazer um exercício analítico e chego à conclusão de que estamos efetivamente à beira do abismo da extinção exatamente por nossa incapacidade de evoluirmos enquanto raça humana.
Os aliens estão ai mesmo, nos destruindo ao mesmo tempo em que são alimentados por nós mesmos. Eles são as pragas que nos aniquilam apocalípticamente.
A Terra, nas últimas décadas foi invadida. Os aliens ameaçadores da raça humana apresentam-se de várias formas.
Temos aqueles que se apresentam na forma do flagelo das drogas, cujo efeito exterminador está matando 7 pessoas na faixa dos 20 à 30 anos por HORA, e isso só no Brasil.
Temos as gripes ( suína, aviária, etc..) que segundo previsões estatísticas, matarão centenas de PESSOAS nos próximos 6 meses.
Temos a Aids, a fome e a completa falência ambiental que faz com que o ecossistema todo entre em uma crise geradora de enchentes, desabamentos, tsunamis, terremotos etc, que a cada dia deixa milhares de mortos, desabrigados e feridos.
E temos o alien chefe. O Pai de todos os aliens. Aquele que manda e desmanda em todo esse processo de destruição.
Esse exterminador, é terrível, e Einsten ( aquele maluco!!) chegou a dizer que ele era a única coisa sem fim e sem limites que existe de fato, portanto invencível.
O nome dele???
A ESTUPIDEZ HUMANA.
Bom feriado ...
Fraterno Abraço
André

terça-feira, 28 de abril de 2009

Aumento da População Paraguaia!

Quase todo dia a mídia aborda um assunto que já está virando piada. O caso do ex-padre, ex- bispo e atual presidente do Paraguai.
Contam que pode chegar à 18 o número de filhos do presidente que aliás, nem pode se queixar, afinal dizem, que ele mandava que suas ex-ficantes fossem se queixar ao bispo.
Parece que elas não levaram muito à sério. Enquanto ele era bispo... mas agora, presidente, a coisa mudou de figura... risos!
Lembrei agora de um amigo, que dizia que malandro eram os padres, pois esses comiam a mulher dos outros sem ninguém comer a deles.
Fico pensando nos métodos de sedução do Sr Presidente.
Será que suas cantadas surgiam sonorizadas com o dito cantando uma guarania???? Imaginem o padre acompanhado por um trio de guitarra, harpa e charango entoando:
" Vem, que eu quero te dar... todo o meu Paraguai!!!"
Se seguirmos essa linha de raciocínio, está explicado o fato do sujeito ter largado a batina e ter se feito presidente.
Mas... tem a outra hipótese. A idéia de religiosidade. Afinal, o mandamento manda " crescei e multiplicai-vos!"
Além do que, a santa madre igreja católica proíbe o uso da camisinha, e se seguirmos essa premissa, o padre/bispo/presidente foi religiosamente fiel aos mandamentos.
Dentro dessas circunstâncias todas, entende-se porque o Presidente Lugo quer aumentar a participação financeira de seu país no complexo de Itaipu, no que aliás, tem apoio do Presidente do Brasil.
É bem provável, que o povo brasileiro, ajude a alimentar os "luguinhos"...
Fraterno abraço
André

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Os Escravos da Pedra!

Faz tempo que estou batendo na tecla do crak.
Quem acompanha meus escritos, sabe que meu único preconceito é relativo à dor humana, e à tudo aquilo que faz as pessoas sofrerem.
Não vejo mais nenhum jornal ou noticiário que não contenha no mínimo uma notícia divulgando uma desgraça provocada pelo vício do crak.
Escravos dessa pedra maldita, estão acumulando adjetivos e tipos do código penal.
Estão somando qualificações: Prostitutas, ladrões, suicidas e agora, com cada vez mais frequência, HOMICIDAS.
Estando longe de Porto Alegre, acompanho nesta segunda feira a notícia onde aparece a polícia fazendo barreiras em toda a cidade. Sou solidário, pois essa sensação de estarmos sendo reféns dentro de nossas casas tem que acabar.
Contudo, acho que o policiamento tem que se intensificar no âmbito mais pessoal.
Creio que as famílias, os amigos e até colegas de trabalho ou de escola precisam intensificar os cuidados.
E não se enganem! O crak, começa com aquele baseadinho inofensivo ou com a "divertida" balinha de ectasy, tão comum nas baladas da classe média brasileira.
Minha preocupação é tanta, que meu livro será todo ambientado no inferno que vivem as pessoas escravizadas pelo chamado "flagelo do cachimbo".
Não creio que todos aqueles que deveriam estar envolvidos nos processos de combate à essa droga infâme, estejam envolvidos como deveriam.
Estou preocupado...
Fraterno abraço
André

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Te Levanta Helena!

Tudo bem. Eu já chamei o orkut e demais sites de relacionamentos da internet de As Grandes Cafetinas! Mas hoje tive uma grata surpresa. Reencontrei (ou fui reencontrado) pela internet, uma família que viveu comigo e com minha família os primeiros anos de minha vida.
Em tecnicolor, passou instantaneamente um filme na cabeça do psicanalista cansado de guerra.
Me correm duas lágrimas insistentes... de saudade! Saudade do que eu era. Saudades de meu pai. Saudades daquela cidade que não conheço mas sinto falta. Saudades da Dona Helena e do seu marido Gilberto. Helena e Gilberto da minha distante infância. Da minha amada infância.
Helena dos doces e das costuras. Das histórias cobertas com recheios que ela fazia as vezes com gargalhadas e outras vezes com lágrimas.
Gilberto da força. Era forte e dirigia um caminhão ou ônibus... não lembro bem. Um caráter tão limpo e tão forte como seu sotaque, que se bem me lembro era entre o fronteiriço e o açoriano.
E tinham os filhos... meus amigos... meus queridos e inesquecíveis amigos. Me lembro da Nádia e da Jussara. Lindas. A Nádia era mais fragilzinha... um doce de meiguice, pintada de sardas. A Jussara era forte como o pai. Ela não chorava. Me lembro que as vezes lhe corriam lágrimas e ela ficava muda... mas não chorava.
E tinha o Gildo. Meu grande parceiro das aventuras pelos quintais, e meu rival dos jogos de bola, de gude, de tudo enfim. Mas eu confiava pra caramba naquele menino! O meu pai adorava aquele guri.
Gilson era o mais novo... lindo bebê. Depois que eu criança vi aquele bebê, consegui entender que nem todos os bebês nasciam parecidos com joelhos enrrugados.
O que mais me lembro, é que a família de Helena e Gilberto, fazia com que eu vivesse sempre em festa, e aqueles meus anos fossem bordados de um colorido que jamais esquecerei.
E eles me reencontraram agora... no meu agora que talvez seja minha segunda infância uma vez que estou refazendo e aprendendo um monte de coisas.
Estou feliz.
Ainda escuto seu Gilberto falando:
"- Helena!!! Te levanta Helena... depois tu faz essas comidas galopeadas! Levanta Helena!!"
Essa família existe. Não é uma fantasia do analista freudiano aqui. Vive no sul do sul do Brasil, e à eles, digo que também vivem e existem efetiva e afetivamente no meu coração e de toda minha família.

Fraterno abraço
André

Apocalypse Now !

Semaninha pesada! Quebrada pelo feriado dos 509 anos do descobrimento do Brasil.
Ao escrever a última frase me deu vontade de gargalhar. Descobrimento do que mesmo???
Tenho descoberto muitas coisas nos últimos meses, mas confesso aos amigos que acho que o Brasil ainda não conseguiu se DESCOBRIR... e como Cazuza falou, ainda não mostrou sua cara. Ou melhor, mostrou. E é uma cara suja, ranhenta, com a boca cheia de cáries, ouvidos sujos e principalmente olhos que lacrimejam sangue!
Por incrível que pareça, ( aqueles que me conhecem sabem que pouco me relaciono com crianças) tenho estado próximo de crianças em idade escolar. Credo! Que horror!!!
Alunos de 4ª, 5ª e até de 8ª série, analfabetos funcionais. Não sabem interpretar nem entender o texto mais medíocre que lhes possa ser apresentado.
Bem... nessa semana ... vi e revi em dvd, a obra Apocalypse Now, com a mais recente visão do diretor Francis Ford Coppola.
Coppola editou a versão da década de 70, e na minha opinião, tornou melhor ainda aquela que já seria naturalmente uma obra prima.
O que me chama atenção, é a cena em que as coelhinhas da playboy, que são levadas ao front para entreter os combatentes e depois do show, tendo o helicóptero em pane, ficam perdidas na selva do Camboja.
O promoter delas, troca dois galões de combustíveis pelos prazeres que as moças podem proporcionar aos soldados liderados pelo Martin Sheen. Num primeiro momento, a coisa parece até meio engraçada, porque cada soldado tem apenas 15 minutos, e todos eles tem fantasias antigas com as meninas, etc...
Mas... verifica-se que cada uma delas, tinha sonhos diferentes.
A garota de Maio, só queria continuar com sua carreira de adestradora de pássaros. A Miss do Ano, só queria que deixassem ela mostrar seus talentos no campo da literatura e da arte cênica.
No entanto, elas estavam lá... trocando o óleo dos soldados doidos, em troca de óleo para o helicóptero.
Belo filme. Recomendo a versão REDUX, lançada em 2000.
Pra nós brasileiros, não descobertos, o filme não vai ser tão chocante. Aliás, acho que pode ser até um retrato metafórico de nossa realidade.
Fraterno Abraço
André

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Amamentando Cobras!

Sexta da graça... Dia de festa, enfim... uma historinha pra encerrar a semana!
Minha historia de hoje, conta como personagem uma velhinha daquelas do interior. Sem maldade nenhuma... sem nenhum pecado.
Sozinha no mundo, a velhinha amava plantas e animais e à eles se dedicava.
Uma bela manhã, a velhinha na rua, indo comprar o leite e o pão, depara-se com uma cena que lhe comoveu. Ali, estirada no meio da rua, toda machucada, quase morrendo, uma cobra.
A velhinha num primeiro momento com certo cuidado - afinal: cobra é cobra - verificou que o estado da serpente era deplorável. Provavelmente o animal ia morrer.
Mas não seria ela, uma velhinha bondosa que deixaria uma criatura de deus morrer assim, sozinha e sofrendo no meio da rua. Então, com todo o cuidado, a velhinha pega o animal quase morto, o embrulha carinhosamente em sua manta como se uma criança fosse, e o leva pra casa.
Em casa, acomoda a serpente em uma caminha feita ao lado da sua, e começa a tratar dos ferimentos com dedicação sacerdotal.
Lava os cortes, prepara e aplica unguetos e alimenta. Alimenta o corpo doente e alimenta o espírito enfraquecido e solitário, e assim, nossa velhinha acaricia até a alma da serpente.
Nos primeiros dias, a velhinha até usava sapatinhos de veludo para não perturbar o sono da cobra ferida.
E acordava várias vezes durante a noite a fim de cuidar de sua hóspede enferma. E assim, desenvolveu-se uma relação de extremo afeto que ia fazendo o milagre da cura. A cada semana, a cobra apresentava surpreendentes sinais de recuperação.
Passaram-se muitos dias... e a medida que o estado de saúde da cobra ia melhorando, mais intenso ficava o afeto que a velhinha desenvolvia pelo animal.
E foi numa bela manhã primaveril, na hora da primeira refeição, que algo aconteceu!
A velhinha debruçada no berço da cobra, estende a mão com a mamadeira de mingau ( a cobra era tratada como criança) para o desjejum do ofídio. Assusta-se com o movimento rápido e certeiro produzido pelo bote da cobra e depois do susto sente a dor de duas presas injetoras perfurando seu pescoço inoculando veneno mortal na regiao da aorta.
Morrendo, a velhinha olha para a serpente que ainda estava pingando veneno e pergunta:
"Minha filha... eu te tirei da rua, ferida, quase morta e sozinha... Te limpei as feridas e curei teus cortes....Aliviei tuas dores... e te dei o meu amor... por que me mataste???"
Naquele tempo, as cobras falavam... e sendo assim, a cobra, ascendeu um Marlboro light com um isqueiro Zippo, deu duas tragadas com enorme prazer, e sentenciou:
" Pois é bondosa velhinha. Tu fizeste por mim o que ninguém faria. Me acolheu, me curou as feridas, salvou minha vida e me deu até o que nunca tive: Amor. Tu só cometeste um erro!"
A velhinha, num último sopro de vida ainda pergunta:
" Qual foi meu erro???"
A Serpente, limpando o canto da boca por onde ainda escorria um pouco da peçonha, respondeu:
" Esqueceste que eu sou uma COBRA!"

Moral da história????
Cuidado com as cobras que tu amamentas!
Fraterno Abraço
André

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Tudo nas Nossas Mãos!

Leio as manchetes:
" Mulher mata marido, vai à igreja e ao banco, resolve algumas coisas, vai a casa da irmã, e a mata juntamente com a sobrinha de 6 anos."
E mais....
" Mãe mata filho com um tiro no pescoço depois de ser agredida a faca pelo próprio, sendo que este era viciado em crak e provavelmente estava desesperado pela droga."
Seguindo....
" Provável falência da ULBRA, deixa milhares de professores, funcionários, pacientes dos hospitais da rede e alunos sem atividade. Apura-se gestão fraudulenta e corrupta do reitor!"
O que eu devo escrever hoje????
Vou contar uma historinha.
Duas moças, daquelas que acreditam saber, subiram a montanha e foram testar a sabedoria e a capacidade de entendimento filosófico de um mestre.
Várias vezes fizeram isso, e sempre saiam da montanha certas de que o mestre era realmente alguém de profundo saber e intuição.
Mas... não ficaram satisfeitas. Queriam porque queriam que o tal filósofo errasse ( isso é próprio dos sem noção) pelo menos em um questionamento formulado e assim começaram a pensar(??) num jeito de induzir o mestre recluso ao erro.
Uma delas tem a idéia. E combina com a amiga:
"- Vamos fazer o seguinte: Subiremos a montanha, e eu vou levar uma borboleta viva que vou manter entre minhas mãos. Quando chegarmos, direi ao mestre, que entre minhas mãos tem uma borboleta, e perguntarei se ela está viva ou morta. Desta vez, ele erra com certeza, pois se ele disser que a borboleta está morta, eu abro as mãos e a deixo voar. E se ele disser que está viva, aperto as mãos e mato a borboleta. Assim ele vai errar com certeza, e como levaremos a imprensa todos saberão que o mestre é um charlatão e nós vamos nos divertir muito com o escândalo. "
Jornais e TV acionados, verdadeira comitiva sobe a montanha seguindo as duas mocinhas que queriam diversão.
De chegada, a autora da idéia já sai chutando com tudo o sóbrio pensador:
" Tu que à tudo opinas, e a quem todos recorrem nos seus idílios por acreditarem na tua sabedoria, diga-me: A borboleta que está entre minhas mãos está viva ou morta??"
O mestre, homem de livres pensamentos e de alma serena, olha no fundo dos olhos da moça, e depois de alguns minutos responde:
"Minha filha porque me perguntas??? Nós dois sabemos que essa resposta está nas tuas mãos!"
É verdade...
Tudo está nas nossas mãos...
Fraterno abraço
André

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O Louva a Deus e a Anêmona!

Conheço uma mulher! Uma mulher que não conheço. E das mulheres que não conheço, talvez esta, seja a que eu mais conheça!
Ela se veste com a mesma dificuldade com que se despe, pois a cada peça de roupa, ela projeta um estratagema. Assim, quando acaba de se vestir, ou de se despir, ela está perfeita. Perfeita pra ela mesma. Por isso talvez, sua estima seja absolutamente estratosférica.
Pobre mulher essa que não conheço e que de não conhecer, sei de todas as suas fraquezas e principalmente reconheço nela, uma fortaleza inexpugnável.
Grande mulher essa que tão bem conheço e que de conhecer, fico aturdido e cego no que se refere aos seus desejos e vontades, portanto sem saber de nada.
Ela é uma mescla de fêmea de louva- a - deus e anêmona. A primeira, depois de sentir-se fecundada, logo depois da cópula, arranca a cabeça do macho e come. A segunda, um ser assexuado, meio macho e meio fêmea que se auto engravida.
Conheço um mulher que não se conhece. E se se conhece, esconde de si própria a sua essência. E por isso não ri e não chora ( goza???).
Alguém conhece ela????

Fraterno abraço
André

terça-feira, 14 de abril de 2009

De César à César!

Tibério, imperador de Roma, chamado de "o velhinho", talvez tenha sido uma dos mais terríveis tiranos da história humana.
Foi de Tibério César, a idéia de oferecer ao povo faminto, a diversão dos estádios onde gladiadores matavam gradiadores. Calígula, sucessor deste, utilizou-se dos mesmos estádios, utilizando como atrações leões que comiam cristãos, oponentes políticos ou mesmo amantes de qualquer gênero ou sexo os quais ele havia enjoado.
Calígula, enquanto César, pras elites que o apoiavam, ainda promovia orgias onde tudo valia. Inclusive assassinatos por pura diversão. E com requintes de crueldade, utilizando máquinas de tortura, esquartejamento, apaleamento, etc.
Um bom referencial pra conferir isso, é a obra de Flávio Josefo, historiador judeu romanizado, que sob as ordens de Roma escreveu "A Guerra dos Judeus", que aliás deveria ser livro obrigatório para algumas instituições.... ( melhor voltar ao curso anterior antes que pinte um processo de excomunhão....que medo!!!!)
Pois como se verifica, aqueles que estão no poder, em qualquer tempo ou lugar, sempre estimulam o circo ao povo. Os artistas circenses que me entendam, pois não é bem o Circo daqueles que estou falando.
Falo dos espetáculos que são fabricados para iludir o povo de que ele pode passar sem o pão.
Falo dos espetáculos onde aparecem octagenárias egocêntricas, com seus truques de culinária que tornariam dispendiosos e exagerados, mesmo para a corte da Maria Antonieta antes da Revolução Francesa.
E tem aqueles mercadores de falsas esperanças, que gozam com a desgraça alheia, e se mantém no poder pelos revezes da idiotização que produzem, e se divertem aos domingos, jogando dinheiro aos miseráveis que ainda aceitam topar tudo dinheiro.
E aqueles patéticos fantasiados de cowboys americanos??? Falo fantasiados, porque mesmo pra pobre cultura que acabou com a rica cultura sioux, cheyenne e apache, os nossos cowboys superam em péssimo gosto.
Diante do espetáculos atuais, acho que os tiranos da atualidade fazem os césares parecerem aprendizes de perversos. Os leões, meros bichinhos de pelúcia, e os temíveis gladiadores, inofensivos soldadinhos de chumbo.
Mas... enfim... daí a césar o que é de césar.



Fraterno abraço à todos!
André

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Falsas Luzes de Falsas Ribaltas!

No país das celebridades instantâneas, é comum ver no Fantástico o cara que ganhou 1 milhão no Big Brother distribuir autógrafos e atender solicitações de fotos, etc.
Não quero fazer a crítica pequeno burguesa, bancando o intelectual de esquerda, rançoso e anti popular.
Mas é dose!
Existe hoje, uma verdadeira feira de horti-fruti-granjeiros no que se refere às ditas celebridades. tem a mulher mamão, mulher goiaba, homem abóbora... sei lá o que mais. Todos celebridades.
Nada contra... e acho até divertido essa coisa toda!
Contudo, devemos atentar que somente nas culturas pouco desenvolvidas, é que essas brincadeiras midiáticas, deixam de ser brincadeira e passam à ser verdadeiros cultos, com direito à ataques de histeria coletiva, pra não falar em violência generalizada.
Essas coisas, minha gente, só pode interessar e só interessa às elites que precisam oprimir e para isso, se faz necessário que hajam oprimidos e de preferência oprimidos voluntários!
Fico pensado no pobre diabo que vende o voto pelo prato de feijão e farinha. Acho que no frigir dos ovos, este é menos responsável do que aquele que voluntariamente se torna um oprimido. Oprimido pelas falsas luzes, de falsas ribaltas que prostituem a arte.
Mas... é a vida...se não tem pão... que venha o circo!

Fraterno abraço
André

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Enfim - O Livro!

Resolvi falar!
"Quando eu soltar a minha voz, por favor entenda
Que é apenas o meu jeito de viver... o que é amar!"
Lindos ditos do Gonzaguinha ...
Vou tentar não falhar com o blog, e devo estar postando sempre a cada dia....
Contudo, resolvi atender o apelo de meu editor, e iniciei hoje o projeto de meu livro...
Vou ter pouco tempo, uma vez que não pretendo me afastar da atividade clínica.
Aos meus amigos que acompanham meus escritos e gostam das realidades que as vezes escancaro sem o menor pudor, mostro hoje, os ítens iniciais no livro...
Espero que comprem quando sair... risos
Fraterno abraço
André
PRÓLOGO

EU NÃO POSSO FALAR - A TRISTE HISTÓRIA DOS ESTÁLOS DA NOITE, infelizmente não pode ser considerado um escrito fictício ou fora de uma realidade possível. Tem a ver com o desenvolvimento atual de nossa história e sobretudo, com a destruição de muitos de nossos filhos, amigos e parentes.
Trata-se de uma ESTÓRIA inventada. Criada da fantasia de quem escreve. Mas certamente, é uma HISTÓRIA que é escrita a cada dia por milhares de famílias brasileiras, e epidemicamente nas famílias do Rio grande do Sul.
Vou abordar em forma de novela, uma trama da qual muita gente não quer falar. As famílias não querem falar, as autoridades não querem falar, e na verdade, ninguém quer falar... Nem mesmo as vítimas querem falar... e se deixam a cada dia, consumir e consumir...
Vou falar de drogas! Mas vou falar das drogas, numa conotação pouco explorada. Vou falar das drogas, que nos últimos 5 anos, infiltram-se na classe média- alta. É ela que sustenta o tráfico e todos os crimes reprocriados pelo simples fato de comprar o “baseadinho” do fim de semana.
Obviamente, vou me utilizar das minhas experiências clínicas como psicanalista, e outras experiências que ao longo de 20 anos tive o prazer e o desprazer de viver, evidenciando contudo, que TODOS OS PERSONAGENS SÃO FICTÍCIOS, embora os fatos sejam inspirados em subjetividades vividas e reais.
Na verdade, o projeto do livro começou a girar em minha cabeça, bem no início do tratamento de um paciente, vítima dessa síndrome avassaladora.
Eu que não creio, peço à deus que tudo que aqui for lido e escrito, contribua, ilumine e console à todos cujas vidas estejam identificadas pelo drama descrito.
Eu que não creio, peço à deus que as sombras se dissipem, e que luzes azuis e florais, rodeadas de borboletas coloridas substituam todas as dores daqueles que se identificarem com os personagens do escrito que se inicia.

Às margens de um rio, outono de 2009.

PREFÁCIO

Estava inquieto. Deprimido.
Há meses pensava em fazer alguma coisa que pudesse ser mais efetiva no sentido de tornar sua atividade clínica mais produtiva.
Tratava de pessoas em todos os níveis do sofrimento. A maioria eram mulheres. Ricas, pobres, velhas e jovens. Todas com os sofrimentos de mulheres sobreviventes de milhares de anos de repressão, e que o limiar do século XXI ascendia uma réstia de luz... no fim do túnel... mas enfim, uma réstia de luz!
Mas esse mesmo início de século, trouxe ao psicanalista um aumento considerável em demandas nem tão evidentes como são as questões endógenas e exógenas próprias dos seres humanos ditos convencionais, que naturalmente se confundem e muitas vezes se perdem nas suas questões edípicas mal elaboradas, e sobretudo quando retalhadas pelos conceitos e preconceitos tão comuns desde que o mundo é mundo.
Começaram a chegar os primeiros pacientes em estágios comprometedores de drogadição.
Iniciam-se os tratamentos... alguns sucessos... muitos insucessos!
Era uma luta desigual contra todos os apelos do consumismo, da mídia traficante e da moda de “não ser careta”!
E tinha toda aquela questão que o consumia.... A questão ética aliada ao fato de ser um fragoroso combatente das cronicidades produzidas pelos tratamentos químicos, o deixavam inexoravelmente encurralado entre a cruz e a espada.
Até que... num Agosto de cães loucos... resolveu falar..
Assim surgiu... EU NÃO POSSO FALAR - A TRISTE HISTÓRIA DOS ESTÁLOS DA NOITE!
P.S. O livro deve estar nas bancas no segundo semestre deste ano!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Apenas Humanos!

Hoje vou fazer algo inédito. Vou depor contra a sensibilidade feminima. E será com uma dor na alma, pois adoro as mulheres, e classifico-as como o ápice da criação.
Aqui já falei dos sem noção, dos mitomaníacos, dos chatos, dos aliciadores e até dos cornos que merecem serem cornos. Todos os textos eram verdadeiras odes exaltando a sensibilidade feminina.
Hoje quero falar das mulheres que escudadas por uma cultura machista milenar, inferiorizam-se pensando que nada mais nas suas vidas tem valor, a não ser pelas suas pernas, bundas e peitos.
Tem aquelas, que sufocadas pelos seus gozos reprimidos, chegam a conflituar a própria convivência humana, dividindo esta em grupos antagônicos: Homens de um lado versus Mulheres do outro!
Foram essas mulheres, as principais aliadas dos movimentos repressores ao longo da história humana.
Na idade média, o serviço secreto da inquisição era composto em grande parte mulheres que acreditavam que mulheres só serviam pra procriar e servir seus amos e senhores.
Os movimentos de extrema direita em todo o mundo, inclusive aqui no Brasil, tiveram como ícones midiáticos mulheres recrutadas pelas ditaduras, que afirmavam, empunhando placas e cartazes, que as mulheres livres eram todas meretrizes e objetos sexuais de revolucionários tarados!
No movimento de 68 na França, para cada mulher de verdade que queimava sutiens e clamava por liberdade, havia 3 adeptas do fascísmo machista.
Por fim, quero dizer que acho que os conflitos não precisavam existir. Não precisava existir o machismo. Nem o feminismo. Somos todos indivíduos de uma raça só... Somos Humanos. Nem negros, nem brancos, nem heterossexuais... APENAS HUMANOS!
Portanto mulheres que eu amo... cuidado com os conceitos que venham a emitir. E não esqueçam, que um dos mecanismos de defesa do ego é a negação. Pensem pois, naquilo que seus conceitos manifestam. Eles podem ser um desejo inconsciente manifestado!

Fraterno abraço
André

sábado, 4 de abril de 2009

Sábado pra não questionar!

Milhões de anos de evolução, e ainda existe preconceito.
Estamos na era pós corrida espacial, e ainda existe fome.
A internet é uma realidade, e a rede mundial que nos últimos anos foi popularizada democraticamente (??) passa à ser uma ferramenta importante para todos os segmentos e não mais apenas para os militares do pós guerra exorcistas de comunistas e comunistas comedores de criancinhas.
Mesmo assim, temos professores despreparados, e muitos deles reconhecidamente classificados como analfabetos funcionais.
A medicina é atualmente um milagre. Um milagre tecnológico que mesmo as mais terríveis patologias podem ser remediadas. No entanto, ainda morre gente de diarréia e sarampo.
Mas tudo bem... hoje é sábado... e é aniversário do Internacional - o Clube do Povo.
Consta que o Inter nasceu de uma dissidência que não suportava o preconceito das elites gaúchas de 100 anos atrás.
Parabéns aos amantes do esporte bretão, e principalmente aos colorados ...
Deixemos para segunda, as questões menos importantes como o antagonismo das coisas que citei no início do artigo.
Fraterno abraço à todos!
André

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Uma Mulher Casada!

Há algum tempo, recebi um email de uma amiga, e lá ela me falava de um projeto. O projeto tinha por título Divã, e a amiga era a Martha Medeiros.
Amei o livro, e recomendo à todos.
Adoro o tema que é protagonizado por mulheres de verdade. Mulheres que sofrem, amam, odeiam, gozam e se analisam...risos!
E a mulher casada, é meu tema predileto.
A mulher casada, quando é feita feliz (???), vira mãe, cozinheira, faxineira, psicóloga ( do pior dos pacientes - ou seja o marido), operária full time e principalmente escudo de todas as flechas lançadas pelo santo matrimônio.
Uma mulher casada, quando se veste para encantar o chato, ele a chama de vulgar por mais que ele vire a cabeça pras outras mulheres casadas que pensam em encantar seus maridos.
Até que... uma mulher casada se descobre... e começa a perceber que existem outras coisas que não sejam pratos e panelas sujas, e que por incrível que pareça, o orgasmo não foi proibido por nenhum decreto, e quando ela menos espera, descobre que está escolhendo melhor as calcinhas que veste para ir ao super mercado!
Uma mulher casada, um dia me disse que amantes teriam que ser direito adquirido... e pelo SUS!
E derepente, mesmo lá no seu íntimo, quando o chato está coçando o saco no meio da sala em frente a TV, reverenciando o Galvão Bueno, ela está pensando na calcinha que vai vestir na sua folga de segunda ou sexta feira...
E o interessante disso tudo, é que depois disso, ela já nem acha mais o chato tão chato assim. E ela fica mais bonita... e ela se gosta mais...!
Meu texto de hoje deve estar sendo terrível para alguns... risos
É essa a intenção.
Portanto senhores chatos, maridos de um modo geral, e homens de todo o gênero: Uma MULHER casada, ou melhor, a SUA mulher casada, por ser sua e por ser casada, AINDA pode ser MULHER! É só ela descobrir...risos

Fraterno abraço
André

P.S.: DIVÃ, o filme, estréia dia 17 no cinema!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

A Vida na minha vidinha!

Hoje eu conheci Vida! Vida tem 91 anos, e logicamente o nome dela não é exatamente esse, e logicamente eu vou omitir, mas o apelido é Vida... e não podia ser diferente!
Vida chegou... e foi logo me atropelando:
- Porque tu é tão sério???? Pareces um velho! Desde que te vi chegar, não te vejo rindo????
E por ai se foi...
Me deu um show de viver ... a Vida.
Ela não me falou nada que eu mesmo não tenha dito aos meus pacientes de 20 anos... risos
Mas que show de viver.
A Vida me disse que na sexta feira passada, foi num baile... chegou as 6 da manhã e os filhos e netos já estavam desesperados... e ela mandou todos à merda!
Dormiu o dia inteiro... e na noite de sábado foi pra outro baile!
A Vida estava com uma sacolinha cheia de folhas de carambola. Chá pro diabetes!
Depois do terceiro baile, Vida ficou com dor nas pernas... tomou um paracetamol com cerveja, e fez um vestido pra festa da próxima sexta.
91 anos....que show a Vida!
Eu que não creio, hoje agradeci à deus pela Vida ter surgido na minha vidinha hoje.
Vida fez cirurgia plástica nas minhas cicatrizes, e deixou um sorriso na minha cara de besta!
Vida esperou 3 anos, o conseguiu operar as cataratas pelo SUS...
Lê os jornais e costura sem óculos.
Obrigado Vida! Quero voltar à te ver...e a minha também!
Fraterno abraço
André

quarta-feira, 1 de abril de 2009

A Multidisciplinaridade no Combate à Dor!

Antes de começar, devo dizer que apesar de livre pensador, progressista, etc, vou resistir o máximo possível à tal reforma ortográfica. Um dia quem sabe explico as minhas razões.
Bem... por circunstâncias de minha atividade clínica, resolvi há meses atrás, que faria algumas leituras no campo do espiritismo.
Lá no início da carreira, estudei Kardec superficialmente, e acho que um psicanalista deve falar todas as línguas, uma vez que se propõe à ouvir todas as línguas.
Então fui ler um título de uma escritora chamada Zybia Gasparetto. Ninguém é de Ninguém o título do livro.
Não vou comentar talento literário ou pragmatismo de entendimentos etc... Mas vou comentar, que neste livro, aparecia um terapeuta trabalhando contra o sofrimento humano em parceria com médiuns. Achei legal isso.
Meus pacientes e meus amigos, sabem que defendo com unhas e dentes a multidisciplinaridade no combate a dor.
Acho que o mundo seria melhor se psiquiátras, cardiologistas, psicanalistas, psicólogos, dentistas, e todos os profissionais da área, abrissem mão de seus preconceitos e não se sentissem o gás da Coca-Cola, e tratassem daquilo que realmente importa - o sofrimento de seus pacientes.
Aliás... eu não abriria mão de nenhum médium, pai-de-santo ou mesmo ufólogo que pudesse me ajudar a recuperar um paciente consumido pelo crak.
À propósito: Abri, abro e sempre abrirei mão daqueles que se acham o gás da Coca - Cola, e com o pretexto de serem únicos ( nunca vi o curso de formação em ser deus na faculdade!), tornam-se cronicistas dependentes de laboratórios e que fazem por conseguinte, seus pacientes serem dependentes de suas receitas controladas e viciados nas "tinas" e nos "zepans" que o FDA americano condena, mas que os ministérios da saúde de países subdesenvolvidos distribuem à torno e a direito.
Fraterno abraço!
André